"A SAGA DE MOISÉS".

Venho aqui só pra narrar,

Isso em forma de cordel,

A vida de um personagem,

De uma fé de tirar o chapéu,

E um profeta consagrado,

O homem manso e honrado,

Que já se encontra no céu.

Pra você que já conhece,

A santa Bíblia sagrada,

Deve já está imaginando,

A história a ser narrada,

Sobre esse personagem,

Esse homem de coragem,

Por toda a sua jornada.

Estou falando de Moisés,

Um hebreu de nascimento,

Que por Deus foi escolhido,

Para ser seu instrumento,

E então livrar da tirania,

Uma multidão que sofria,

Grande período de tempo.

Um filho de Joquebede,

Vindo da tribo de Levi,

Mais novo filho de Anrão,

Lá no Egito a sucumbir,

Tendo ali mais dois irmãos,

Miriã a mais velha e Arão,

Sofrendo também ali.

O menino Moisés nasceu,

Num tempo de crueldades,

Em que o grande Faraó,

Achincalhava as maldades,

Demônio astuto e esperto,

Havia baixado um decreto,

Para a grande atrocidade.

Assim faraó percebeu,

Que aquele povo crescia,

Tornando-se poderosos,

Pois todo o Egito temia,

Que aquela escravidão,

Gerasse uma rebelião,

E o egípcio não queria.

Assim baixou o decreto,

Selando então o destino,

Das crianças que nascesse,

Sendo esses masculinos,

A menina se conservava,

Mas no rio Nilo se jogava,

Todo o que fosse menino.

Assim nasceu Moisés,

Nesse antro de tristeza,

Ficando assim escondido,

Por três meses com certeza,

Porem depois desse tempo,

Foi deixado rio adentro,

Num cesto na correnteza.

Assim desceu Moisés,

Nas correntezas do rio,

E a sua irmão Miriã,

Pelas margens o seguiu,

E as moças que ali estava,

Que nas águas se banhava,

E uma delas o cesto viu.

Depressa tentaram ver,

O cesto aquele momento,

Ficaram muito surpresas,

Com o que tinha lá dentro,

Era uma linda criancinha,

E a princesa disse é minha,

Meu menino meu rebento.

Foi nessa hora que Miriã,

Deus lhe deu sabedoria,

Pra chegar junto à princesa,

Numa explosão de alegria,

Prontificou-se em ajudar,

E ver quem poderia cuidar,

E que alguém arrumaria.

E a princesa concordou,

Com a ideia da mocinha,

Que correu pra sua casa,

Muito bem apressadinha,

E a própria mãe arranjou,

Que do seu filho cuidou,

Como um filho da rainha.

Assim cresceu Moisés,

Hebreu de sangue afinal,

Deixando, pois sua gente,

Um sobrevivente do mal,

Para o palácio do reinado,

Sendo por tanto adotado,

Como um herdeiro real.

Porem o tempo passou,

E Moisés foi crescendo,

Vendo todo o sofrimento,

De seu povo padecendo,

Num instante de horror,

Ele um a egípcio matou,

E teve que fugir correndo.

Já tinha quarenta anos,

Quando teve que fugir,

Abandonando o conforto,

E tudo que possuía ali,

Pra salvar a própria vida,

Em terras desconhecidas,

E uma outra vida seguir.

Peregrinou no deserto,

A correr sem paradeiro,

Até chegar em Midiã,

Como errante forasteiro,

E num ato de bravura,

Expulsou umas figuras,

Sendo as moças grosseiro.

Ficando na casa de Jetro,

Que seu sogro se tornou,

Quando Zípora mais velha,

O seu coração desejou,

Constituindo uma família,

Na desconhecida trilha,

Que Deus a si projetou.

E assim naquele deserto,

Algo estranho se passou,

Quando no meio do nada,

Que Moisés se observou,

Que uma sarça flamejava,

Porem nada se queimava,

Isso muito o impressionou.

E uma voz forte bradou,

Enquanto ele observava,

O que estava acontecendo,

E como o arbusto estava,

E a voz se intensificou,

E assim mais forte bradou,

Quando as sandálias tirava.

E assim Deus ordenou,

Que Moisés retornasse,

Pra libertar o seu povo,

E ao Egito regressasse,

Quem o havia perseguido,

De certo já havia morrido,

Nada impedia que voltasse.

Logo de inicio Moisés,

Relutante em aceitar,

Às ordens daquela voz,

Que estava a lhe falar,

Que voltasse ao Egito,

Libertasse o povo aflito,

No cativeiro a chorar.

