UM FRASCO DE LÍRIOS
 
 
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Cerrou as vidraças das grandes janelas antes que o vento gelado derrubasse os papéis contendo as anotações que fizera durante toda a tarde. Era outono e, no pátio, abaixo da torre central, as folhas secas se espalhavam pelas pedras lisas do antigo castelo. Ainda que estando fechadas as janelas, o vento não desistia: batia com força contra as árvores, sacudindo os galhos, sibilando enquanto entrava pelas fendas das telhas gastas da torre. O canto do vento era como a voz de sua amada Helena chamando o seu nome, sussurrando-o entre os dentes, alongando as sílabas.
 
- Sssalomonn... Sssalomonn...
 
Helena! Mulher da sua vida, talvez perdida para sempre. Nas paredes da torre, entre tapetes e armas, seu rosto se multiplicava em várias superfícies e se eternizava em seus pensamentos. A chuva lá fora cessou, e as gotas deslizando docemente sobre o vidro, replicavam seus olhos verdes, pesarosos.
- Não me deixe, Salomon... Não me deixe...
Olhou para o seu trabalho sobre a mesa de estudos, e percebeu que algumas gotas haviam caído sobre as fórmulas, fazendo a tinta se espalhar em bordas irregulares e mais claras, como estrelas se derramando pelo éter, criando um halo negro que se espalhava pelo papel.

 

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 A noite ia morrendo pela rua deserta, o último ônibus havia deixado a moça e outras pessoas sob a marquise do prédio do correio e de lá cada um seguira seu destino incerto. Cecília caminhou, em silêncio, até a velha casa amarela com a pintura descascada, estranhando a quietude lúgubre daquele início de madrugada. Não precisou abrir o portão de ferro que, mal sustentado pela dobradiça gasta, balançava em um movimento torto, produzindo um som rangente, meio agudo, desagradável. A porta estava trancada. Tentou forçar, apostando na deterioração do material, esperando que a maçaneta cedesse sob a pressão de seus dedos. Bateu. Gritou. Chamou pelo namorado. Foi andando pelo corredor lateral do terreno, testando cada janela. O mato alto lanhava suas pernas. Colocou a mochilinha amarela no chão e subiu na goiabeira para tentar alcançar o beiral do telhado. Sabia onde havia algumas telhas quebradas e poderia pular do buraco para o colchão rasgado onde o cachorro dormia. O buraco não estava mais lá, e certamente, nem o cachorro. Alguém havia consertado as telhas. Nem pensou em afastar as novas porque não queria levar uma surra do Jorge.

Estava tarde, e o cansaço era grande. Saiu andando pela rua fria, sem muita decisão, procurando alguma luz acesa pelas casas dos vizinhos. Naquela altura não havia nenhum acordado, que pudesse socorrê-la, ou dinheiro no bolso para procurar uma pousada. Olhou para o relógio e viu que em breve os padeiros iam chegar para começar a primeira fornada. Pediria para se deitar sobre as sacas de farinha, e ainda ganharia um pão fresquinho quando acordasse. Já havia feito isso antes. Ajeitou-se nos degraus da padaria, com a mochila sobre os joelhos. Não teve tempo de descansar. Um carro apareceu na esquina e foi chegando bem devagar até onde ela estava sentada. O homem desceu do veículo e avançou em direção a ela. A menina percebeu o perigo e correu, mas, antes que pudesse se proteger sob o abrigo das sombras, sentiu uma dor aguda na coxa direita e caiu. Ainda tentou levantar, mas seu corpo inteiro adormecia.
 
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Quando o Dr. Ricardo chegou ao seu gabinete, a mulher já o esperava no banco de madeira do corredor. Mandou entrar. Não era a primeira vez que colhia o seu depoimento, e, provavelmente, não seria a última. Por algum motivo, puro instinto de delegado, não acreditava no que ela dizia. O jornal sobre a mesa, cuidadosamente dobrado, trazia a manchete sobre o desaparecimento de algumas pessoas, ainda sem solução.
 
