A LIBERDADE... A VONTADE... "O MÉDICO Ronaldo Caiado não sabe o que é a AUTO-HEMOTERAPIA. Todavia, fez "SANGRIA" na DILMA! Os PETRALHAS que se cuidem..." - 6ª parte.

A LIBERDADE... A VONTADE... “O MÉDICO Ronaldo Caiado não sabe o que é a AUTO-HEMOTERAPIA. Todavia, fez “SANGRIA” na DILMA! Os PETRALHAS que se cuidem...” – 6ª parte.

ANDRESSA MENDONÇA – 1ª versão.

ANDRESSA MENDONÇA e o destino das mulheres de MAFIOSOS.

Por Kiko Nogueira – 06 de janeiro de 2013.

A Senhora Cachoeira pertence a uma longa linhagem de garotas cúmplices, sexy, misteriosas e suspeitas.

“Foto: Na lua de mel”.

Andressa Mendonça, a linda mulher do CONTRAVENTOR Carlinhos Cachoeira, é definida por um amigo como “chave de cadeia”.

Andressa era casada com o empresário WILDER de MORAES, secretário estadual de Infraestrutura e primeiro SUPLENTE do SENADOR GOIANO DEMÓSTENES TORRES, quando teve um caso com Carlos Augusto Ramos, o famoso BICHEIRO CARLINHOS CACHOEIRA.

O fato é que Andressa pertence a uma longa linhagem de mulheres de mafiosos, as silent wives: - Fiéis a seus homens, cúmplices, sexy, misteriosas e suspeitas.

Em 2007, a polícia siciliana descobriu uma lista de dez mandamentos sobre como ser um honorável mafioso.

Dois deles dizem respeito a suas companheiras: - 1º - Nunca olhe para as mulheres de amigos. 2º - Mulheres devem ser tratadas com respeito.

Não se sabe se Cachoeira está seguindo o protocolo, mas parece que Andressa, sim.

Casas grandes, carros de luxo, roupas caras, bons restaurantes, viagens inesquecíveis — enquanto houver isso, as silent wives mantêm os lábios selados.

“Foto: Cachoeira num ato extremo de devoção no casamento”.

Andressa poderia ter uma antecessora em Virginia Hill, conhecida como “Flamingo”.

Natural do Alabama, bonita e articulada, ela mudou-se para Chicago nos anos 30, onde se envolveu com Al Capone e outros bacanas da Cosa Nostra.

Com essas conexões, tentou uma carreira de atriz em Los Angeles – frustrada.

Mas foi lá que conheceu Ben “Bugsy” Siegel, que se tornaria um dos mais poderosos chefões do jogo em Las Vegas.

“Ela era esperta e sabia manter a boca fechada”, contou uma amiga.

Entre outras tarefas, Virginia levava o dinheiro de Siegel para o exterior.

Siegel caiu em desgraça quando tentou dar um golpe em seus colegas para saldar as dívidas de seu cassino, o Flamingo (batizado em homenagem à amada).

Ele acabou sendo executado no sofá em que o casal assistia projeções de filmes.

Virginia estava em Paris, depois de uma briga.

Quando foi interrogada pelas autoridades, não abriu o bico.

“Se alguém ou alguma coisa era seu amante, era aquele hotel em Las Vegas.

Eu nunca soube que Ben tivesse algo a ver com gangsteres.

“Não imagino quem o tenha matado e nem por que”, declarou.

“Foto: Virginia Hill, musa da máfia americana”.

Virginia acabou passando o resto da vida em fuga, temerosa de ser o nome seguinte na lista dos assassinos de Siegel.

Casou-se com um instrutor de esqui.

Com o FBI e a Receita em sua cola, o casal se mudou para a Europa, onde ela procurou ajuda dos amigos mafiosos.

Virou alcoólatra. Difícil saber se Andressa terá algo a aprender com Virginia.

Seus amigos precisam torcer para que ela não tenha o mesmo destino da irresistível “Flamingo”, que se matou em 1966, aos 49 anos, em seu exílio na Áustria, de uma overdose de remédios para dormir, ao lado de uma ponte.

