Engano

Mário acordou por volta das três da manhã. Não havia dormido quase nada e estava certo que vararia a madrugada sem conciliar novamente o sono.

Aquela maldita ideia o atormentava há dias. Era preciso tomar uma decisão com urgência, caso contrário, estaria perdido definitivamente.

Por mais que ele tentasse, essa ideia não saia da sua cabeça, a possibilidade de que a sua desconfiança era certa, o atormentava.

Fazia duas semana dês de que ele a virá com o pequeno bebê em seus braços. E pela a forma em que ela o segurava não avia dúvidas de aquele menino era seu filho. E talvez fosse dele também.

E por mais maluco que isso parecesse a ele, essa ideia o estava fazendo perdendo o sono a dias.

Ela não poderia ter carregado um filho dele por nove meses inteiro, e nem ao menos o informa disso, poderia? E quantas vezes ele a vi-o depois do termino; duas, três vezes? Num desses encontros ela poderia ter dito algo não é mesmo?

E o por que ela não o tinha feito, esse porquê o estava corroendo por dentro.

Mais Mário não lamentaria mais, ele colocaria hoje um ponto final nessa história.

Ele levantou se sentindo um zumbi, olhou o relógio e confirmo a hora. Eram seis da manhã.

Era muito cedo ele sabia disso, mais ele não se importava mais. Ele iria bater em sua porta imediatamente.

Essa possibilidade que ele poderia ter uma família, ali tão perto dele, e ao mesmo tempo tão longe, que lê parecia que jamais os poderiam alcançar. Estava mexendo com sentimentos nele a muito tempo esquecidos.

Mário preciso voltar duas vezes para a sua casa; hora por te esquecido as chaves do carro, e outra por te esquecido as próprias calças. Mas logo seu carro estava em andamento.

Mário contemplou as ruas ainda desertas, era domingo e aquela hora, não avia movimento nenhum nas ruas de sua cidade.

Parou em frente ao seu jardim.

A palavra PAI não largava a sua cabeça em momento alguns, suas mãos suavam, e de repente toda a sua coragem morreu.

O que ele estava fazendo ali? O que diria para ela?

Ele olhou para a janela. A luz da cozinha já estava acesa. Será que ela estava dando algo de comer para a criança? Que pensamento mais tolo, ele sabia disso.

A criança era muito pequena, ela ainda deveria dar de mamar a ele.

Não seja covarde, o pensamento o atormentava. Ele saio do carro.

Andou o caminho de pedra até a entrada da casa, casa ao qual ele comprará para ela ao que parecia ter sido há séculos.

Tocou a campainha, ouvi-se passos. Ele respirou fundo.

A porta fora escancarada em sua frente. Manuele arregalou os olhos espantada, seus cabelos estavam em uma diz ordem total, em seus olhos avia olheiras e pareciam cansados, mais o brilho neles eram inconfundível, ela estava feliz.

A criança dormia calmamente em seus braços.

- Mário o que você está fazendo aqui!?

- Eu preciso saber a verdade.

- Sobre o que, vai embora!

Ela tentou bater a porta, mais Mário a segurou, ele tomara coragem de ir até ali, ele não sairia de lá sem saber.

- Essa criança em seus braços, ela é minha?

Manuele agora o olhava com dó, como Mário poderia pensar algum assim, eles aviam largado a mais de dez anos. Manuela agora já era uma Mulher, e não mais aquela menina. Como ele poderia chegar a tal conclusão a escapava.

- Ho Mário, já se passaram anos...

- Amor quem é?

Ouvi-se uma voz ao fundo, a qual Manuele respondeu ao fechar a porta em sua cara e quebrando toda a sua esperança, e o sonho a muito tempo perdido.

- Volte para a cama meu amor, foi somente um engano.