- Fale mais uma vez, Senhora.
-Não sei mais o que dizer. Eu já falei tudo. Foi no caminho para a escola.
- Conte de novo.
 
A mulher parou. Olhou para os próprios sapatos, intimidada. Não conseguia lembrar nenhum outro detalhe, já havia falado tudo. O delegado bateu a caneta no maço de papéis e enxugou o suor da testa com um lenço branco, impaciente.

- Estávamos de mãos dadas, caminhando. Aí ele pediu que parássemos um pouco. A mãozinha estava molhada, depois ficou fria e mole, e ele caiu. O dia estava muito quente naquele dia, acho que foi o calor.

-E a senhora, fez o que?

- Gritei. Juntou gente. O homem se ofereceu para nos levar ao hospital.
- A senhora sabe o nome do homem?
- Rubem.
- Rubem do que? Como ele era?
- Não sei o sobrenome. Ele era um homem alto. Era bonito, elegante. Não sei explicar.
- Não existe registro no hospital, senhora. Para onde levou o menino?
- Eu fui preencher a ficha e o homem ficou com meu filho nos braços, na sala de espera. Eu me virava para olhar os dois de vez em quando.
- Não existe ficha.
- Mas eu fiz a ficha. Lembro da moça que me atendeu. Era uma morena, usava uma touca estampada prendendo todo o cabelo.
- O nome da moça?
Maria parou de falar, fechou os olhos para visualizar a garota por trás do balcão. A roupa azul, o cabelo completamente oculto pela touca de tecido estampado, e um pequeno crachá prateado. Qual era mesmo o nome?
 
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- Sssalomonn... Sssalomonn... Venha me ver...

Abriu a gaveta. Lá dentro encontrou o relicário de madrepérola onde guardava uma mecha dos longos cabelos castanhos. O casamento era ainda recente, quando a doença de Helena começou a se manifestar, primeiro foram os fios de cabelo espalhados sobre o mármore do banheiro. Depois foram as manchas arroxeadas em seus braços. Ela o olhava, assustada. Moravam em uma ilha distante do continente, sendo ele médico, cuidava, pessoalmente da esposa.

Helena empalidecia a olhos vistos, o talhe tão esbelto em contraste com aqueles grandes olhos, lhe dava uma aparência etérea, suave e ainda mais bela do que era quando o conheceu.

Em seu laboratório, testava fórmulas produzidas a partir de plantas exóticas coletadas em expedições pelo mundo. Usou algumas em suas pequenas cobaias, sem muito sucesso. Precisava de indivíduos maiores, um gato, talvez.

 
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Antes mesmo de abrir os olhos, Cecília sentiu o frio, e a falta de ar. A escuridão era completa. Percebeu, então, que estava submersa em uma espécie de tanque cheio de água. Tocou com os pés uma superfície lisa, indicando que estava no fundo. Tentou nadar para a superfície, mas uma tornozeleira de aço prendia sua perna esquerda a um gancho que saía do chão. Desesperada, agitava o pé, tentando se soltar. Desceu a mão até a argola em seu tornozelo, e encontrou um pequeno botão. Experimentou puxar, mas nada aconteceu, tentou movê-lo para frente e para trás, mas não funcionou. Então resolveu girar, e sentiu a pressão afrouxando. Estava livre! Impulsionou o corpo para cima, buscando alguma luz, subiu alguns metros até que suas mãos esbarraram em uma superfície áspera. Concreto. Tateou em busca de uma saída. Arranhou a tampa  até quebrar as unhas e encher os pulmões de água.
 
Desligou.
 
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A cada quarenta e cinco dias o pequeno rebocador do velho Esteves modificava a rota de costume para levá-lo ao continente. Naquele dia, Salomon foi ao cais logo cedo. Quando o pequeno barco aportou ele já esperava sentado sobre a pequena maleta. Estava ansioso. Recebera a notícia da chegada de uma encomenda, junto com a carta com as explicações de um colega seu.

Acompanhava os estudos realizados na universidade em que o amigo era pesquisador, e por ele soubera de uma nova substância, extraída de uma variedade de lírios selvagens, colhidos na Ilha de Bornéu e usados em rituais religiosos.

