QUAL O NOME DO DEUS DE ISRAEL?!.

ACHEI NO LIVRO DA LEI,

A TAL PALAVRA PERDIDA.

I

Antes da minha partida

Como está determinado

Lanço mão de um talento

Que de graça foi me dado

Para falar sobre um tema

Nas linhas desse poema

Que deixarei registrado

II

Pois, diz o velho ditado

Que a palavra logo voa

Se ela não for gravada

Ou, se for falada à-toa

Saindo do pensamento

Pega carona no vento

Para longe da pessoa.

III

Seja ruim, ou, seja boa

Tal como flecha atirada

Jamais torna para traz

Sendo ela pronunciada

Segue para a amplidão

Não se pega com a mão

Depois que é disparada

IV

Se ela não for registrada

Em um vernáculo padrão

Logo, logo, ela se perde

Passando uma geração

Sem a escrita ela some

Pois, a grafia do nome

Garante a reprodução.

V

Foi assim, que a Nação

Que floreou dos Hebreus

Perdeu do nome a grafia

Do Seu Grandioso Deus

Entrando no fanatismo

Junto com o legalismo

Dos escribas Fariseus.

VI

Pois, os Rabinos Judeus

Seguindo uma tradição

Não escreviam o Nome

Do Deus Pai de Abraão

Apenas pronunciavam

Literalmente, usavam

Uma representação.

VII

Quando faziam menção

Da forma escrita de Deus

Usavam um Tetragrama

Os Escribas, dos Judeus

Com letras auto-sonantes

Composto, das consoantes

YHWH, Deus dos Hebreus.

VIII

Desse modo, os Fariseus

Que viviam de aparência

Em um temor sofismático

Num misto de imprudência

Perderam o entendimento

Desprezando o elemento

Do Verbo na sua essência

IX

Devido a tal negligência

Viu-se que, esta nação

Que é o povo de Deus

Já tem comido do pão

Que o diabo amassou

Desde que ela deixou

O Deus Pai de Abraão.

X

Hoje, Ela está em Sião

Terra que foi prometida

Por Deus e foi registrada

No Santo Livro da Vida

Para este povo Israel

Deus prova que é Fiel

Dando-lhe sua guarida.

XI

Mesmo com toda desídia

Deus ama o povo Judeu

De uma forma especial

Pois um dia prometeu

Ao seu amigo Abraão

Que faria uma Nação

Daquele velho hebreu.

XII

Pois, Abraão, NEle creu

Contra toda esperança

Em esperança, viveu

Com base na aliança

Firmada com o Eu Sou

No Deus que tudo criou

Teve Abraão confiança.

XIII

Pesando Deus na balança

A Fé, que tinha Abraão

Reputou como Justiça

Seu ato, feito oblação

De um cordeiro perfeito

Logo por Deus foi aceito

Como a prova da paixão

XIV

Que tinha o velho Abraão

Devotado ao Grande Deus

Desde que foi alcançado

Entre os povos Caldeus

Para revelar, a Glória

No mosaico da história

De Javé Deus dos Judeus

XV

Pois em visão falou Deus

Sendo Ele ainda o Abrão

Dizendo: Sê tu perfeito

E dá-me o teu coração

Que te engrandecerei

Nas suas lutas, Serei

Deus da tua salvação.

XVI

Depois, dessa convenção

Que no sangue foi firmada

Deu-se a mais bela história

De AMOR, que foi contada

Por alguém neste universo

Que hoje conto em verso

Qual chama revigorada

XVII

Com a alma Inspirada

Para falar deste Amor

Que um homem natural

Não compreende o valor

Sem o novo nascimento

Ele não ouve no vento

A Voz, do seu Criador.

XVIII

Que um dia por Amor

Tirou do Seu Coração

O Seu Filho Unigênito

E, O Deu, feito oblação

Pela humanidade inteira

Como prova verdadeira

Da sua imensa paixão

XIX

Que tem pela criação

Ainda, que rebelada,

Ingrata e presunçosa

Ela por Deus é amada

Visto que Deus é Amor

E, tem padecido a dor

Por vê-la escravizada

XX

Sem rumo e obstinada

Por ter duro o coração

Deixa de ouvir a Deus

Que oferece o perdão

Por meio da sua Graça

Para que Nela se faça

Retornar à comunhão.

XXI

Pois, o Deus da criação

No princípio arquitetou

Um plano para resgate

Da criação que pecou

Contra sua Santidade

Nisso, a humanidade

A sua Graça alcançou

XXII

No projeto que traçou

O Céu foi descortinado

Revelando essa Graça

No unigênito enviado

Para trazer salvação

Pela força do perdão

Que agora é ofertado

XXIII

Para quem está cansado

Logo Ele diz, vinde a mim

Visto que, Eu sou a porta

De voltar para o jardim

Para onde irá o manso

Gozar eterno descanso

Feito um anjo Querubim.

XXIV

Por este, Amor sem fim

Despiu-se de toda glória

Vindo aqui pessoalmente

Como se vê nessa história

Cumprindo a sua missão

Humilhou-se na paixão

Pela morte expiatória.

XXV

Pois, de forma vexatória

Deu-se, em crucificação

Pagando ali, todo preço

Fez uso da compaixão

Por essa gente sofrida

Ele deu a própria vida

Contrariando a razão.

XXVI

Na cruz suspenso do chão

Tal, e qual, um desordeiro

Estava o verbo encarnado

Pendurado num madeiro

Proclamando a salvação

Provando, como Abraão

O seu Amor verdadeiro.

XXVII

Pois, Ele era o Cordeiro

Que se deu em libação

Com sacrifício vicário

Venceu a Lei da razão

Única cédula contrária

Com esta ação sumária

Consumou a salvação.

XXVIII

Para os Filhos da Nação

Do digno, povo Hebreu

Herdeiros do pai da Fé

Seja Gentil, ou, Judeu

Pois, não fez acepção

Antes, estendeu a mão

Aos povos que Nele creu

XXIX

Cumpriu o que prometeu

Para o Seu Servo Abraão

Quando disse, que faria,

Dele uma grande nação

Bem como, abençoaria

Esta terra, onde viria.

Por Amor da criação.

XXX

Veio e trouxe Salvação

Pela Luz de um Rebento

Que no calvário, brilhou

No espetáculo sangrento

Onde um pobre inocente

Morreu pelo delinqüente

Num injusto julgamento.

XXXI

Porém, foi nesse momento

Que aos homens outorgou

Irem ao Santo dos Santos

Quando no templo rasgou

O seu véu de auto a baixo

Aonde, as almas embaixo

Com seu sangue resgatou.

XXXII

Nisso, ao mundo revelou

Que da morte, traz a vida

Ressuscitando o Rebento

Que teve a alma vendida

Cujo AMOR, veio ensinar

Que Ele, o Verbo AMAR

Era A Palavra Perdida.

Fim.

José Lucena de Mossoró
Enviado por José Lucena de Mossoró em 10/04/2017
Código do texto: T5966712
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