Uma Carta Para a Morte...

Oh tão querida e amada "morte", não anseio nada além do seu tão carinhoso abraço, tão agraciado sou quando vem à noite me guardar em meus sonhos, me guiar nos caminhos tortuosos, me livrar o peso das mágoas e dos medos acumulados ao longo das estradas da vida. De ti não quero nada além dos teus conselhos assertivos, as tuas mais sinceras palavras, sua honestidade me comove de tal forma que não tenho duvida de tuas ações, sempre vê o melhor em mim, me leva pelas mãos, dançando em meio a neblinas nas florestas frias do norte.

Posso ir contigo aonde ninguém me levou antes, posso fugir no meio da noite e seguir viagem nesse trem louco e desgovernado. Não sentiria mal se possuísse só a passagem de ida, e ir para longe, nos teus braços me conforto e me sinto livre. Sinto minhas veias queimando, a ansiedade aumenta a cada minuto ao seu lado. A falta de ar e o estômago estão fora de serviço. Você está ao meu lado me segurando e me fazendo confiar em tuas palavras, não me sinto perdido e esquecido, mas certo que fiz a escolha certa em estar ao seu lado esse tempo todo. Vou para os braços me deitar, fecharei meus olhos e verei você do outro lado ainda me guiando para a eternidade.

Oh tão querida e amada "morte", não anseio nada além do seu tão carinhoso abraço, aos que ficam adeus e a ti, somente a ti, seja bem vinda novamente.

Alfredo José Durante
Enviado por Alfredo José Durante em 17/03/2017
Código do texto: T5943886
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