O mistério da rua comendador Wilson :

JOEL TAXISTA E O MISTÉRIO DA RUA COMENDADOR WILSON

Jonacy Lopes-

Joel um taxista igual a muitos que circulam por aí pelas ruas das cidades trabalhando dignamente para obter seus sustentos.

Joel cumpria sua jornada de trabalho todas as noites, percorrendo a cidade com seu táxi, atendia todo tipo de passageiros, os chatos aqueles educados os arrogantes, normal quando se lida com o publico, o que Joel temia mesmo era cruzar com assaltantes os quais por duas vezes teve esta infelicidade de encontrar apesar de terem levado dinheiro ele agradece sempre a Deus por não terem lhe agredido fisicamente, muitos amigos taxista não tiveram a mesma sorte.

Joel havia arranjado um cliente exclusivo, este cliente pontualmente todas as sextas feiras as 11:00 hs dá noite servia-se dos trabalhos de Joel, era uma corrida que terminava no cemitério, Joel nunca indagou o tal passageiro sobre o que ele faria aquela hora no cemitério, "Poderia ir rezar quem sabe fazer trabalhos de macumba ou etc ".

Mas ultimamente Joel estava curioso já se fazia algumas sextas feiras que ele levava aquele homem ao cemitério, o passageiro era calado o muito eram acenos com a cabeça "sim ou não", mudo o homem não era pois na primeira viagem pediu para Joel pega-lo todas sextas feiras as 11:00 hs da noite naquele mesmo local.

Em uma sexta feira Joel foi ao local onde costumeiramente pegava o cliente misterioso, neste dia havia algo diferente, o homem que nunca carregava alguma bagagem agora estava com uma caixa grande, Joel educadamente ofereceu de ajudar o tal homem a colocar a caixa no porta malas do táxis, ele fez movimentos com a cabeça que sim, pronto colocaram a caixa no porta malas e partiram para o costumeiro destino "o cemitério".

Quando chegaram no destino Joel perguntou para o passageiro se ele queria ajuda com a caixa, Joel sabia que a caixa era pesada, o homem deu sinal com a cabeça que sim!

Desta feita o homem e o Joel entram no cemitério carregando aquela caixa, Joel estranhou pois o homem passou direto pela administração e da casa velódromo, foi adentrando no cemitério.

Joel pensava "Onde este homem vai com esta caixa?

De certo que foram seguindo a rua do cemitério e passavam pelas alamedas cheias de lápides ( túmulos ), depois de uma longa caminhada chegaram defronte de um mausoléu grande aqueles tipo uma capela, todo de granito, Joel imaginou aqui é de uma família de posses, o homem abriu a porta e Joel estava meio cismado de entrar ali, era escuro, uma penumbra, tenebrosa situação, mas já que ali estava entraram levando lá pra dentro a tal caixa, Joel seguiu o rumo ao qual o homem misterioso erguia a caixa colocando em cima de uma prateleira de mármore onde tinha dois lindos vasos de flores e acima a estatua de uma santa, logo a seguir o homem começou abrir a caixa Joel estava curioso "O que estaria dentro daquela caixa? era pesado".

Quando a caixa foi aberta surpresa a caixa estava vazia, Joel ficou confuso como pode uma caixa de papelão vazia ter o peso que ele e o homem carregaram com certo esforço, muito estranho?

Joel estava cismado com a situação, neste momento falou para homem:

_Olha meu senhor vou-me embora, sexta que vem o senhor acerta a corrida, tichal!

Mas o inesperado quando Joel foi rumo a porta de saída, eis que a porta se fechou sozinha, Joel tentava abrir a porta ela não abria, ele estava no momento com muito medo, agora ele olhava para aquele homem não com cisma e sim com medo!

Tinha um papel prateado sobre a prateleira de mármore o homem fez gestos de escritas Joel entendeu e deu-lhe sua caneta o homem fez um bilhete e entregou para Joel, mas estava escuro e Joel ainda contando com o medo não conseguia ler o bilhete.

Joel queria sair dali, mais a porta continuava fechada, em uma das idas na porta ao retornar na direção do homem, o homem havia desaparecido, Joel estava confuso, ali era livre não havia como o homem sumir do nada, sair não dava, ai Joel começou a rezar, Joel se acalmou e sentou ali em um canto iria esperar amanhecer e contar com a sorte, quem sabe um transeunte passaria ali? e ele pediria ajuda, Joel foi pego pelo sono e dormiu..

Quando Joel acordou estava em sua cama, em sua casa, Joel se lembrava de tudo cada minuto do que se passou, o homem a caixa, ele preso no mausoléu desesperado para abrir a porta, não foi um sonho? Mais foi um sonho! Não tinha outra explicação, Joel estava em sua cama tinha que ter sido um sonho, estranha sensação, não tinha explicações Joel acordou em sua casa na sua própria cama.

Joel se levantou estava ate zonzo com a situação, tentava tirar o tal sonho da cabeça e não conseguia, tomou um banho e foi para a cozinha preparar algo para o desjejum, um susto, Joel encontrou o bilhete em cima da mesa

" Meu Deus! é o mesmo bilhete que o homem me entregou no sonho".

Desta forma Joel buscava coragem para ler o tal bilhete, ele hesitou por alguns minutos, mas se pôs a ler o bilhete que segue:

" Senhor Joel adianto aqui um cordial pedido de desculpas por esta lhes causando alguns transtornos.

Em minha vida terrena meu nome foi- Albert Gusman Furkin.

Fui um empresário bem sucedido do ramo da indústria farmacêutica cujo a minha empresa estava presente em vários países do globo.

Eu era feliz em meu casamento, pai de dois lindos filhos, vivia tão somente feliz realizado financeiramente e familiarmente, mas quanto a vida conjugal eu estava enganado minha esposa me traia com um dos meus diretores da empresa.

De certa forma que os dois na condição de amantes armaram uma cilada parar por cabo em minha vida, sendo assim fui atraído para uma de minhas empresas e lá minha esposa e seu amante me assassinaram, enterrando meu corpo em um jardim que fica aos fundos da empresa localizado do lado esquerdo junto a uma caldeira.

Aquela caixa que levamos ao cemitério é onde por muitos anos tento levar meus ossos para ter a dignidade de repouso no mausoléu da família, mas infelizmente eu não consigo.

Por isto lhes peço esta digna missão, contatar o DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção á Pessoa) ou outros órgãos da justiça e fazer uma denuncia contra os assassinos, e assim terei descanso eterno, e vossa pessoa fara um grande serviço de ganhos espirituais.

Deixo aqui o endereço da casa da assassina assim como o da empresa cujo o covarde assassinato foi praticado:

Endereços:

Casa: Alameda Sir Jhones Hertz, numero 545- Parque Gusman

Empresa: AV- Comendador Wilson numero 35 Quadra 5. Jardim Heleno Sousa

E o mais muito obrigado :

Atenciosamente- Albert Gusman Furkin "

Joel ficou alguns dias guardando aquele bilhete do além, ele estava na duvida " Poderia arrumar-lhe uma encrenca com pessoas de grande poder financeiro, porem a consciência falou mais alto.

Joel procurou a justiça e fez a estranha denuncia.

E assim foi descoberto o assassinato da rua Comendador Wilson, e toda a farsa inventada pelos assassinos, segundo a historia inventada Albert havia sumido em uma pescaria em alto mar..

E assim Joel passou a viver com a consciência tranquila.

Fim