A bola da vez
O olho grande das Sete
Vem em nossa direção
Nosso orgulho brasileiro
Vai sofrer esta aflição
Longa e árdua esta passagem
É cruel a sabotagem
Ao tesouro da nação
Elas não vão sossegar
Elas querem o Pré-Sal
Óleo para meio século
Brasil como filial
Com um zê e o maldito xis
Transformar-nos meretriz
Do capital mundial
O Império se articula
Camuflado no entreguismo
Por grupos, representado
No rude capitalismo
Manter no topo a “elite”
Essa letal meningite
Que nos nega o alfabetismo
Querem nossa Petrobrás
Nossa notável senhora
Que por Getúlio brotou
E cresceu em boa hora
Com o petróleo do Brasil
Nosso cândido barril
Da Revolução de outrora
Aliciada pela inveja
Do capital estrangeiro
Por que nasceu pra ajudar
Todo o povo brasileiro
Está no mar o grande manto
Águas de Espírito Santo
Santos e Rio de Janeiro
Produção bem sucedida
A Potiguares e Baianos
Petrobrás é um concerto
De Manauaras, Sergipanos
De terras do Paraná
Do atraente Ceará
E do bom Alagoano
O petróleo é muito nosso
Deste povo soberano
Tirem as vistas deste óleo
Não aceitamos suseranos
Capachos das Sete irmãs
A Petrobrás não é anã
Pra acordo draconiano
Desistam do jogo sujo
Pra este óleo vir saquear
Com apoio de corja rica
Mui perita em furnicar
Que tem ajuda da imprensa
De olho na recompensa
No dólar a bajular
Sugiro um jogo nobre
Meu rei está bem coberto
Dos peões às peças caras
Em movimentos espertos
Meu povo é bom enxadrista
Não haverá fácil conquista
Deste óleo do mar aberto
Então lute brasileiro
Não se iluda com mentiras
Que a imprensa do capital
Divulga com tanta ira
Com discurso de suspense
Tua voz já não convence
Nem o mais simplório caipira
Foi-se o tempo que teus ditos
Tinham força de hipnose
Que sufocou todo um povo
Com tua suja halitose
Ouça urgente outras fontes
Construa tua própria ponte
Nossa gente tem virtuose
Proteja nosso petróleo
Proteja o nosso “S”
Se é dádiva divina
Agradeça em tua prece
Este óleo não é eterno
E o dono do inferno
Muito atento permanece