A carta nunca entregue.

(Respostando, havia excluído mas achei melhor colocar novamente)

Sabe, já passou um ano, e eu ainda te procuro nos meus sonhos, como alguém que se afoga procura o ar para respirar. Não tem um dia que eu não lembre do seu sorriso, de como me dava bronca por ficar tirando fotos suas quando você não estava olhando; Eu podia jurar que eram as fotos mais bonitas suas. Adorava quando acordava com o cabelo bagunçado, e pedia para que eu virasse para não te ver daquele jeito, e eu te abraçava e falava que sempre te olharia não importa como estivesse.

Eu consigo lembrar de cada detalhe do dia que você apareceu na minha vida, eu indo para o trabalho me perguntando sobre qual teria sido o motivo de ter sido mandado embora; minha vida estava um caos e tempos horríveis estavam para vir, mas uma mensagem de bom dia em um aplicativo de relacionamentos me chamou a atenção, era você.

Eu jurava que aqueles olhos azuis eram os olhos mais lindos que teria visto em toda a minha vida, eu podia sentir eles me olhando pela tela do celular, eu nunca quis tanto estar com alguém como eu queria estar com você; Eu nunca pensei que uma semana demoraria tanto, queria tanto te ver que era capaz de desistir da vida, desde que pudesse olhar para você pessoalmente, nem que fosse apenas uma vez.

Sexta feira dia vinte e três de janeiro, fui mandado para o bairro liberdade para retirar um envelope, próximo da estação. Logo quando cheguei na estação, meu celular tocou, era você, marcamos de almoçar, você trabalhava na paulista estávamos próximos um do outro, meu coração pulava pela garganta, eu te esperava em frente ao banco que ficava de frente para a entrada da estação, uma mulher que pedia dinheiro na rua veio falar comigo e como queria que fosse o encontro perfeito, queria que ela fosse embora rápido, então peguei a carteira na mão e sem reparar dei uma nota de vinte reais para a pobre mulher, que saiu pulando.

E foi logo em seguida que você apareceu, aqueles cabelos loiros platinados que refletiam a luz do sol; eu podia jurar que os anjos abriam o céu para o sol te iluminar enquanto você andava até onde eu estava. Parecia que o mundo havia parado para te observar, e eu conseguia sentir cada batida do meu coração por todo o meu corpo, e não conseguia parar de te olhar era como se precisasse te ver para estar vivo, e em seguida você me beijou e eu pude sentir que até o sol brilhou mais forte para iluminar o amor que ali estava nascendo.

Fomos almoçar e eu nem sabia que lanche pedir, eu só sabia te abraçar, era como matar a fome, mas uma fome de amor. Eu me lembro como sempre fui desastrado para comer e deixava molho cair na roupa toda, e você limpava dando risada enquanto eu ficava vermelho de vergonha, mas adorava sua risada então confesso que joguei algumas vezes de propósito para te ver dar risada. Você lembra quando você teve que voltar ao trabalho? E você chorava porque queria ficar comigo para sempre? Eu nunca vi algo parecido, alguém chorar porque queria ficar comigo, eu me deparando com aquela situação te chamei para ir para o cinema no mesmo dia, depois do trabalho e você me abraçou e me beijou e gritou bem alto no meio da avenida paulista, um "sim" que me deixou espantado e ao mesmo tempo explodindo de felicidade.

Eu contava as horas na cabeça junto com o relógio, até que a hora de te encontrar estava se aproximando, eu corri na direção da estação como se a minha vida dependesse daquilo, chegando na estação tatuapé, a chuva já castigava o telhado da estação com uma chuva grossa e um vento muito gelado, e eu podia ver você toda encolhida com os braços cruzados, eu me sentia tão privilegiados por você estar me esperando, que podia dizer até que o céu sentia inveja de mim por estar com uma pessoa maravilhosa como você naquele dia frio abraçado vendo a água cair.

Continuarei a escrever essa carta em breve caro leitor, meu emocional me limitou até aqui. Obrigado por ler um pouco sobre a minha historia de amor e para os que quiserem ler a continuação aguardem que em breve continuarei a escrever.

André Benvenuto
Enviado por André Benvenuto em 03/02/2017
Reeditado em 15/03/2017
Código do texto: T5901129
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