Assim Deus lhe perguntou,

O que tens em tua mão,

Moisés lhe respondeu,

Um torto e frágil bordão,

Assim Deus lhe ordenou,

Faça o que diz o Eu Sou,

Jogue o cajado no chão.

Moisés jogou seu cajado,

Transformou-se em serpente,

Deixando o muito espantado,

Com o que via obviamente,

E Deus de novo o ordenou,

Pegue-na e ele a pegou,

E era um bastão novamente.

E mesmo assim Moisés,

Meio até sem entender,

Com medo de não dar conta,

Relutava em não ceder,

Mas disse Deus meu amigo,

Não temas eu serei contigo,

Em nada devereis temer.

E assim partiu Moisés,

Da terra onde se encontrava,

Deixando a mulher e os filhos,

Na terra onde habitava,

Retornando para o Egito,

Em busca de um povo aflito,

Que por socorro esperava.

E juntamente com Arão,

Ao palácio se encontrar,

Com o majestoso faraó,

A fim de lhe comunicar,

A ordem que Deus lhe deu,

Que deixasse o povo seu,

Sair além pra o adorar.

Faraó mui enfurecido,

Disse que não permitia,

Que o tal povo de Israel,

Do seu domínio não saía,

Então Deus se indignou,

Com o que faraó falou,

Que a Deus não conhecia.

Dessa forma o grande Deus,

Demonstrou o seu poder,

Ferindo o Egito com pragas,

E a todo o povo a sofrer,

Com os flagelos que caia,

Toda aquela nação sofria,

Com milhares a perecer.

E assim na ultima praga,

Foi como um golpe fatal,

Morrendo o primogênito,

De humanos e de animal,

E Faraó em desespero,

Libertou do cativeiro,

O povo de Israel afinal.

Agora estavam livres,

No deserto a caminhar,

Eram pra ser só três dias,

Que a viagem ia durar,

Porem devido ao pecado,

Ficaram embaraçados,

Por tal deserto a vagar.

Imaginem no sufoco,

Que ali Moisés passou,

Conduzindo aquele povo,

Como Deus o ordenou,

Um povo de dura servil,

E de uma natureza hostil,

Que a Moisés desgastou.

Nessa peregrinação,

Com Toda aquela gente,

Ali habitando em tendas,

Eram de Deus dependente,

Pra coisa mais se agravar,

Tinham que cruzar o mar,

Pra ser livres realmente.

Há frente o mar vermelho,

Atrás o grande inimigo,

Procurando destruí-los,

Correndo grande perigo,

Foi assim que Deus agiu,

Quando as águas dividiu,

Destroçando os inimigos.

Morreram ali os egípcios,

Cavalo e seus cavaleiros,

Afogados dentro d’água,

Do imenso mar vermelho,

Desta forma aquele povo,

Puderam cantar de novo,

Livres de seu cativeiro.

Moisés ficou mui triste,

Quando viu a ingratidão,

De toda aquela gente,

Afetarem seus irmãos,

E quando Arão e Miriã,

A sua tão querida irmã,

Discordou de sua função.

Assim foi ferida de Lepra,

Por um período de tempo,

Tendo então que separar-se,

De todos aquele momento,

Atrasando assim a viagem,

Deixando ali a mensagem,

Pra todos no acampamento.

Mesmo estando no deserto,

Água não veio lhes faltar,

Como a sagrada comida,

Deus concedeu-lhes o Maná,

O pão sagrado do céu,

Que tinha um sabor de mel,

Pra todos se alimentar.

Mas porem um certo dia,

Toda nação murmurou,

Desejando comer carnes,

E Deus muito se indignou,

E a carne das codornizes,

Vomitaram pelos narizes,

E muitos mortos resultou.

Em meio aquele deserto,

Muito insetos os perseguia,

Escorpiões e as serpentes,

A muitos do povo mordia,

E Moisés com paciência,

Orava pedido clemencia,

E o senhor lhe atendia.

Ali junto ao monte Orebe,

Armaram o acampamento,

Pra o qual subiu Moisés,

E permaneceu algum tempo,

Esteve presente com senhor,

Que ali pra ele entregou,

Os santos dez mandamentos.

Mas porem aquele povo,

Pressionaram ao velho Arão,

Queriam ter ali um Deus,

Fizeram grande pressão,

Que o fraco Arão decidiu,

E um bezerro ali esculpiu,

Acalmando a multidão.

Assim quando Moisés,

Depois de quarenta dias,

Desse do monte Orebe,

Vendo agitação que havia,

E o povo todo dançava,

Com alegria festejava,

Numa completa orgia.

