SOB O TETO DA VERGONHA NACIONAL
Em muitos dos meus poemas
Cito frases e versos incompreensíveis
Sei que às vezes até me ignoram
Desafiando a inteligência da ignorância
O palco que se forma em votações
Marcadas pela vergonha nacional
Dos ditos defensores da nação
Dos quais somos culpados então
Somos telespectadores do absurdo
Da verdade que fede defecando
Palavras sobre nós brasileiros
Que um dia os colocamos
O lixo humano que criamos
Num mundo do faz de contas
Onde o cifrão vale milhões
Devastando multidões
Tenho nojo do que vejo
Porque não tenho forças
Sou um só na multidão
Nessa desigualdade humana
Assistindo abismado
Postado em frente a televisão
Vendo um povo ruir
Pelos que comandam esta nação