Minha viagem

A aldeia, onde eu fui, tem população de 9 mil habitantes e esta na fronteira com Ucrânia. O estilo da vida lá ´e muito ucraniâno. A maioria das casas saõ feitas de tijolos, algumas saõ grandes e muito belas, parecem quase palácios. Mas todas elas saõ cercados por lama e poças. Os locais naõ estám preocupados especialmente com o mundo externo que está fora de suas casas.

Eu morava na casa do diretor de empresa, que eu checai. Lá trabalhava como empregada, uma mulher muito arrogante e ignorante. Ela se chamava Galha e era muito típico para a aldeia, onde as pessoas pensavam que eles eram melhores do mundo e que o mundo externo era uma merda, especialmente Moscou e moscouvitas.

Eu trabalhava lá na fabrica que produzía grânulos de batata. Um dia eu passiei pela aldeia á noite. A fábrica neste momento trabalhava extesivamente e tinha um cheiro terrivel de batata cozida com produtos químicos, portanto eu comecei a ter alucinações. Me pareceu, que nas estrelas tinham demônios com a bruxa Galha. Eles fritavam batata e usavam a Lua como frigideira.

- Hey, desgraçado moscouvita, - gritou a bruxa, - suba aqui.

- Eu naõ posso voar, - eu á respondi.

- Isso não é necessário, eu vou levantar-te agora, - riu ela.

Em um segundo, ela esticou um braço longo, me agarrou e jogou-me sobre a estrela mais próxima. Dali eu podia ver toda a aldeia, todas ruas um pouco iluminadas, as chaminés esfumasadas da fábrica, os campos cobertos com neve, a floresta escura dormia em paz, as torres de cellular que brillavam vermelho.

- Eh-eh-hey, - gritei para o eterno silêncio.

- Ha-ha-ha, - ele respondeu zombeteiramente.

Um solitario transeunte me ouviu, virou a cabeça para cima e nos viu. Depois de um momento de silêncio ele atordoado começou a correr em algum lugar entre as ricas casas.

No centro do campo, ao lado da cidade, um grupo de duendes da floresta faziam uma fogueira. Eles provavelmente queriam organizar a noite de orgia sacrificial.

- Quem vai ser o sacrifício? - pensei.

- Tente adivinhar, - respondeu Ghalya, olhando para mim com olhos famintos.

Eu olhei em volta e vi os demônios devorando com olhos meu corpo grande e saboroso. Um pedaço de horror entalou em minha garganta. Meu coração bateu em agonia, contando os últimos segundos da minha vida.

Um som alto e terrível de uma buzina de carro explodiu em meus ouvidos. Eu acordei, de pé no meio da estrada, iluminado pelas luzes brilhantes de faróis dianteiros.

Igor Mit
Enviado por Igor Mit em 25/03/2017
Reeditado em 28/05/2017
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