O FANTASMA DA GARAGEM (parte I)

Relutei muito em escrever esse conto, pois apesar de escrever terror, morro de medo. E sempre que desço a garagem do meu prédio para pegar o carro vem-me a mente: aqui seria um ótimo cenário de inspiração para um conto de terror, e ao mesmo tempo em que me animo a escrever, penso que se escrever, não vou conseguir mais ir a garagem sozinha. Relutei muito, mas enfim, senti-me inspirada a escrever, então vamos lá, todos os dias, como de costume, no mesmo horário desço para a garagem do meu prédio. É sempre o mesmo ritual: na mesma hora, todos os dias, lá estou eu as 6:00 horas da manhã.

E as 5:00 horas de uma sexta-feira, acordei sobressaltada com o despertador do celular; ainda sonolenta abri os olhos e vi que ainda estava escuro, observei que estava realmente na hora de levantar. Manhã de inverno, as noites são mais longas, o dia demora a clarear. E aquele friozinho, preguiça de sair debaixo do cobertor quentinho, mas não tem jeito, tinha que levantar e ganhar o sustento.

E naquele dia ficaria em casa se pudesse. Dirigi-me para o elevador, observei que o mesmo encontrava-se parado no 13º andar. Apertei o botão e lentamente ele desceu e parou um pouco em cada andar. Ao chegar ao meu andar, que era o sétimo, embarquei, apertei o botão da garagem. E enquanto o elevador descia, peguei-me pensativa, angustiada e com medo. O elevador foi descendo lentamente, e o que achei estranho foi ele parar em todos os andares, sendo que não subia ninguém. O silêncio da madrugada, o prédio deserto, e eu com os meus medos. E pensava comigo, o que estaria acontecendo, aquela manhã estava estranha, e eu não saberia quanto tempo eu fiquei naquele elevador, pois aconteceram coisas anormais.

E finalmente cheguei a garagem, desembarquei e na minha paranoia observei que as luzes estavam apagadas, o que acelerou mais o meu medo. Normalmente a garagem estava bem iluminada, e dirigi-me para o carro e caminhei a passos longos, quase correndo, e enquanto passava entre os carros, vi vultos, digo no plural, porque eram muitos. E o meu medo aumentando, quem eram aquelas pessoas, o que queriam? Por que estavam me assustando?

Corri o mais que pude, até finalmente abrir o meu carro bem rápido e entrei. Fechei-o rapidamente, não sei dizer quanto tempo durou essa perseguição, só sei que as luzes acenderam e ficavam piscando. Respirei fundo e fiquei pensando se aquilo foi fruto da minha imaginação. E enquanto pensava sobre isso, ouvir um uivo muito alto, que não era humano. E ao olhar para o lado vi uma criança, que não sei dizer se era menino ou menina, pois digo criança, pelo tamanho, não sei s aquilo era humano. Fitei-o nos olhos e o medo só aumentou, olhos eram totalmente negros, sem a menina dos olhos. Por um momento pensei ser um pesadelo, e tentei acordar. Acordei em um ambiente iluminado e longe, bem longe, ouvia vozes, muitas vozes. O que estava acontecendo que lugar era aquele? Quem eram aquelas pessoas?

Continua...

Rivanda De Siqueira
Enviado por Rivanda De Siqueira em 12/08/2017
Código do texto: T6081434
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