ANDRESSA MENDONÇA – 2ª versão.

AS MUSAS dos ESCÂNDALOS.

Mulher de Carlinhos Cachoeira, ANDRESSA MENDONÇA provoca furor na CPI e confirma a tradição do surgimento de beldades em meio aos grandes casos de corrupção no País.

“Foto: Andressa Mendonça”.

A empresária GOIANA ANDRESSA MENDONÇA arrancou suspiros dos parlamentares em sessão

da CPI e, entre olhares e poses para os fotógrafos, foi naturalmente alçada à musa.

Na terça-feira 22, durante a audiência de Carlinhos Cachoeira na CPI que leva seu nome, outra personagem dividia as atenções de políticos, jornalistas e curiosos: - Andressa Alves Mendonça, a mulher do BICHEIRO.

Esguia, loura de olhos claros, a empresária goiana de 30 anos foi alçada ao posto de “Musa da CPI”.

Ela chegou ao Congresso causando furor, sempre acompanhada de seguranças.

Elegantemente vestida num conjunto de blusa branca acinturada, calça preta e escarpim, bolsa Chanel a tiracolo, usava óculos escuros e relógio de grife.

Orientada pelos advogados, fez poucas declarações.

No auditório, foi colocada em uma das bancadas de parlamentares, junto com a irmã de Cachoeira, perto do senador Fernando Collor (PTB-AL).

A troca de olhares entre ela e o CONTRAVENTOR foram percebidas por deputados e senadores.

“A cada negativa de resposta ele olha para ela com superioridade e é correspondido com um sorriso. Lindo!”, ironizou o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).

Na saída, mais confusão. Na tentativa de arrancar alguma declaração de Andressa, repórteres e cinegrafistas se acotovelaram, tropeçando nos fios.

Enigmática, ela considerou “ótimo” o resultado da audiência.

Não é de hoje que belas mulheres surgem no rastro de escândalos políticos.

Há cerca de dois anos, a prisão do então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, alvo da Operação Caixa de Pandora, acabou lançando holofotes sobre sua mulher, a jovem FLÁVIA PERES, que animou o noticiário com suas visitas de rotina à sede da PF, onde ele ficou detido por dois meses.

Assim como Andressa, Flávia manteve a discrição para não prejudicar o marido e voltou ao anonimato tão logo ele foi solto.

Bem diferente foi o que aconteceu com as jornalistas MÔNICA VELOSO e CAMILA AMARAL.

A primeira foi pivô do escândalo apelidado de “Renangate”, em 2007.

O caso trouxe à tona não apenas o affair extraconjugal do SENADOR RENAN CALHEIROS, mas sua relação pouco ortodoxa com o LOBISTA CLÁUDIO GONTIJO, ligado à EMPREITERA MENDES JÚNIOR.

Era Gontijo quem pagava, a pedido de Renan, a pensão alimentícia por conta do filho que tiveram.

Com a repercussão do caso, MÔNICA VELOSO posou NUA para uma REVISTA MASCULINA.

Já CAMILA AMARAL foi descoberta durante a CPI do MENSALÃO, em 2005, quando fazia a assessoria de imprensa da senadora Ideli Salvatti (PT – PETRALHA - SC).

Então com 25 anos, em meio ao assédio, acabou trocando o emprego no gabinete de Ideli por um contrato para posar NUA.

Outra musa que tirou o fôlego dos parlamentares foi THEREZA COLLOR. Casada com Pedro, irmão de Fernando Collor de Mello, durante o escândalo PC Farias, que levaria ao impeachment do então presidente, ela ganhou apelidos como “Cunhadinha do Brasil” e “Tigresa de Maceió”.

Nunca posou NUA, mas alimentou o imaginário de deputados e senadores ao abusar da sensualidade, com minissaias justíssimas, nas aparições no Congresso.

