sobre a velhice.

Quando eu era menino tinha planos

De alcançar a velhice com saúde

Mas o tempo passou e a juventude

No final só me trouxe desenganos

Na tabela dos meus sessenta anos

O cabelo mudou a qualidade

De que vale viver de vaidade

Se essa vida se acaba na poeira

É perdido pintar a cabeleira

Que você continua a mesma idade.

Sem ter dente na boca eu me alimento

Mas não posso dizer tenho saúde

As besteiras que fiz na juventude

A velhice me trouxe o pagamento

Só me resta viver de sofrimento

Que o cabelo caiu mais da metade

A mazela do tempo me invade

E só restou para mim muita canseira

É perdido pintar a cabeleira

Que você continua a mesma idade.

Da velhice jamais ninguém se esconde

Só não fica velhinho quem morrer

Quando dela eu tentei me esconder

Foi perdido não encontrei aonde

A velhice chegando é como um bonde

Que passando vai deixando saudade

Fiquei velho e perdi a liberdade

Não fui mais com os amigos pra zoeira

É perdido pintar a cabeleira

Que você continua a mesma idade. 02/11/2017

Lazaro Monteiro Dantas
Enviado por Lazaro Monteiro Dantas em 11/02/2017
Reeditado em 11/02/2017
Código do texto: T5909726
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.