Sem Destino

Como quem não adivinha,

Em um beco sem saída,

‘estando à beira da vida,

Para o fim que se caminha,

Se peguei o trem errado.

Indo para qualquer lado,

Vou até o fim da linha

Quem perdeu o pouco que tinha.

Saindo tal vagabundo,

Passando cheque sem fundo,

Na gostosa da vizinha,

Se peguei o trem lotado,

Olhando desconfiado,

Vou até o fim da linha.

Valei-me meu São Raimundo,

Protetor sei lá de quem,

De quem a pé ou de trem,

Alegre ou meditabundo,

Se peguei o barco errado,

Já que estou mesmo lascado.

Vou até o fim do mudo.

Aracaju, 06/ 12/ 2016

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 28/01/2017
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