Conto de terror brasileiro

Um fantasma perdido, alucinado em suas razões, que assombra uma nação.

Vaga pela Alvorada, solitário e mórbido, sedento por tudo o que não lhe pertence.

Do outro lado, cidadãos zumbis, lobotomizados como no filme Halloween da década de 80, que recebem pela tv a hipnose, tornando-se mortos-vivos, que apenas obedecem e seguem o que lhes mandam seguir.

Um Fred Krueger mimado, descontente e insatisfeito com uma eleição perdida, entra nos sonhos dos brasileiros que viviam plenamente o poder de compra e aquisição, que gozavam de uma vida confortável jamais sonhada em 14 anos.

O Fred se alimentava não apenas de uma sucessão de derrotas, mas de pó, um poder fenomenal de obter auto-confiança pela impunidade, por seu nome, por um legado deixado pelo avô. O Fred se mostrou um playboy e assassino confesso, e para ele nada de justiça.

A Justiça jaz.

No lugar dela, mais uma vez uma legião de demônios, devidamente vestidos, encapuzados, togados, a manta preta que nos remete aos corvos, abutres, e finalmente ao filme 'The birds" de Hitchock.

Enquanto isso, lá está a versão tupiniquim de Christopher Lee, aquele drácula que desempenhou a inesquecível personagem que o consagrou em 1922, sendo hoje nosso Presidente ilegítimo!

Ele vaga sinistramente pelos corredores, sozinho, abandonado, acompanhado de sua arrogância e do alto deste pedestal, não desce.

Esta versão de drácula, é invisível aos espelhos de onde quer que passe, invisível aos Chefes de Estado de qualquer país que saiba e honre a política, até as repúblicas menos democráticas, sabem que o que este ser faz com esta nação, foge a tudo que se refira a democracia.

Hoje o país vive num misto de Transilvânia com algum outro cenário de Walking Dead, onde zumbis, chacais, urubus, abutres, corvos e múmias conduzem todo um povo.

Ele, o Drácula, continua sem prestígio.

O outro, o Fred Krueger, mantém-se livre e solto para a qualquer momento cheirar o quanto puder e sorver todas as forças de um povo, movido pelo dinheiro e pelos abutres corrompidos que voam apenas em busca de mais dinheiro.