HOMEM DE BRANCO

Eu passei um tempo numa comunidade campestre, lugar privilegiado pela exuberante vegetação e animais silvestres onde durante o dia era curtido o sol e até sem ele, nos recantos que lá existem... Mas durante a noite as árvores e as pedras se tornam mais sombrias pelas suas transformações que parecem existir, mas que às vezes  de como está o nosso pensamento e a vontade de ver, as imagens das transformações se tornavam agradáveis.
                Numa ocasião eu conversava com três moradoras do local e elas me contaram que durante a noite quando estavam passeando pelos campos e ruas com mata nativa, estavam apreciando aquelas transformações aparente dos arbustos e pedras esculturais e com a vontade de ver as transformações que não fossem sóbrias... mas notaram um homem de branco imóvel... e dentro dos pensamentos delas seria mais uma ilusão de uma transformação da natureza morta em pessoa – só que o homem de branco começou e andar lentamente como se estivesse querendo esconder-se das moradoras. É algum morador querendo nos assustar falou uma delas: Será? Mas porque esta de branco? Indagou a outra: e a terceira queria era mesmo fugir dali, pois o medo falou mais alto... mas as três concordaram em ir mais próximo e ver se era um morador, mas ao se aproximarem o vulto também fugia delas – ele não estava oferecendo medo, mas elas com certeza estavam... ele foi até um pequeno salão abandonado que anteriormente foi destinado as aulas de meditação e rituais de orações, chamado de Masti. só que ele, o vulto de branco não entrou no salão e foi direto ao seu porão onde tinha formas de esconder-se e não pode ser mais visto, mesmo assim elas gritaram indagando: Quem é você? Onde tu estás escondido? Apareça homem de branco! E nada. Ele não respondia e ficou aquele mistério sem solução.  As moradoras voltaram para suas casas e tiveram assuntos para vários dias, mas o homem de branco nunca mais apareceu.  Será que alguma das moradoras teve a visão e conseguiu transmitir seus pensamentos as outras? Ou foi uma ilusão coletiva? O que eu posso dizer é que elas viram algo incomum e até hoje contam esta história como verdadeira - eu acreditei nelas. 

Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 13/08/2017
Reeditado em 08/01/2022
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