Quando retornou, dois dias depois, encontrou a esposa caída em seus aposentos. Felizmente, ainda respirava. Desta vez, não erraria.
 

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Levi ouviu um zumbido distante e fez esforço para abrir os olhos. Tentou levantar, apoiando-se nos cotovelos e sentiu uma forte câimbra, os músculos não respondiam e ele deitou, novamente, no chão lamacento.

Aos poucos a visão foi adquirindo foco, delineando-se à medida que a névoa espessa diluía. Percebeu que ainda não era noite, pois uma réstia de luz entrava pela estreita falha, no alto da parede circular de pedra. Lá fora o vento forte zuniu anunciando tempestade. Um fio oscilante de ar fresco avançou pela fresta do buraco lhe dando um pequeno alento de felicidade.

Sabia quem era, mas não conseguia lembrar o próprio nome. No escuro do recinto tentou recordar como foi parar ali.

O silêncio dentro do poço foi quebrado por um chiado, um som pinicado e intermitente. Ficou tenso. Não sabia porque, mas aquele som era apavorante. O ruído foi se avolumando e se aproximando até ouví-lo ao seu lado. Foi quando sentiu o arranhar de patinhas subindo pelo seu braço. Baratas, dezenas delas andando sobre o seu corpo. Arrastou-se de costas até o muro de sua prisão, tentando se erguer, enquanto sacudia os pequenos braços e pernas, procurando se livrar dos insetos imundos.
 
- Mãe! Mãe! Me ajuda, mamãe, vem me buscar!
 
 
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Quando Cecília voltou a si, sua cabeça estourava de dor. Respirou profundamente como se ainda estivesse lutando por ar dentro daquele tanque. Estava deitada sobre um colchão fino e havia tubos introduzidos em seu nariz e sua boca. Quis chorar. Não havia morrido. Ao lado do  leito, um monitor com números e gráficos luminosos. Ouviu passos.
 
Sentiu as mãos mexendo em seu corpo, e um líquido sendo derramado diretamente em seu estômago. Aos poucos a dor foi se dissipando, e a moça mergulhou num mundo de sonhos acolhedores.
 
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O primeiro teste que fez com o substrato de lírios selvagens  foi desalentador.  Abriu as pequenas gaiolas e colocou os bichos já entorpecidos em sua mesa cirúrgica. Introduziu a substância na corrente sanguínea dos animais, e começou a anotar os sinais verificados:

- Dilatação das pupilas;
- Espasmos
- Inconsciência;
- Enrijecimento muscular;
- Óbito.
 
Omitia os resultados para Helena, ainda havia um fio de esperança naquele semblante desafortunado. Os últimos fios de cabelo sustentavam-se debilmente sobre o seu crânio. Daqueles que caíam pelo chão do quarto ele fez uma pequena trança e atou com fitas vermelhas, alegres. Helena já quase não comia. Passava várias horas olhando para os pratos que ele colocava ao seu lado, sem coragem de comer. Para que não tentasse o suicídio, falava que se servisse com as próprias mãos, que eram desatadas para este fim e depois atadas novamente.

Os dias se sucediam e todas as tentativas de obter resultados positivos contra a doença de Helena fracassaram.

Passou dos ratos aos preás e destes para os gatos, depois foram galinhas e porcos.
Ele sabia o que precisava fazer. Sabia.
 
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Naquele ano a páscoa caiu em março. O pequeno Levi olhava animado para a fantasia de coelho que a mãe havia alugado. Quando ela estava distraída até mesmo a vestia e ficava desfilando vestido de coelho da páscoa de frente para o espelho. A festinha da escola seria à tarde. Deviam levar a fantasia em uma sacola e trocar a roupa nos camarins do teatrinho, mas o menino tanto insistiu, que Maria permitiu que o filho fosse fantasiado.
 
