AS MALANDRINHAS

Era uma vez uma lagartixa muito metida e muito invejosa que se chamava Teca. Vivia nas grutas de um rochedo e sempre queria sair para passear sozinha, como ainda era mocinha a sua mãe não deixava.

- Não pode ficar por ai subindo e descendo lá fora é muito perigoso, pode aparecer os meninos que adoram brincar de matar as lagartixas só por prazer e depois deixam por ai sendo devoradas pelas formigas.

- Mas Teca não queria obedecer e saia explorando o mundo lá fora daquele rochedo. Um dia cansada de viver sozinha chamou sua amiga Kika e disse:

- Kika eu quero sair passeara conhecer outras lagartixas venha comigo assim a minha mãe não fica proibindo a minha saída.

- Teca, minha mãe também fala que lá fora é muito perigoso não podemos andar sozinhas, as cobras adoram jantar uma lagartixa indefesa. Eu tenho medo, concluiu Kika.

- Oras deixe de ser covarde, sairemos escondidas.

E lá se foram as duas aventureiras quando se viram fora do alcance dos adultos, correram livres sem olhar para trás.

Logo chegaram ao topo do rochedo.

- Que lindas são as flores desse jardim, que delícia é o perfume que atrai tantos besouros, vamos procurar uma sombra e nos refastelas com suculentos mosquitos, depois beberemos água que cai das pedras e dormiremos até o cansaço passar.

De barriga cheia deitaram arrotaram satisfeitas, de repente ouviram um ruído estranho, assustadas empinaram a cabeça e ficaram atentas a qualquer perigo. Alívio, eram bandos de passarinhos que chegavam para beber água da fonte que brotava entre as flores, ficaram quietinhas apenas observando,. Quando ouviram um dos passarinhos dizer:

- O inverno está se aproximando, precisamos colher muitos raminhos secos para construir os nossos ninhos, assim podemos abrigar os nossos filhotinhos protegidos do frio e das maldades das cobras.

Voavam de flor em flor colhendo galhinhos secos e macios, depois voavam levando no bico punhados de raminhos para logo retornarem em busca de mais.

Numa dessas idas dos passarinhos as duas Teca e Kika saíram do esconderijo e continuaram seu passeio, chegaram do outro lado e de repente Teca deu um grito: Olhe ali embaixo tem outras lagartixas, parece que estão em festa, vamos lá para ver,

E lá se foram descendo de cabeça para baixo, não se aproximaram de longe olhavam toda aquela alegria.

Depois de ficar algum tempo por ali, pensaram em ir embora o sol já estava se retirando deixando o rochedo coberto de sombras.

- E agora por onde devemos seguir para chegar em casa perguntou Kika, esquecemos de marcar o caminho de volta com gravetos como sempre fizemos.

Começaram a sentir medo. Como iremos para casa completou Teca meio chorosa pois sabia que a noite era cheia de perigos.

- Vamos por ali disse Kika balançando a cabeça, quanto mais andavam mais volta davam no rochedo.

Era tarde o melhor seria se recolherem em uma fenda e passarem a noite, assim bem cedinho com a luz do sol encontrariam o caminho de volta.

Foi o que fizeram e não conseguiram dormir, a cada movimento que ouviam pulavam assustadas.

Bem cedinho o sol brilhou, as duas subiram no topo do rochedo de lá avistaram o caminho até suas casas, correram rapidinho na descida e logo chegaram, entraram de fininho pé ante pé do mesmo jeito que saíram silenciosamente.

Respiraram aliviadas pensando estarem sozinhas e salvas dos castigos.

- Onde as duas mocinhas estavam, já rodamos toda a região e nada de encontrar as malandri-nhas. Disse a mãe de Teca furiosa com a desobediência da filha.

- Queríamos apenas sair um pouquinho andamos por caminhos lindos, encontramos jardins de flores e muitos insetos. Infelizmente nos perdemos na volta para casa.

As duas estão de castigo, a comadre já deu permissão para que fique aqui até serem liberadas,

As duas malandrinhas aprenderam a lição, nunca mais iriam desobedecer aos mais velhos.

irá rodrigues
Enviado por irá rodrigues em 14/01/2017
Código do texto: T5882038
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