Mas Moisés indignou-se,

Com o que o povo fazia,

Quebra as tábuas de pedras,

Que em suas mãos trazia,

E para limpar esse arraial,

Pra que erradicasse o mau,

Morreu vinte mil num dia.

Então Moisés sabiamente,

De cada tribo escolheu,

Um valoroso guerreiro,

E príncipes dos hebreus,

Para olharem sem pressa,

A tal terra da promessa,

Que o senhor concedeu.

Mas nada aconteceu,

Conforme o planejado,

No regresso dos espias,

Foram todos convidados,

Assim em grande auditório,

Foram ouvir os relatórios,

Dos espias ali chegados.

Contaram ali sobre a terra,

Causando grande dilema,

Que era mui fértil e imensa,

Porem tinha um problema,

Que a terra que pretendia,

Seus moradores consumia,

Em suas atitudes extremas.

Então dez daqueles espias,

Foram contra a invasão,

Restando apenas dois deles,

Gritando com força então,

E assim Calebe e Josué,

Mostraram sua grande fé,

Sendo contra a oposição.

Disseram eles a essa terra,

É uma herança do senhor,

Que a nosso pai Abraão,

Que um dia Deus outorgou,

Nada deveremos temer,

Já é nossa devemos crer,

Assim nosso Deus falou.

Por isso se prolongou,

Mais a sua peregrinação,

Por ver tanta falta de fé,

Daquela Nômade nação,

Assim teve que morrer,

E no deserto perecer,

Toda aquela geração.

Apenas Calebe e Josué,

Puderam na terra entrar,

Nem o próprio Moisés,

Que tanto almejou estar,

Por causa do incidente,

De uma ação imprudente,

Morreu antes de chegar.

Já com cento e vinte anos,

De exaustante empreitada,

Disse Deus ao grande líder,

A vossa hora é chegada,

Deves ao monte Nebo subir,

Pois será exatamente ali,

O final de tua jornada.

E o velho Moisés pesaroso,

Tentou com Deus dialogar,

Mostrando tudo o que fizera,

Para na sonhada terra estar,

Mas Deus foi bem incisivo,

Não ouvistes os meus avisos,

Pecastes e não podes entrar.

Lembrai-vos daquele dia,

Em que vos aconselhei,

Que apenas deverias falar,

Da forma como te alertei,

Mas tu em cólera irado,

Feriste-me com teu cajado,

Quebrando assim minha lei.

E lá nas águas de Meribá,

Ali no deserto de Zim,

Moisés descontrolou-se,

Por tanta pressão enfim,

Três vezes à rocha feriu,

Da qual mui águas fluiu,

Levando-o a amargo fim.

Apenas com os teus olhos,

As bênçãos contemplarás,

E então daqui por diante,

Seu líder não mais serás,

Tuas forças, poderes e fé,

Serão postas sobre Josué,

Que sobre esse povo porás.

Nas campinas de Moabe,

De onde pôs se observar,

E bem do cimo do monte,

Deus o instou contemplar,

A doce herança de Israel,

Terra a manar leite e mel,

Mas ali não pode entrar.

Pode dali ver as alegrias,

A ser contada na história,

Aquela nação crescendo,

Cheia de poder e gloria,

Viu seu futuro e passado,

Como filme lhe mostrado,

E de cada tribo a vitória.

E lá no cume do Pisga,

O grande líder expirou,

Descansando das fadigas,

Que essa vida o causou,

Foi recolhido a seus pais,

Descansando ali em paz,

E todo Israel lamentou.

Assim o grande profeta,

Por anjos foi sepultado,

Num lugar onde ninguém,

Tem esse local registrado,

Então o grande guerreiro,

É quem ressurgiu primeiro,

E foi por cristo transladado.

E a você que é curioso,

E gosta de pesquisar,

Fique por dentro dos fatos,

Para bobagens não falar,

Recorra a Bíblia sagrada,

Em suas páginas inspiradas,

E irás tais fatos encontrar.

Essa historia está escrita,

Nos cinco livros primeiros,

Contendo ali os registros,

De vitorias ou desesperos,

A trajetória dos hebreus,

O próprio Moises escreveu,

Como fatos verdadeiros.

Os livros são:

Gênesis.

Êxodo.

Levíticos.

Números,

Deuteronômio.

Mas a história de Moisés é contada a partir do livro de Êxodo.

Cosme B Araujo.

31/01/2017.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 31/01/2017
Reeditado em 01/03/2017
Código do texto: T5898512
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