VIDA NO SERTÃO

O sertão das terras secas,

Áridas, sequiosas sem água.

Vivem todos a padecer,

Pelas escassas chuvas que caem tão minguadas.

Chuvas torrenciais quase não caem ali,

E aquela gente forte, tão conformada!

Continua a suplicar,

Com rezas e ladainhas acostumadas.

Faz promessas ao Deus, nosso Pai.

Manda chuva para nossa região necessitada,

Para arbustos e árvores brotarem,

Pedimos ao Senhor: saúde, força, chuva e a região transformada.

Passa o tempo, os anos, a vida,

E a lida do povo nordestino continua ameaçada.

Poeira, vento, sol forte, escassez de água persistem.

Sanar a deficiência hídrica da região do semi- árido, foi planejada.

Laboram a terra e as lavouras são perdidas,

Águas do Rio São Francisco será solução, quando a área for beneficiada.

E o povo nordestino bravo, valente!

Permanece em suas terras, por mais que sacrificados,

Agarrados naquele chão duro, seco partido,

Amparados pelas bênçãos do santo padrinho Padre Cícero, tão festejado.

O mandacaru, o imbuzeiro, o juazeiro, plantas resistentes,

Da caatinga do nordeste brasileiro, pelo amor de Deus abençoado!

Arriscam a busca por outras terras,

Pelo sofrimento famílias são forçadas.

Com o nó na garganta e a tristeza no coração.

Fica para trás o pedaço de chão amado,

Em qualquer lotação, no último pau de arara,

Levando no peito e na alma, a saudade da terra do ícone Luiz Gonzaga...

Maroli Badaro
Enviado por Maroli Badaro em 14/03/2017
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