Saíram por volta de meio dia, apesar de já estarem entrando no começo do outono, a temperatura daquele dia estava incrivelmente quente. A roupa de malha grossa com aplicações de veludo e o gorrinho com orelhas que Levi usava, pinicavam seu corpo. O menino suava e arfava pelo caminho.  Quando faltava apenas uma quadra para chegarem ao portão da escola, Maria sentiu que o menino estava com dificuldade de respirar. No minuto seguinte ele caiu no chão. Logo uma multidão se formou em torno deles, no meio de tantos rostos um homem alto e bonito com uma voz agradável se ofereceu para levá-los ao pronto socorro.
 
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Não teve coragem de revelar seus planos para Helena, sabia que ela não iria permitir que ele os colocasse em prática. Era tão boa, tão doce, sua Helena.
 
Há algum tempo ela não falava mais. Seus lindos olhos pareciam embaçados. Não se alimentava a menos que ele colocasse a comida em sua boca, e não era raro que ela a deixasse cair.
 
Sabia que precisava de cobaias maiores, mas quando viu o menininho vestido de coelho, pensou em como Helena ficaria feliz se pudesse criar um filho dos dois.
 
Apesar de ser um cientista, acreditava em desígnios divinos, enquanto observava mãe e filho caminhando, o menino parou de andar pela calçada e desmaiou. Ali estava a sua oportunidade. Depois pegaria outro indivíduo para os novos testes.
 
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Aquela seria uma semana de corte de pessoal, não se falava em outra coisa no pronto-socorro infantil. A auxiliar de enfermagem Cecília Gouveia era a mais novata do grupo, sabia que sua chance de ser demitida era muito maior, por isso não reclamou quando foi mandada ficar no posto da recepcionista que havia adoecido. Deram uma farda para vestir, mas não havia um crachá  com o nome dela, então entregaram um ainda não gravado. O dia transcorreu normalmente até um pouco depois do meio-dia. Havia acabado de almoçar e a recepção estava quase vazia quando a mulher nervosa chegou. Ela andava com um menino vestido de coelho e um homem muito bonito.
 
Enquanto preenchia a ficha o homem sumiu com o garoto. A mulher fez um escândalo e depois de procurar em vários consultórios, foi até a delegacia.
 
Quando a polícia chegou lá Cecília negou o ocorrido, falou que nunca havia visto a mulher, o menino e o homem. Ninguém a contestou. As pessoas que estavam na recepção no momento do tumulto eram pacientes e seus acompanhantes. Já haviam ido embora e quando a polícia chegou, não encontrou nenhuma pessoa que houvesse presenciado o ocorrido. Cecília sabia que se envolvesse o hospital naquela história era certo que seria chutada para fora. Pensou rápido. Preservaria o emprego e ganharia a simpatia da gerente.
 
Na saída do trabalho jogou a ficha do menino numa lata de lixo da recepção, mas não percebeu que também havia jogado junto a solicitação de bolsa para a faculdade de enfermagem, contendo todos os seus dados. Também não viu quando o homem bonito daquela tarde a recolheu.
 
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Salomon era um velejador hábil. Alugou um veleiro na marina e esperou cair a noite para levar o menino. Deixou-o lá trancado na cabine do barco e foi atrás da mulher.

No dia seguinte chegou à ilha. Colocou a moça em uma cela e injetou a essência de lírios com o psicotrópico, logo ela entraria na fase dos delírios.
 
Levou o menino, ainda desacordado para mostrar à Helena.
 
- Veja, amor. Nosso filhinho. Você vai melhorar e vamos criá-lo juntos. Seremos felizes de novo.

Helena sequer voltou seus olhos para os dois. Rejeitou o menino. Salomon olhou para o menininho com pena, mas agora já não podia devolvê-lo à mãe,  haviam visto o seu rosto, era tarde demais. Não havia outra solução. Levou o garotinho para a cela vizinha à da moça, e aplicou nele a metade da dose.

 
Esta noite dormiria com Helena. Foi até o quarto onde a mantinha cativa, tomou um demorado banho, e deitou-se ao lado do cadáver em decomposição de Helena Hirst. A primeira moça que havia sequestrado.
 