Na opinião do cientista político Leonardo Barreto, da UnB, a sociedade tem uma queda pelo pitoresco, pelo bizarro, o que explica a obsessão por eleger musas em meio a escândalos políticos.

“A gente procura detalhes, histórias que possam ilustrar esses casos e dar uma leveza. Para um público que não tem o hábito de acompanhar a política, esse tipo de coisa acaba chamando mais a atenção”, avalia Barreto.

Apelidada de “ANDRESSA CAÇA-NÍQUEL”, num trocadilho infame associado à atividade do marido, a loura jura que não posará NUA, ao menos por enquanto.

Ela contou que recusou um convite da Revista “Playboy”. “Eu agradeci e disse que meu papel, no momento, não é esse.”

Dona de uma loja de lingerie e sex shop em Goiânia, Andressa tem sido orientada pelos advogados a manter discrição.

Pesa o fato de ela ter deixado o casamento de oito anos com o empresário WILDER PEDRO de MORAIS, 43 anos, com quem tem dois filhos, para cair nos braços do BICHEIRO, com quem está há nove meses.

“Carlinhos é o homem da minha vida”, diz ela. Wilder é suplente do senador Demóstenes Torres, amigo e sócio do contraventor.

Corre o boato de que Andressa e Carlinhos Cachoeira já trocavam carícias escondidos enquanto ela era casada com Wilder. Ela garante que não.

Natural de Itumbiara e crescida em Goiatuba, Andressa, em sua lógica própria, diz que admira o marido ainda mais hoje que antes.

“A gente sabe que isso é uma tempestade e vai passar.” É difícil. Flagrada em conversas com Cachoeira sobre seus negócios, Andressa corre o risco de ser convocada em breve pela CPI para contar o que sabe.

Observação do escriba: - Da mesma maneira que existem as Marias Chuteiras, existem as Marias Caça-Níqueis e as Marias Bingolândias. Coisas de PETRALHAS.

Fontes: (1) – INTERNET. (2) – Revista Isto É – Edição nº 2.496. (3) – Outras Fontes.

JORNALISTA POLICARPO JÚNIOR – 1ª versão.

Na Revista CartaCapital dessa semana há uma história dentro de uma história.

A história da capa é o desfecho de uma tragédia jornalística anunciada desde que a Editora Abril decidiu, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, que a Revista Veja seria transformada num panfleto ideológico da extrema-direita brasileira.

Abandonado o jornalismo, sobreveio a dedicação quase que exclusiva ao banditismo e ao exercício semanal de desonestidade intelectual.

O resultado é o que se lê, agora, na Revista CartaCapital: - A Revista Veja era um dos pilares do esquema criminoso de Carlinhos Cachoeira.

O outro era o ex-senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.

Sem a semanal da Abril, não haveria Cachoeira. Sem Cachoeira, não haveria essa formidável máquina de assassinar reputações recheada de publicidade, inclusive oficial.

A outra história é a de um jornalista, Policarpo Júnior, que abandonou uma carreira de bom repórter para se subordinar ao que talvez tenha imaginado ser uma carreira brilhante na empresa onde foi praticamente criado.

Ao se subordinar a Carlinhos Cachoeira, muitas vezes de forma incompreensível para um profissional de larga experiência, Policarpo Júnior criou na sucursal da Revista Veja, em Brasília, um núcleo experimental do que pior se pode fazer no jornalismo.

Em certo momento, instigou um jovem repórter, um garoto de apenas 23 anos, a invadir o quarto do ex-ministro José Dirceu, no Hotel Nahoum, na capital federal.

Esse ato de irresponsabilidade e vandalismo, ainda obscuro no campo das intenções, foi a primeira exalação de mau cheiro desse esgoto transformado em rotina, perceptível até mesmo para quem, em nome das próprias convicções políticas, mantém-se fiel à Revista Veja, como quem se agarra a um tronco podre na esperança de não naufragar.

