Sr. Tempo

De repente em conversas soltas,lembrei-me de minhas vaidades enquanto, início de juventude.

Gostava muito de ler pois assim minha solidão,aliás de todos os iniciantes em idade, mais adulta, sentiam (...) e ainda sentem mas com outra roupagem moderna (depressão) saindo da infância donde os hormônios este desconhecido maravilhoso cerne do viço, vigor.

Nossas revistas femininas, algumas chamadas figurinos, suas páginas recheadas de moda principalmente italianas.Nossas costureiras simplesmente eram amigas vizinhas curiosas em...Corte&Costura.

Nossas medidas tiradas metricamente perfeitas,isso raramente quando aquele corte de tecido lindo, ganhávamos uma vez ao ano.Aquele cheiro gostoso do novo onde nossas imaginações divagavam em sonhos...quando vestíamos fantasias também de amor, feito contos de fadas.Mas existia o enfado das esperas para a primeira prova,ajustes onde o espelho demonstrava nosso corpo elegante para os padrões da época.A vaidade era o impulso para as descobertas e os mistérios da vida ainda ocultos...

Hoje as vaidades continuam exacerbadas em tolher o avanço do tempo,nas tinturas inóspitas de nossos cabelos brancos...Quando o rosto revelando inexoravelmente o passar célere de tantas primaveras,emoções extintas.

As saudades sem melancolias são o bem maior aproveitados em instantes em que as recordações surgem de uma simples conversa...lenitivo de nosso compromisso em resguardar essas memórias boas.Fazendo de nosso agora lembranças,feito quimeras levadas pelo vento...Agora outono de mais um inverno esquecimentos de nossas tantas outras... Primaveras!!!

Sr.Tempo

Atenciosamente:

Terezinha Dias Rocha

Terezinha Dias Rocha
Enviado por Terezinha Dias Rocha em 09/04/2017
Reeditado em 09/04/2017
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