LAMPIÃO NA FAZENDA CAJAZEIRAS

Parecia com um cangaceiro, era com certeza, pensou dona Francisquinha da varanda da casa sede de sua fazenda. Vinha só, montado num lindo cavalo alazão, tinha um rifle nas costas, um revólver na cintura e dos punhais em x no peito.

-- dia

-- bom dia, em que posso ajudá-lo? Respondeu dona Francisquinha.

-- se vossa mercê me permite, gostaria de ter um dedo de prosa com a senhora. Respondeu o jagunço.

-- pois que apei, e venha tomar água fresca.

-- muito obrigado, descendo do cavalo e amarando-o a sombra do Juazeiro.

Depois que o jagunço desceu do cavalo e foi ao encontro da fazendeira, bebeu água fria do pote, e falou.

-- meu nome é João Bento, mas sou conhecido como Corisco, sou batedor do bando de lampião, trago um recado do Coronel Virgulino.

-- pois diga que recado é, homem de Deus! Retrucou a fazendeira.

-- bem, no é bem um recado.......

--sim, diga

-- é um pedido, meu Coronel pergunta se por gentileza a senhora pode arranchar seu bando por um dia, ele diz que quem indicou a senhora, quando precisasse, foi meu padim Padre Cicero.

-- são quantos ?

-- uns cem homens.

-- pode dizer ao capitão que ele e seus homens serão bem vindo.

-- obrigado, vou avissar o Capitão.

-- pois vá.

Quando o batedor se foi, dona Francisquinha mandou chamar seu capanga Zé Bulunga, que ele reunisse todos os capangas da fazenda cajazeiras, todos bem armado e preparados para qualquer pendenga que por ventura houvesse, e colocasse os atiradores nos pontos já estabelecido no plano de defesa da propriedade. Mande chamar dona Biló, que ela mande matar uma rês e alguns bodes para alimentar cem homens.

LAMPIÃO NA FAZENDA CAJAZEIRAS.

Fred Coelho
Enviado por Fred Coelho em 08/10/2017
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