Caro Peter,
 
   Creio que você também lembra do dia em que nos conhecemos, estava um pouco bêbado naquele bar quando percebi sua voz no ambiente, queria poder levantar de imediato e ter caminhado até lá, mas convenhamos, eu estava muito triste.
   Lembro de uma das canções, você dizia que o mundo era grande demais para que sofrêssemos sozinhos. Na época não consegui entender direito sua mensagem, quem diria que a maturidade nos faz perceber as coisas de maneiras diferentes anos depois.
    O dia em que me contou que iria voltar a morar em Exeter senti a dor de estar perdendo um amigo, sei que tudo iria mudar, que mesmo longe, eu iria ter um papel fundamental na sua vida. Afinal, Ramona não apareceu em seus dias por acaso, eu a influenciei para que conhecesse um certo amigo, que estava perdido, em seu antigo e ao mesmo tempo, novo lar.
   Creio que você tenha sido meu único amigo verdadeiro durante aquele período de transição em minha vida, e pensar que confiei em tantas pessoas, obrigado por sempre estar ali, para me ajudar. Você é o homem que me ensinou muitas coisas, um irmão mais velho que foi ser feliz em outro continente.
   Não tenho dúvidas de que o futuro lhe reservará grandes conquistas, confio em seu talento e sempre estarei aqui irmão, quando precisar de ajuda ou quiser conversar, sabe onde pode me encontrar. Boas aventuras em território britânico.
 
Com Saudade, Steve.
 
 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 22/05/2017
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