A compilação e análise dos dados produzidos pela Polícia Federal em duas operações – Operação Vegas, em 2009, e Operação Monte Carlo, em 2012 - demonstram, agora, a seriedade dessa autodesconstrução midiática centrada na Revista Veja, mas seguida em muitos níveis pelo resto da chamada "grande" imprensa brasileira, notadamente as Organizações Globo, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e alguns substratos regionais de menor monta.

Ao se colocar, veladamente, como grupo de ação partidária de oposição, esse setor da mídia contaminou a própria estrutura de produção de notícias, gerou uma miríade de colunistas-papagaios, a repetir as frases que lhes são sopradas dos aquários das redações, e talvez tenha provocado um dano geracional de longo prazo, a consequência mais triste:

O péssimo exemplo aos novos repórteres de que jornalismo é um vale tudo, a arte da bajulação calculada, um ofício servil e de remuneração vinculada aos interesses do patrão.

A Operação Vegas, vale lembrar, foi escondida pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel, este mesmo que por ora acusa MENSALEIROS no STF com base em uma denúncia basicamente moldada sobre os clichês da mídia, em especial, desta Revista Veja sobre a qual sabemos, agora, que tipo de fontes frequentava.

Na Operação Vegas, a PF havia detectado não somente a participação de Demóstenes Torres na quadrilha, mas também de Policarpo Júnior e da Revista Veja.

Essa informação abre uma nova perspectiva a ser explorada pela CPI do Cachoeira. Resta saber se vai haver coragem para tal.

Há três meses, representantes das Organizações Globo e da Editora Abril fecharam um sórdido armistício com Michel Temer, vice-presidente da República e cacique-mor do PMDB.

Pelo acordo, o noticiário daria um descanso para Dilma Rousseff em troca de jamais, em hipótese alguma, a CPI do Cachoeira convocar Policarpo Júnior, ou gente maior, como Roberto Civita, dono da Abril.

A fachada para essa negociata foi, como de costume, as bandeiras das liberdades de imprensa e de expressão, dois conceitos deliberadamente manipulados pela mídia para que não se compreenda nem um nem outro.

No dia 14 de agosto, terça-feira que vem, o deputado Dr. Rosinha (PT – PETRALHA) irá ao plenário da CPI apresentar um requerimento de convocação do jornalista Policarpo Júnior.

É possível, no mundo irreal criado pela mídia e onde vivem nossos piores parlamentares, que o requerimento caia, justamente, por conta do bloqueio do PMDB e dos votos dessa oposição udenista sem qualquer compromisso com a moral nem o interesse público.

Será uma chance de ouro de todos nós percebermos, enfim, quem é quem naquela comissão.

No mais, a Revista CartaCapital, já nas bancas.

E, definitivamente, nem veja as outras.

JORNALISTA POLICARPO JÚNIOR – 2ª versão.

Relator da CPI do Cachoeira pede indiciamento de POLICARPO JÚNIOR e mais quatro jornalistas.

21 de novembro de 2012 às 16h08. - De CartaCapital.

O relatório final da CPI do Cachoeira, que investigou o grupo do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, será lido apenas na quinta-feira 22, mas o capítulo a respeito dos elos da quadrilha com a mídia revela que o RELATOR da comissão, deputado Odair Cunha (PT – PETRALHA - MG), pedirá o indiciamento de cinco jornalistas, entre eles Policarpo Júnior, REDATOR-CHEFE da REVISTA VEJA em Brasília.

De acordo com o relatório da CPI, Cachoeira contava, como “órgão de apoio de suas empreitadas criminosas, com um forte e atuante braço midiático, a ser utilizado para atender aos desígnios diversos da quadrilha”.

Segundo as investigações da CPI, Cachoeira é proprietário oculto de quatro jornais em Goiás (A Redação Online, O Estado de Goiás, Jornal de Anápolis e Opção), mas tentava influenciar, e muitas vezes conseguia, publicações como o jornal Correio Braziliense e a Revista Veja.

O capítulo a respeito da mídia tem 348 páginas. Dessas, 86 são dedicadas ao longo relacionamento de Cachoeira e Policarpo Júnior, “um dos profissionais da imprensa mais requisitados pelo líder da quadrilha”.