 
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No mês seguinte Dr. Ricardo pegou a ficha do menino sumido, e mandou o inspetor ligar para a casa da mãe do pequeno Levi pedindo que ela comparecesse à delegacia no dia seguinte. Ia colher, mais uma vez a sua declaração. Tinha certeza que ela estava mentindo. Nunca se enganava com aquelas vagabundas.
 
Fim
 
Este conto foi escrito em 21 de fevereiro e fez parte do DTRL 30
Tema:  Prisão/ Prisioneiros/ Cárcere
 
Comentários
 
 
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18/03/2017 09:28 - Felipe TS
Um dos começos mais melados desse dtrl, confesso que torci o nariz nos primeiros parágrafos, a impressão que o texto passa no seu começo, é que está começando uma daquelas novelas de época, com histórias de amor clichês. Na sequência o tom da narrativa melhora, apesar de eu achar que o autor deve diminuir um pouco o uso de adjetivos. Outra dica para o autor é que tente expressar um pouco mais de naturalidade nas descrições e diálogos, o texto apesar de estar muito bem escrito e com uma trama bem amarrada, carece de voz. A impressão que tive é que o autor tenta imitar algum autor mais antigo e que provavelmente suas maiores influências vêm de leituras clássicas e estrangeiras, mas é importante entender que escrever é um ato pessoal e singular, só conseguimos realmente ser autênticos quando somos realmente sinceros com as palavras. Enfim, nota 6!
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17/03/2017 21:54 - Bianca Todt
Confesso de primeira mão que a menina dentro do poço me recordou a Samara, do filme " O Chamado", porém devo dizer que esta é a única semelhança ao filme. Eu simplesmente pirei com o enredo, o Dr.Ricardo é um personagem muito forte e foi muito bem construído, descobrir no final que a "amada" esposa dele foi na verdade a primeira vítima, e que ela estava morta e se decompondo... Inicialmente eu achava que a Helena sofria de câncer e que ele tentava achar a cura, mas você me surpreendeu! (Confesso que pelo título do conto eu não havia botado muita fé, bem no fim o seu conto deu-me um pé na bunda) Minha nota para o conto é 9.
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17/03/2017 17:33 - Alda MJD
Com os comentários em sigilo até os resultados e sem o risco de influenciar os outros, me sinto mais à vontade de expressar o quanto achei de arrepiar, vi que somente uma coisa que tem prejudicado muitos contos tirou o brilho do enredo, a disposição dos parágrafos que não contribui para o clímax. Enfim, sobre o que aconteceu aos personagens achei bem chocante o menino que foi sequestrado, o personagem principal era um homem perturbado e incoerente já que suas ?experiências? não chegavam a lugar algum. Minha nota é 8,9.
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17/03/2017 13:08 - Eric Sales
Boa tarde! Parabéns pelo texto! Um enredo comum com uma estrutura muito bem arquitetada. A montagem das cenas me deixou confuso no início...haviam muitos personagens. Porém, conforme a história avança, vemos que está tudo bem amarrado. O ponto que ficou meio frouxo é a questão do ritmo de narração, é muito rápido e não dá muito tempo para respirar. Nota: 8,5.
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17/03/2017 00:55 - Melisas Ribeiro
O enredo é bacana. A narrativa, que vai construindo a trama por meio de recortes, é muito engenhosa e bem feita. Entretanto, não entendi algumas coisas da história, por exemplo, Cecília foi sequestrada exatamente para que? Para cuidar de Helena, porque era enfermeira, ou para ser uma nova Helena? Salomon ?coleciona? Helenas ou há apenas uma Helena? Para mim, como leitora, faltaram explicações e isso me deixou um pouco frustrada. Não entendi o por quê do parágrafo final do texto, para mim o autor poderia ter encerrado no parágrafo anterior. De qualquer forma, é um ótimo conto e o autor está de parabéns. Nota: 8,5
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15/03/2017 23:27 - Agnaldo Souza
Olá, Autor(a)! Um louco ao estilo do Dr Phibes: alguém que busca curar ou reanimar um amor perdido. A ligação entre os crimes do psicopata e a investigação de desaparecimentos por um delegado dá um toque de realismo cinematográfico à trama. Coincidentemente, o louco deste conto tem a mesma paixão do louco de um outro conto: um cadáver decomposto. Parabéns pela participação. Minha nota é 8.
 
