O NOVO BRASIL

Todo mundo foi avisado
Da situação do Brasil
Mas, o povo abestado
Fingiu que não viu
Havia elite por todo lado
Almejando o poder
Um golpe bem planejado
Assim, meio sem querer
É a desculpa do principado
Para assumir o poder

Agora os golpistas cercaram
O nosso belo céu de anil
Em alqueires marcaram
A terra crua e outras mil
O trabalhador será escravo
E o pobre um reles servil
Vão lotear todo o estado
E vão privatizar o Brasil
Não haverá agora direito
Em cada canto um prefeito

Talvez você não queira
Mas é a situação do Brasil
Daqui pra frente essa eira
E um presidente imbecil
A elite no poder, a rasteira
O pobre sem comer pernil
Vai ser sem que você queira
Vinte anos de recessão e funil
Não adianta pensar besteira
Nem querer pegar o fuzil

Assim será o novo Brasil
Um gigante adormecido
Um povo meio esquecido
O trabalhado que sumiu
Um salário, uma miséria
A carestia que nunca se viu
O humano só uma matéria
Na mão do empresário vil
O coração só uma artéria
E a morte à espreita gentil

Perceba, ninguém mais viu
Os bate panelas nas janelas
Uma manifestação inútil
Outros tempos eram elas
Que se diziam todos varonil
Agora estão em suas celas
Não gritam mais pelo o Brasil
Causaram todas as mazelas
Se esconderam em um covil
Como escravos nas senzalas

Outros que também sumiram
Foram os coxinhas imbecis
Outros tempos eles se uniram
Dizem, querendo outros brasis
Mas agora se acovardaram
Sumindo das mídias infantis
Eram tantas as baboseiras
Escreviam esses coxinhas
Só falavam muitas asneiras
Junto com as patricinhas

Também sumiram os filhos
Do tal pato grande amarelo
Queriam o Brasil nos trilhos
Diziam em um tom paralelo
Eram pagos por empresários
E gritavam palavras de ordem
Agora não passam salafrários
Depois de toda essa desordem
Trabalhadores sem salários
A elite passando as ordens

Agora estamos vendo o país
Passando por tantos apuros
Nossa língua não é mais raiz
Estamos atolados em juros
O inglês agora é obrigatório
O juro embutido em conteúdo
O black friday leva o salário
Nas lojas vejo Sale em tudo
Parece que estou noutro país
Olhando todo mundo mudo

Como agora me entristeço
Vendo criar esse novo Brasil
Rezei dedilhando um terço
Com reza forte a Deus gentil
Será que ainda tem jeito
De mudar essa pobre nação
Tirar essa minha dor do peito
Fazer bater forte meu coração
E que voltemos a ter direito
A um Brasil puro sem delação
Léo Pajeú Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Bargom Leonires em 16/02/2017
Reeditado em 30/08/2017
Código do texto: T5914177
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