O Ruas morre na rua.

Eu queria esta feliz

Mas, não consigo sorrir

Tanta coisa acontecendo

Que nem dá tempo agir

Ser diferente parece

Pedido pra lhe agredir

O mundo todo em guerra

Mas a morte e o doer

É tudo tão seletivo

Que quase não dá pra ver

As crianças de Alepo

E todo seu padecer.

O Ruas morre na rua

Defendendo a travesti

A intolerância bate

E a plateia a assisti

A cena de homofobia

Que teima em existi

A mulher não tá na cena

Mas o machismo a traz

O delegado argumenta

Um chifre tirou a paz

A culpa é da esposa

E inocenta o “rapaz”.

Quando a justiça não vive

Fica difícil sorrir

A gente tenta, peleja

Mas não consegui seguir

Pois logo vêm outro crime

E a dor volta a surgir.

Daniela Bento
Enviado por Daniela Bento em 27/12/2016
Reeditado em 28/12/2016
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