O DIA NA ROÇA

o dia na roça

Inicia-se ao amanhecer

Assim que o galo canta

Bem antes de o sol nascer.

Entre 5 e 6 da manhã

Todos já estão de pé

É só escovar os dentes

Para tomar o café

O inicio das atividades

Chega a variar

Cuidar de porcos, galinha,

E as vacas ordenhar

Cercas, pastos e pomares!

Lidar com terra de argila

Sorriso sempre no rosto

Vida feliz e tranquila

São vários os trabalhos

Durante um dia na roça

Enxada, foice, machado,

Plantio, burro e carroça.

Colheita de milho, feijão,

Mandioca, verduras e frutas.

Na hora de almoçar

Tem leitão a pururuca

Sol quente chapéu de palha

Uma boa combinação

Garrafa de água fria

Pra fazer a hidratação

Quando o sol se ocultar

Na direção do oeste

Chega ao fim da jornada

O ilustre, cabra da peste.

Preparar pra um novo dia

Novo sol que vai raiar

Contemplação ao crepúsculo

Da noite que vai chegar

Vida dura e de luta

Com estilo de caipira

De forte identidade

Com o fantástico curupira

Lá na Fazenda Caraíbas

Comunidade de Santana

Onde nasceu este roceiro

Em uma pequena cabana

Vida com simplicidade

Costumes da região

De vínculos arraigados

Fincados no coração

Ser da roça como dizem

Não é ser burro nem Jeca

Ser da roça é gostar

De ar puro e de moqueca..