Conto - Páginas de uma sedução nunca contada.

"Só precisamos de mais alguns dias e tudo está acabado..."

Brasília, janeiro de 2007, era final de tarde e chovia, eu estava la, deitado sobre os lençóis de um violento enredo de álcool, maconha, poeira e com duas garotas incríveis, para falar a verdade não sei o que tinha acontecido exatamente, mas estávamos pelados e eu estava sem a menor ideia do que tinha rolado no dia anterior, as minhas últimas lembranças era que estava com algumas pessoas em uma festa da faculdade na casa de Paulo, um amigo leal que tinha.

Miramos os olhares, nos vestimos, Ana sorriu, eu a olhei, com certeza ela estava consciente, ao voltar meu rosto para o lado esquerdo, a outra garota chamada Vanessa continha no seu rosto o mesmo sorriso de Ana, eu em um instinto acompanhei seus risos, mas não houve uma palavra, primeiro a Vanessa abriu a porta e saiu, logo em seguida, questões de segundos depois de se arrumar e juntar suas coisas Ana foi embora. Alguns instante de silêncio e fui ao banheiro, tomei uma ducha, olhei no espelho, escovei os dentes, abri a janela do quarto e só vi um vago de mato e quilômetros de areia que acompanhava a estrada, meio confuso liguei na recepção para saber o quanto tínhamos gastado e a conta já estava paga, procurei a minha carteira, ela estava intacta, todos meus documentos, dinheiro e cartão de crédito estavam a salvo e dentro dela uma chave de um carro, mas eu não tinha carro. Voltei a recepção, e um garoto de 15 anos, todo sujo o qual fazia o atendimento me dissera que as duas garotas deixou o carro para eu ir embora.

A verdade é que não conhecia nenhuma delas. Você deve se perguntar como então eu sabia os nomes das duas. Ah, sim, você deve está curioso, bem, só descobri quando toda a historia desenrolou e como estou adiantando os fatos tomei a audácia de adiantar o nome das duas garotas. Então vamos recomeçar.

Acordei com duas estranhas, em um quarto de motel, em algum lugar entre Brasília e Goiânia, não sabia onde estava exatamente, e nem lembrava o que tinha acontecido, as duas garotas depois de alguns risos se despediram e foram embora, deixando a chave de um carro o qual a recepção da espelunca onde fiquei naquela noite me informou. Bem, as garotas eram duas gatas, não podia reclamar estava bem acompanhado em relação a beleza e no mais não sabia de nada. Depois de alguns segundos encontrei o carro o qual pertencia a chave, liguei, e segui caminho.

Cheguei no meu apartamento, deitei e dormi, acordei depois de algumas horas e não sabia onde encontrar a proprietária do carro. Liguei para os meus amigos e ninguém sabia de nada, fiz várias ligações para Paulo, mas só dava ocupado, então fui ao meu computador pesquisar a placa do veículo, e descobri para minha surpresa que era uma placa clonada.

-Céus, que porra é essa, que confusão eu entrei. - Gritei.

Troquei de roupa, entrei no carro, deixei de frente para primeira delegacia que encontrei, peguei um táxi e voltei para meu apê.

A noite fui a casa de Paulo, mas a casa dele estava fazia. Os vizinhos me contaram que depois de uma festa de uma semana atrás ele nunca mais apareceu. Eu não entendi, uma semana atrás? Como? Eu não tinha percebido que esse tal dia anterior que imaginei que tinha sido ontem, na verdade era uma semana atrás e não lembrava de nada.

Fui a um bar que costumava ir na W3 Sul, quando cheguei fiquei desconfiado de tudo e de todos. Meus conhecidos agia normalmente, porem alguma coisa estranha tinha acontecido e eu não sabia de nada. De Nada.

-------Continua-----------------------

Davi Alves
Enviado por Davi Alves em 18/01/2017
Reeditado em 19/01/2017
Código do texto: T5885446
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