Carta da minha alma para a tua

De certo que não há aqui a interferência do corpo, nem do espírito que traz a vida para a personalidade daquele que você bem conhece. Aqui é um relato da alma para a alma, são as impressões mais fidedignas do infinito e do eterno.

Haveria razões neste pequeno espaço de tempo denominado “vida” para que eu me empenhasse em separar de ti. Fui assim que lutei, fui assim que fiz. É correto afirmar que meu corpo não teve a capacidade evoluída para lidar com o amor que atravessou as eras e juntou nossas almas. Fiz-me covarde e renunciei o destino.

Fugi apenas nesta vida, pois o divino nos juntou em tempos passados para que nosso elo se eternizasse. Há ainda o nosso fruto do amor que estreita ainda mais o nosso nó, e por nos olhos de nossa criança eu vejo a ti, assim como você vê a mim.

Eu coloquei meus passos em caminhos distintos dos seus, me ajuntei com outro corpo que não é a morada de sua alma, formei família e te feri. Hoje meu corpo é de outra, mas a alma ainda é sua. Permanece deitada, pousada e envolvida em tua alma; ligada e conecta, sem que amor nenhum pudesse lhe desprender.

Faço contigo um pacto, de te esperar o tempo necessário para que eu me encontre evoluído e pronto para viver este amor em sua plenitude. Se isso demorar o “pra sempre”, de certo que para sempre eu te esperarei.

Amo-te nessa e em todas as vidas.

Poeta Vivo
Enviado por Poeta Vivo em 01/02/2017
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