Carta à Rosa
Meço cada canto como um verso,
Desembaraço um sentimento ileso,
Da mais profunda certeza,
Que o cais que termina não abrange a visão do mar aberto que é você.
Assim como o sangue Luso que corre em minhas veias e que aflora aos sentidos,
É o pardo suor do teu sexo.
Enquanto suas mãos torturam sentimentos mortos,
A verdade cativa a essência clara.
E não somente de si viverá o hoje,
Porque de tal maneira amei o ontem
Que o amanhã há de ser nosso.
E sussinto chego presto ao altar da minha prece
Leviano o coração que deixa
Um amor que não regressa.