Segundo o relator, o jornalista da Revista Veja não mantinha com Cachoeira “uma vinculação que se consubstanciava apenas na relação de jornalista e fonte”.

Para Odair Cunha (PT – PETRALHA), Cachoeira e seus aliados “alimentavam de informações o jornalista Policarpo e usavam as matérias assinadas e/ou pautadas pelo jornalista ou sua equipe como uma arma letal para prejudicar adversários, destruir personalidades e biografias, criar e promover de modo amiúde falsos moralistas e paladinos da ética, visando sempre alcançar o êxito político e econômico” da organização.

Policarpo Júnior, afirma o relatório, “aderia aos estratagemas e utilizava as informações que lhe repassavam o grupo criminoso, na exata medida em que tais enredos pudessem se coadunar com os caminhos e as visões de mundo que orientam a linha editorial do conglomerado que o emprega”.

Há, segundo o relatório, casos em que a Revista Veja teria mantido como verdadeiras, histórias que sabia não ser verdadeiras.

Em maio de 2011, a Revista Veja publicou reportagem na qual acusava o ex-deputado e ex-ministro do governo Lula José Dirceu (PT - PETRALHA) de ser responsável por ter transformado a construtora Delta na maior parceira do governo federal no PAC.

Segundo o relatório, a Revista Veja acusava Dirceu de fazer “tráfico de influência”.

O relatório da CPI mostra, no entanto, diálogos entre Cachoeira e Claudio Abreu, diretor da Delta no Centro-Oeste, nos quais eles afirmam que Dirceu nada tinha a ver com a entrada da Delta nas obras federais.

Segundo o relatório, mesmo informado de que Dirceu não tinha influência sobre os contratos da Delta com o governo federal, a história foi mantida.

Há também um caso em que Cachoeira teria conseguido evitar a publicação de denúncias contra o senador, agora cassado, Demóstenes Torres (ex-DEM).

De acordo com o relatório, uma repercussão de reportagem de março de 2011 na qual o ex-governador do DF José Roberto Arruda fazia denúncias contra Demóstenes foi deixada de lado após intervenção de Carlos Cachoeira e Claudio Abreu com Policarpo Júnior.

O diálogo, de maio de 2011, foi reproduzido pelo relator:

Demóstenes – Oi professor, não saiu nada na Revista Veja não

Carlinhos – Foi melhor assim né. Eu vi cedo, bom demais

Demóstenes – Morreu o assunto né, tranquilo então beleza, isso aí resolveu então, cem por cento resolvido.

Carlinhos – Foi a conversa que eu e o Claudio tivemos lá com o Policarpo… foi bom, bom demais, valeu.

O relatório nota que, em junho de 2011, quando a Revista Veja publicou reportagem tratando Demóstenes como um dos “mosqueteiros” da ética em Brasília, Policarpo já havia descartado uma denúncia contra ele.

O mesmo não ocorria, diz o relatório, quando os alvos eram adversários políticos da organização de Cachoeira e também da revista Veja, como Paulo Garcia (PT - PETRALHA), prefeito de Goiânia.

Cunha escreveu ainda que Policarpo Júnior usava os serviços da quadrilha de Cachoeira, para fazer investigações.

Isso teria ocorrido em agosto de 2011, com o deputado Jovair Arantes, envolvido em supostas irregularidades na Conab, e no mesmo mês com o ex-ministro José Dirceu.

Segundo o relatório, Policarpo Júnior procurou o araponga Jairo Martins, que trabalhava para Cachoeira, para obter imagens de um hotel onde José Dirceu estava hospedado em Brasília e mantinha encontros políticos.

Cachoeira, afirma o relator, “a tudo acompanhava e controlava, sendo todo o tempo informado dos pedidos e solicitações de Policarpo Júnior para Jairo Martins.”

