Leiva na Serra do Mar cap. III

Ao chegarem ao pateo defronte à capela, viram que pouca gente havia, viram o Padre conversando com alguns recém chegados e depois os chamou para o grupo pequeno que ali estava.

- Bem vindos disse o pároco.

- Bom dia, pouca gente né? Disse Rosa.

- É verdade mas penso que logo chegarão os demais, temos café e pipoca, estão servidos?

- Que bom disse Leiva, adora café com pipoca.

Os dois foram então até a barraca saborear o café com pipoca, de fato logo depois o povo começou a chegar, e formou-se a procissão, retiraram a Santa da Capela e a colocaram numa espécie de altar móvel suportado por quatro homens a levaram para a frente do cortejo e começaram a caminhar.

O dia estava ensolarado, e algumas nuvens brancas passavam em suaves movimentos, fizeram o circuito mais fácil pelas ruas estreitas, e logo voltaram para a frente da capela e repuseram a santa em seu altar definitivo.

É romântica essa caminhada né?

È verdade Rosa tem uma tradição que nos emociona, as grandes cidades já dispensaram tal ritual e perderam-se tais ocasiões onde o povo se confraternizavam.

Quando as cidades crescem, tornam frias as comunicações entre as pessoas, e às vezes até se agridem no transito ou nas filas dos supermercados.

Nós devemos, quando pudermos claro! Fazer essas regressões nessas pequenas cidades e viver essas emoções ao vivo.

Quando visito meus parentes que vivem em São Paulo capital, fico perdida naquele emaranhado de passantes com seus celulares, e ônibus circulando nas suas faixas de circulação, bicicletas nas suas faixas, e sob meus pés o metrô passando, fico pensando será que não estou num hospício?

Olha eu sinto a mesma coisa quando volto pra lá para comprar as peças que não podem mandar pelo correio, e estranho demais tais circunstantes que fazem daquele ambiente seus locais de trabalho.

Toca o celular de Rosa, é sua amiga Katia que lhe convida para ir ajuda-la? Se despede de Leiva e promete revê-lo mais tarde.

Leiva a vê indo com seu andar ligeiro, e volta-se para a praça que agora está vazia, vê vindo ao seu encontro o pároco...