15/03/2017 14:51 - Ashur
Um conto interessante, com potencial. A ideia de truncar a história, mostrando cenas desconexas, que começam a se encaixar no final da história, é boa. O final não me agradou tanto, esperava algo mais sofisticado, mas a história é boa. Nota: 9
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14/03/2017 23:19 - Anorkinda
Oi, gente! Eu não participei com texto, mas não podia deixar de prestigiar esta primeira edição do desafio em anonimato. Ideia super trabalhosa que o Sidney abraçou! E está de parabens! Eu não pude participar por problemas pessoais mas vamos ao que interessa... Este texto está muito bonito, caprichado. Gostei do entrelaçamento todo das informações, senti como num filme, sendo desvendado. Muito bom isso. Há um terror psicológico e uma certa inteligência exigida do leitor ao final. Você está de parabéns, autor(a), embora eu precise frisar que apesar de todo este engenho os personagens naõ geraram empatia, um pouco apenas pelo menino e sua mãe, mas muito pouco. NOTA 8,6
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14/03/2017 22:29 - Folheto Nanquim
Caro autor, que psicopata demente é o Salomon, hein? Este tipo de doença mental me lembrou do proprietario do Motel Bates do filme psicose. Muito bom como desmembrou o conto em varias passagens e diversos cenarios. Cri realmente que Helena estava viva no inicio, a revelacao foi muito boa. O texto tem muitas partes que podem ser decepadas, a famosa expressao encher linguiça, senti isso em alguns trechos, e tambem um pouco de pompa e requinte, mas se tratando de muitas exigencias, impossivel agradar a todos. Boa sorte no dtrl30. Nota 7.3
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11/03/2017 16:58 - Ana Carol Machado
Oiii. Achei bem legal esse conto. O que mais gostei nele foram os detalhes e a forma como as histórias e pessoas se ligam. Um detalhe que achei interessante foi o porque da mãe do menino não lembrar o nome da atendente e o porque da ficha do menino ter sumido. Tudo isso por causa da Cecília que jogou a ficha fora. Acho que quando ela fez isso meio que selou o seu destino também. Fiquei com pena da mãe do Levi que além de ter sofrido pela perda do filho ainda sofre da desconfiança do delegado que acha que ela está escondendo algo. Parabéns pelo conto. Nota: 8,0
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10/03/2017 18:53 - SK Evans
O começo foi bem confuso. Particularmente, eu gosto de histórias que vem e vão como essa, contando de pontos diferentes. Porém, devido a limitação de palavras, não ficou perfeito, mas se encaixou muito bem no fim. O testo começou a realmente ficar bom do meio para o fim. E o final foi realmente excelente e inesperado! Parabéns! Nota: 8
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09/03/2017 14:30 - Fheluany Nogueira
Um conto bastante difícil de escrever, pois é uma estória estruturada com intercalações diversas, cruzando as histórias de diversos sequestros e tem um mistério complexo, com detalhes que levam a imaginar as cenas. A narrativa está bem desenvolvido, funcionando como um quebra-cabeça, o final é interessante (na verdade é o que mostra a loucura do médico). Mas, são muitos personagens e o enredo meio trabalhoso. Acredito que um leitor pouco atento vai se confundir com a moça dentro do tanque. Precisei reler para entender certas situações. Também penso que o autor preso a tantas ações, esqueceu-se do aprofundamento psicológico dos personagens. Gostei da ideia e da execução, o autor aqui apresenta uma relação muito boa com as palavras. Não notei deslizes de linguagem, a não ser a falta de algum acento como em ?cria-lo? ou repetições de palavras, como ?seguinte? que aparece duas vezes, próximas, no último parágrafo. Parabéns, abraços! NOTA: 9,0
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09/03/2017 11:07 - Johnathan King
Infelizmente na minha opinião foi um texto um pouco complicado de entender, e isso tirou um pouco do entusiasmo na leitura. A história começa de uma maneira, em seguida pula pra outra parte totalmente diferente do começo e depois volta novamente pra um começo meio confuso. E por mais que o autor(a) tenha tentado explicar no final do seu texto todo o enredo da história, a mesma ainda ficou com muitas explicações a serem dadas. E o medo da recepcionista de perder o emprego não é motivo suficiente pra ter omitido o rapto do garoto. E achei também a atuação do investigador inútil pra trama, uma vez que ele não fez outra coisa se não acusar a mãe do garoto pelo sumiço do mesmo, que no fundo foi apenas mais uma vítima também. E a história do doutor que tentava curar a mulher e no fim ela já estava morta, ficou no mínimo bizarra. Desejo boa sorte no desafio! Minha nota para esse texto é: 6