Confira abaixo os nomes de todos os jornalistas citados pelo relatório final da CPI, bem como as implicações de cada um deles:

A)Assessores de comunicação que prestaram serviços profissionais para empresas ou integrantes da Organização Criminosa. São três jornalistas, nenhum dos quais foi indiciado pela CPI por falta de provas.

Luís Costa Pinto. (O “Lula” ou “Lulinha”), dono da empresa Ideias, Fatos e Textos (IFT).

Segundo a CPI, Lulinha recebeu 425,1 mil reais da Delta Construções entre fevereiro de 2011 e maio de 2012 para prestar serviços ao grupo de Cachoeira.

A intenção era usar o conhecimento de Lulinha “para emplacar matérias que pudessem beneficiar ou as atividades ou pessoas ligadas a Cachoeira.”

Uma das tentativas do grupo foi fazer com que o jornal Correio Braziliense “pudesse produzir alguma matéria que beneficiasse, pessoal e politicamente, o prefeito Geraldo Messias, de Águas Lindas de Goiás, um dos mais atuantes servos da quadrilha liderada por Carlinhos Cachoeira.”

Não há provas de que Lulinha tenha se envolvido em prática criminosa.

Cláudio Humberto. De acordo com a CPI, a atuação de Cláudio Humberto prova a “íntima ligação” do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), com a quadrilha comandada por Carlos Cachoeira.

Os diálogos mostram que Perillo solicitou que a quadrilha de Cachoeira contratasse o “jornalista Cláudio Humberto através da empresa Delta a fim de que este receba, durante um período, uma determinada quantia por supostos serviços de mídia, tudo de modo que o governador cumpra algum compromisso ou favor junto ao mencionado profissional da imprensa”.

A CPI não encontrou provas de que Cláudio Humberto tenha cometido crimes, mas mostra que ele recebeu 187,7 mil reais da organização criminosa.

Jorge Kajuru, apresentador da TV Esporte Interativo. Segundo a CPI, ele recebeu 20 mil reais de empresas laranjas controladas por Cachoeira.

O jornalista admite o recebimento e afirma que era referente a publicidade da Vitapan Indústria Farmacêutica Ltda, empresa de Cachoeira.

Não há provas de que Kajuru tenha cometido crimes.

B) Jornalistas que prestaram ou teriam supostamente prestado algum favor em seus veículos de comunicação para a Organização Criminosa em troca de alguma remuneração.

Wagner Relâmpago, repórter policial do programa DF Alerta, da TV Brasília/Rede TV e também do programa Na Polícia e nas Ruas – Rádio Clube 105,5 FM – DF.

Segundo a CPI, ele “aderiu de forma vergonhosa aos desígnios da Organização Criminosa e, em troca de retribuição financeira, passou a colaborar com os interesses espúrios do grupo criminoso”, como desacreditar a atuação da Força Nacional de Segurança que combatia o crime organizado no DF.

É acusado pela CPI de formação de quadrilha ou bando.

Magnho José (Maguinho), editor do blog BNL – Boletim de Novidades Lotéricas. De acordo com o relatório final da CPI, Maguinho “colaborou, mediante retribuição financeira” com o grupo de Cachoeira ao promover em seu blog reportagens que divulgavam os jogos e, “consequentemente, as atividades da organização criminosa”.

A CPI não conseguiu provar o recebimento de dinheiro e, portanto, não pediu seu indiciamento.

Etelmino Alfredo Pedrosa, o Mino Pedrosa, é editor-chefe do blog QuidNovi.

Segundo a CPI, ele tem “uma relação antiga com Carlinhos Cachoeira” e teria procurado avisar aliados do bicheiro a respeito da Operação Monte Carlo, que desbaratou a quadrilha.

Segundo a CPI, Mino Pedrosa teria recebido um apartamento de Cachoeira.

Como a CPI não encontrou indícios suficientes de sua participação na organização criminosa, não pediu seu indiciamento e sugeriu que as investigações sejam aprofundadas.

C) Jornalistas-empresários, que atuam comercialmente à frente de veículos de comunicação e que tiveram papel fundamental na expansão midiática da Organização Criminosa.

