Trote na freira

O telefone tocou e irmã Feliciana, levantando um pouco o hábito, dirigiu-se apressadamente para atender:

— Casa Mater dei, boa tarde!

— Boa tarde, irmã! — Respondeu do outro lado da linha uma voz jovial de um homem.

— Aqui quem está falando é a irmã Feliciana, deseja falar com quem?

— Tem alguma irmã virgem aí?

— Que eu saiba, não! Mas irei ver aqui com as outras irmãs, pois sou nova aqui na comunidade, cheguei ontem. Só um minuto.

Recém-chegada a comunidade, irmã Feliciana ainda não havia gravado o nome de todas as irmãs, e por isso, percorreu o convento perguntando o nome de cada uma. Voltou cinco minutos depois:

— Alô!

— Alô! E aí, tem?

— Meu filho, perguntei a todas as irmãs e nenhuma aqui é virgem.

— Bem que eu desconfiava suas freiras assanhadas...

Irmã Feliciana, tremendo, deixou o telefone cair e junto a ligação.