O SONO FUJÃO...

Aquela noite o calor era intenso por isso a mãe havia deixado a janela aberta, Aninha não conseguia dormir olhava o céu onde imaginava ver animais correndo crianças brincando e até estrelinhas piscando para ela, mas o sono não chegava à menina não parava de pensar que deveria dormir e acordar cedo o dia seguinte seria muito especial afinal era seu primeiro aniversário em sua nova morada aquele sim seria bem especial pela primeira vez teria amigas para festejar.

Pensou e para resolver o problema do sono fujão só mesmo uma das historinhas cheias de aventuras contadas pelo bondoso Quinzinho, mas aquela hora o velho deveria está dormindo e roncando nem iria ouvir seu chamado melhor tentar ler uma das historinhas que havia ganhado do velho amigo e sem perceber os olhos se pesaram o sono chegou antes que chegasse o final da página era hora de viajar em seus sonhos.

No sonho ela também não conseguia dormir dessa vez não estava em seu quarto nem em sua cama, estava lá na casa da avó deitada em seu colo ouvindo as historinhas de lobisomem e outros bichos da noite.

Aninha começou a sentir medo um bicho peludo de olhos vermelhos pulava a janela ele tinha dentes grande e garras afiadas. O bicho corria de um lado a outro do quarto naquele momento aparece na porta seu Quinzinho usando um pijama com ursinhos todo descabelado com aquela cara de sono bocejava tão alto que o bicho se assombrou e saiu em disparada pelo lugar que entrou.

- Posso saber por que essa menina ainda está de olhos abertos e não dorme para acordar toda feliz em seu aniversário- perguntou o velho. Continuou – Já sei o melhor remédio para trazer esse sono fujão é dar um passeio na floresta bem atrás das montanhas onde com certeza o preguiçoso se esqueceu da hora.

Os dois saíram o céu estava lindo tão azulado, as nuvens pareciam flocos de algodão tão baixinhas que poderiam tocar. Aninha corria dançando, as flores ao ver a menina passar soltavam o perfume no ar acordando borboletas e pirilampos.

- Ai que lindo! Veja seu Quinzinho, as flores perfumaram o ar os passarinhos acordaram e a chuva miudinha trás esse cheiro de terra molhada deixando as folhas com gotinhas transparentes.

Um coelho que observava pulou em sua frente, uma fadinha surgia flutuando dentro de uma enorme carruagem feita com as cores do arco-íris era tão linda com sua roupinha rosa salpicadas de estrelinhas, a bola sacudiu, sacudiu tocou o chão a portinha se abriu a fadinha voava uns dois palmos do chão olhando para a menina que não piscava os olhos de tão encantada com toda aquela beleza.

- Ai que linda fadinha- disse Aninha.

A fadinha ajeitou os cabelos dourados abanou sua varinha de cristal sorrindo estalou os dedos finos.

De todos os lados de cima das árvores surgiam pequeninos seres uns pulando dos galhos outros sentados em folhas andantes, apenas um chegou sonolento nas asas de um gafanhoto gigante.

Ao encontro da fada todos pararam espantados ao ver aquela menina gigante, eram tão pequeninos que caberiam no bolso do vestido de Aninha.

Sorrindo ao ver o espanto dos anõezinhos à fada anunciou:

- Hoje temos festa no reino encantado e vamos levar essa linda menina para que conheça os nossos amigos da floresta. Os pequeninos pulavam e gritavam de alegria fazendo com que a menina ficasse cada vez mais encantada.

- Vamos! Sigam-me pela estradinha invisível aos olhos de estranhos- disse a fadinha soltando chuvas de estrelinhas para que seguissem.

Aninha sentou-se no chão e disse toda feliz: - tenho bolsos em meu vestido venham entrem aqui assim não se cansam.

A fadinha piscou para os pequeninos como se dissesse entrem podem confiar na menina. Sigam na trilha para chegar lá basta seguir as estrelinhas. Os anõezinhos correram em filinhas entraram nos bolsos, eram tão pequeninos que caberia em um só bolso.

A fada ao ver as estripulias dos pequeninos ajeitou a varinha ou seguem silenciosos ou viram picadinhos para o jantar de alguma bruxa má, fiquem quietos ai estarão bem protegidos.

Depois de andarem por quase toda a floresta surgia a frente montanhas com cara de bruxa, rios que roncavam, corujas piando para proteger os filhotes, pássaros gigantes que voavam tão baixo que assanhavam os cabelos de Aninha deixando-a tremula de medo.

- Estou muito cansada precisamos sentar um pouquinho- disse Aninha.

Os pequeninos gritaram em coro não pode parar prossiga ou nos perdemos do raio das estrelinhas e caímos em alguma gruta da bruxa malvada. Vamos assim que descer essa montanha vamos avistar o portão por onde podemos entrar no mundo encantado das fadas.

Foi muito rápido assim que começaram a descer Aninha se sentiu leve e flutuava acima da copa das árvores, sem perceber entrou num mundo de magia fechou os olhos e deixou-se levar pelo sabor do vento segurando os bolsos com força para que os pequeninos não caíssem foi levada tão alto que mais parecia uma pluma.

Num passe de mágica abriu os olhos estava no lugar mais lindo o castelo encantado das fadas eram tantas que ela não sabia qual a mais linda. Um batalhão de vaga-lumes deixava o lugar todo iluminado, lagartos cavalgavam levando coelhos em suas costas, borboletas gigantes tão coloridas que mais pareciam um arco-íris flutuante, flores bailavam passarinhos molhavam os bicos em gotas serenadas para afinar antes de começar a cantoria.

E seu Quinzinho por onde andava aquele velho dorminhoco- imaginava Aninha.

Enfim era um sonho e o sono chegou atrapalhando as aventuras.

irá rodrigues
Enviado por irá rodrigues em 25/04/2017
Reeditado em 25/04/2017
Código do texto: T5980896
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