O lobo e a Cegonha
O LOBO E A CEGONHA
Um lobo pegou a caça,
Tão depressa devorou,
Naquele forte apetite,
Com osso se entalou,
Dentro da sua garganta,
Desesperado ficou.
No desespero da dor,
O lobo pôs-se a correr,
De um lado para outro,
Uivos altos no sofrer,
Ofereceu recompensa,
E não queria morrer.
A cegonha interessada,
Quis o bichano ajudar,
Também querendo o dinheiro,
Pois resolveu enfrentar,
Aquele grande perigo,
Para, um osso retirar.
Depois de tirar o osso,
Quis saber da recompensa
Foi a promessa do lobo,
Agora com uma ofensa,
-Recompensa? Pechinchona!
Parece que nunca pensa?
-Que recompensa, que nada!
Eu te fiz foi um favor,
Não arranquei sua cabeça,
Na dentada com fervor,
Sem nenhum arranhãozinho,
Não me tornei agressor.
És um bicho insolente,
Pense na sua sorte,
Dê o fora e se cuide,
Mantenha seu belo porte,
Não chegue perto das garras,
Porque sou muito mais forte.
A cegonha foi embora,
Pensando na desvantagem,
Porque tentou ajudar,
No interesse da vantagem,
Que junto com caridade,
No perigo e na coragem.
Mas qual é a conclusão,
Que nós poderemos tirar?
Não espere a gratidão,
De quem não pode te dar,
Fique atento ao perigo,
Pra sua vida salvar.
Nem tudo é privilégio;
Recompensa financeira.
Não sendo de coração,
Uma ajuda verdadeira,
O resto vira bobagem,
Compromete vida inteira
POETA POPULAR:JOSE MARIO DANTAS
05/06/2017