Defenestrado

Tu nunca, nunca, reforço, sabe como, e quando, começa. No máximo, há uma lembrança vaga. Diáfana. Que é útil apenas para lhe empurrar ainda mais para a loucura que nos assalta com o vigor de uma super nova. Não, não é exagero. Talvez a potência deste fenômeno natural não esteja a altura do que acontece conosco nestes casos. Casos todos diferentes, mas com um denominador comum:todos nós nos fodemos!

Havia uma tensão, da minha parte, forçoso deixar bem claro, que pairava ao meu redor, transformando, não! deformando, isso sim! a realidade num buraco de invenções, elucubrações infantis, adolescentes, como aquelas que vivenciamos na certeza do que ainda ignoramos. Uma grande montanha de merda. Conosco no topo, respirando o fétido denso que os estrumes enfiam-nos nariz a dentro.

Passei a eternidade que leva um segundo a misturar-se com aquele tempo que usam para calcular eras geológicas sentindo meu peito agonizar-se na vontade. No desejo de Platão, ou naquilo que o helênico decidiu nos explicar como o amor funciona. Um inferno, posso, podemos, milhões, bilhões, garantir. Um inferno para o qual ficamos ansiosos por entrar! Até mesmo gratos! Nem os filhos da puta contumazes podem algo parecido.

Agora é o fim. Como sei? Como sempre soube. Como soube Werther, e lhe foi suficiente para nunca mais vestir amarelo com azul. Uma ignorância alinhada com a indiferença que apenas o objeto que nos perturba, sem reciprocidade, sói!

Nem mais senti-la escorregar nas minhas sugestões posso mais.