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08/03/2017 22:35 - Janaína Caixeta
É um conto que tem várias partes, por isso é preciso entender cada uma delas para se ter uma conclusão. Achei esse cara bem maluco. Ele era louco por um cadáver. E sobre o garoto que sumiu, a mãe tentou dizer como tudo que aconteceu, mas a policia não acreditou, porque ela não tinha provas.Notei também que lá no inicio, no segundo paragrafo, há a palavra "gostas".O certo seria gotas. É isso... E a minha nota para este conto é 7.
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08/03/2017 14:23 - Jorge Aguiar
Este conto apresenta uma linguagem muito fina e envolvente, com descrições poéticas e detalhadas. Gostei das tramas e pontos de vistas intercalados, dando uma dinâmica interessante à estória. A loucura desse Salomon por Helena é interessante de acompanhar e explorou bem o tema com os prisioneiros dele. Parabéns e boa sorte. NOTA: 8.
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08/03/2017 13:17 - Josué Viana
Caro (a) autor (a), a sua narrativa me agrada, pois consegue descrever um pouco das diversas situações e alterações de emoções e pensamentos diante a cada ação exercida pelo ambiente ou pelo indivíduo, isso facilita para o leitor ambientar-se com a história e se envolver com ela. Os personagens se desenvolvem no texto quase que de maneira natural, pelo menos é essa a sensação, haja vista a competência narrativa do escritor(a). Em uma parte do texto pude chegar a conclusão que as pessoas recolhidas seriam realmente cobaias de algum experimento, no entanto, o final me surpreendeu bruscamente, apesar de você ter dado dicas no início do texto. A minha sensação foi de uma repulsa sútil após a revelação. Os fatos ficaram muito verossímeis e bem construídos, a estrutura do texto e o desenvolvimento são bem pensados e convergem nesse sentido. Por fim, fica-se uma reflexão não somente sobre a psicopatia de alguns, mas sobre até onde nossas paixões e instintos, sem o auxílio da razão ética, podem nos levar. Parabéns pelo texto, minha nota é 9. Desejo um bom desafio. Abraços.
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03/03/2017 01:32 - Gilson Raimundo
Enredo- desenvolvimento- criatividade- crível- originalidade... Um médico maníaco que sequestra pessoas para realizar suas experiências, não sei se ele quer ou não ressuscitar sua mulher Helena, um conto bem parecido com o "Bodas de Ouro". As histórias são picotadas e contadas por partes, vão se alinhando as vezes a duras penas até às revelações finais. Alguns pontos são estranhos : Que castelo era aquele? A moça da padaria foi sua primeira vítima? E o sujeito das baratas? Acho que foi um conto arriscado. NOTA 05.
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01/03/2017 17:39 - Antonio Stegues Batista
O enredo deveria ser simples, mas as ações corridas em tempos diferentes não ajudou por conta dos fatos corriqueiros e descrições dispensáveis. A inclusão da parte da enfermeira nem precisava. Muitas explicações às vezes atrapalha. A leitura sofre solavancos e se torna monótona. A estrutura não foi bem executada. Nota- 7
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27/02/2017 13:40 - Vanessa Honorato
Olá! Bom conto! Um doutor/ cientista/ maluco/ sequestrador/ que aprisionava "cobaias" para suas experiências... E eu achando que era por "amor", na verdade, todos eram suas vítimas! Muito bom. Minha nota para o conto Um Frasco de Lírios: 09.
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26/02/2017 23:41 - Gabriela Chaves Marra
Uma hitória que vai e volta, não consegui entender bem, e tive que ler de novo...mesmo assim achei confuso. Pq o menino desmaiou? O sequestro dele era somete para Helena ter como filho ou ele de início seria uma cobaia? E Maria? tb cobaia? e Cecília? Apenas não queria se comprometer? Ficou bem confuso pra mim...talvez se a história fosse mais direta, sem idas e vindas...é interessante, mas acho que precisa sem mais trabalhada...nota: 5
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26/02/2017 20:19 - Pedro T
O conto é fragmentado demais, apesar de ter talvez a melhor escrita do desafio: as frases são muito bem construídas e as descrições são ótimas. O que acaba não ajudando é a trama, que aborda temas já muito explorados, e a excessiva fragmentação da narrativa, além da falta de um aprofundamento psicológico maior, o que talvez pudesse ser explorado por meio de fluxos de consciência. Ainda assim uma leitura prazerosa e que flui sem travas, mas que poderia render bem mais. Dicas:e as gostas deslizando  - e as gotas; não acredita no que ela dizia ? não acreditava;  plantas exótica  - exóticas;  precisava que fazer ? precisava fazer. Nota: 7,5
 
