O PAPAGAIO TRAPACEIRO

Na floresta encantada de tudo acontece uma tarde o macaco passeava distraído, quando de repente ouve uma voz suave e bem afinada. Parou um pouco para ouvir aquela melodia, não sabia de onde vinha e nem a quem pertencia. Melhor aplaudir o dono daquela voz encantadora.

- Bravo! Gostei da melodia, saia do esconderijo venha cantar aqui pertinho, - Gritou o macaco todo encantado.

O papagaio “ metido a gaiato” saiu do esconderijo olhou para o macaco grandalhão meio desconfiado.

- Obrigada! Obrigada senhor macaco- Sou um humilde cantor disse o papagaio estufando o peito e sacudindo as asinhas.

- Cante mais, nunca vi um papagaio cantor, abra seu bico e cante... Pedia o macaco em voz alta atraindo outros bichos que formavam uma plateia para ouvir o famoso cantor papagaio.

O trapaceiro do papagaio agradeceu e sumiu entre as folhagens. A voz suave cantou mais suave encantando a todos e atraindo outros que por ali passavam.

O macaco muito esperto desconfiou. Se o papagaio cantava tão afinado não tinha porque se esconder, melhor saber a verdade.

E começa a gritaria: Venha cantar aqui queremos te aplaudir de perto. Venha abra o bico. Gritava o macaco..

- Sou muito envergonhado, só consigo cantar sozinho e se alguém chega perto a minha voz falha eu preciso de privacidade e não consigo com tantos olhos em minha direção. Disse o papagaio trapaceiro colocando a cabeça para fora das folhagens.

O macaco que não é bobo saiu de fininho enquanto a melodia encantava os outros bichos subiu na árvore de onde poderia ver de pertinho o papagaio cantando.

Estava certo em desconfiar lá estava o trapaceiro obrigando a andorinha a cantar o mais alto que pudesse.

O macaco irritado com aquela safadeza saltou bem ao lado onde o papagaio estava ao ver o macaco o papagaio deu no pé se escondendo na vegetação logo que voar rápido ele não conseguiria.

A pobre da andorinha presa pelo pé começou a chorar, não suportava mais as ameaças do papagaio, que gritava ou ela cantava ou jogaria do alto depois que arrancasse todas as penas das suas asas.

O macaco a libertou, livre ela bateu asas e partiu para bem longe das ameaças do papagaio. O macaco prometeu que acharia aquele trapaceiro e teria que lhe explicar todas as suas maldades.