Desabafo de um "sozinho"

É engraçado ver, hoje em dia, o quanto as pessoas criaram uma verdadeira repulsa a relacionamentos. As pessoas deram ao ato de conviver um com o outro um status de prisão. Talvez até seja pois cada parceiro tem uma maneira de viver a vida e só numa convivência maior é que a pessoa sente que "caiu numa arapuca".

Eu nunca considerei o relacionamento uma prisão. Pelo contrário! Dos poucos que tive, procurei ser e viver bem. Me sentia realmente livre! Não tinha medo de encarar nada pois o amor por aquela pessoa me fazia passar por cima de qualquer problema, de cabeça erguida e com a felicidade estampada na cara. Mantive-me fiel aos sentimentos que tinha para com quem convivi e aos dela por mim, mesmo que no fim a coisa já não era assim da outra parte. Hoje, pasmém, aos 40 anos, estou procurando ajuda psicológica para buscar saber qual foi o meu erro (se é que eu, exatamente, errei em algum ponto).

Às vezes, me sinto um idiota ou um pária no meio desse mar de desencanto que muitos vivem. Porque, para meu azar, sempre me vislumbro por alguém que, mesmo tendo defeitos que a façam ser "a pior encrenca possível", meu coração fala: essa ae vale a pena!

Só que esse sentimento nunca tem a mesma equivalência. Acabo sempre virando aquele "melhor amigo", aquele cara que vai ser sempre visto como tudo, menos um homem.

É horrível ser sempre visto assim! Também reconheço que talvez seja piegas na hora de dizer "gosto de você". Hoje em dia, até as pessoas da minha idade usam a palavra "ficar". Deve soar menos sério do que entrar no assunto namoro. Antigamente me sentia um peixe fora d´água, atualmente não me encaixo mesmo.

Descobri esse site sem querer e poderia falar desse assunto por um poema. Seria até mais bonito de se ler e talvez mostrasse mais criatividade da minha parte mas como acabou sendo um desabafo, não importa a forma, e sim o conteúdo.

Até a próxima!

Fi Braga
Enviado por Fi Braga em 22/11/2017
Reeditado em 22/11/2017
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