26/02/2017 13:38 - Sobrenatural
a minha nota é 8,3(oito vírgula três) história interesante em que os personagens são bem apresentados e introduzidos, o autor poderia desenvolver mais o íntimo do sequestrador, para que o leitor tentasse perceber por que razão procedia assim, más é claro uma sugestão. o aspeto mais interessante foi o facto de o texto nos levar a crer que salomon era um cientista para depois no fim se eprceber que era um sequestrador, julgo que se omitisse a parte do dr.ricardo o texto ficaria ainda melhor mas de qualquer maneira parabéns ao autor
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26/02/2017 03:31 - Matheus Sphor
Amigo a pontuação ficou péssima, virgulas e pontos finais muito mal distribuídos, deixando o texto de certa forma ditado. E deixa a história de certa forma prejudicada, pois me lembrou muito um romance famoso chamado "Morro dos Ventos Uivantes" Helena e Salomon me lembram o casal principal da trama. Nota. 6
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25/02/2017 09:28 - Afonso Elva
Olá. Falta ambientação, picotar entre cenas funcionou, é um mérito conseguir que isso não deixe o texto confuso, mas falta ambientação. Por alguns momentos, por exemplo, pensei que se tratava de um conto medieval. Outro ponto é que o conto não desencanta, fica fácil demais, de um jeito que desanima. Nota 7. Abç
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23/02/2017 12:43 - Fernando Cyrino
um belo e elaborado conto. Gosto da maneira como você vai abrindo o leque das histórias para depois as ir fechando até que esteja pronta a atmosfera para o desenlace da trama. Ficou bem bom. Seu conto começa literalmente me tirando o fôlego. A primeira frase, de vinte e três letras, talvez merecesse uma vírgula pelo menos, para me ajudar a respirar. Alguns parágrafos e frases, aqui e acolá, também senti que ficaram um tanto longos, o que pode causar cansaço no leitor e tirar-lhe o foco da atenção, ao longo do relato. Chato que sou encontrei uns defeitinhos, erros que caso tivessem sido evitados teriam tornado o conto ainda mais bacana. Minha nota é 9.
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23/02/2017 10:04 - Marcilene Cardoso
Perfeito! Eu disse perfeito? Não, mais que isso. Terror puro. Ficção científica, profissões, festas, doenças, um belo e harmonioso emaranhado de coisas que se entenderam entre si. Um louco, psicopata, clichê, mas que atualizou-se com uma trama muito bem desenvolvida e com um final glorioso. Não vejo nada de negativo pra apontar aqui. Minha nota é 10.
Iolandinha Pinheiro
Enviado por Iolandinha Pinheiro em 22/03/2017
Reeditado em 26/03/2017
Código do texto: T5948706
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