Patrícia Moraes Machado, diretora-executiva e editora de Política do jornal Opção, do Estado de Goiás.

Havia, segundo a CPI, “interlocução frequente” entre Patrícia e a quadrilha, além de “pagamentos periódicos”.

A CPI cogita, ainda, que o verdadeiro dono do jornal Opção seja o próprio Carlinhos Cachoeira.

A CPI pede seu indiciamento por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

João Unes, jornalista, advogado, idealizador e diretor do jornal online A Redação.

Segundo a CPI, Unes teria recebido mais de 1,8 milhão da quadrilha de Cachoeira na compra do jornal A Redação, “mantendo-o, entretanto, à frente da direção do empreendimento, como um verdadeiro testa de ferro da quadrilha chefiada por Carlos Cachoeira”.

A CPI pede seu indiciamento por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Carlos Antônio Nogueira (Botina), sócio de Carlos Cachoeira no jornal O Estado de Goiás.

Segundo a CPI, Botina é sócio minoritário de Cachoeira no jornal O Estado de Goiás e também no Jornal de Anápolis.

Sobre O Estado de Goiás, o relator da CPI afirma que “é Carlos Cachoeira quem decide o que vai e o que não vai ser publicado, quem vai ou não vai fazer propaganda no jornal, qual a linha editorial a ser seguida, qual o tom das reportagens que serão publicadas, quais os adversários que serão atacados, quem será promovido midiaticamente”.

Ainda segundo a CPI, o governador Marconi Perillo “também integrava ou integrou a sociedade proprietária do jornal”.

A CPI pede seu indiciamento pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

D) Profissionais que mantiveram constantes interlocuções com o chefe da Organização Criminosa Carlos Cachoeira.

Atuam na imprensa e publicam o que interessa a eles, usando Cachoeira como fonte, mas também publicando, por vezes, o que interessa à Organização Criminosa, sendo usados pela quadrilha.

Renato Alves, do jornal Correio Braziliense.

O relatório final da CPI afirma que ele mantinha “interlocução frequente com a chefia e com alguns integrantes da Organização Criminosa de Carlos Cachoeira”.

Segundo a CPI, Renato Alves teria “ajudado a promover os negócios criminosos da organização, assinando matérias sob uma roupagem investigativa e falsamente denunciativa, que serviam na verdade para promover as atividades contravencionais da quadrilha chefiada por Carlos Cachoeira, como também fazia publicar matérias que, de alguma forma, prejudicassem empresas e grupos concorrentes”.

Em troca, afirma a CPI, Alves recebia “presentes e recompensas”.

Como as investigações não conseguiram comprovar o recebimento de favores, o relatório final da CPI não recomenda o indiciamento de Alves.

Policarpo Júnior, diretor da sucursal Brasília e redator-chefe da Revista Veja.

O relatório da CPI afirma que o relacionamento entre Cachoeira e Policarpo teve início em 2004, quando a Revista Veja publicou, uma semana depois da Revista Época, matéria sobre fita gravada, em 2002, por Cachoeira, na qual Waldomiro Diniz, que viria a se tornar assessor da Casa Civil no governo Lula, aparece extorquindo o contraventor.

A partir daí, diz o relatório, surgiu um relacionamento por meio do qual Policarpo Junior e sua equipe “utilizavam-se das supostas fontes repassadas por integrantes da Organização Criminosa, ou por pessoas próximas, para publicar matérias que serviam aos propósitos” tanto do grupo de Cachoeira, quanto “aos desideratos valorativos e às visões de mundo que movimentavam uma determinada linha editorial”.

A CPI pede seu indiciamento por formação de quadrilha.

Eumano Silva, da Revista Época (Leia mais AQUI).

Segundo a CPI, diferentemente dos outros jornalistas, os indícios indicam apenas que Silva usou a organização criminosa para confirmar informações que obteve por outras fontes.

O jornalista manteve contato com integrantes do grupo, sobretudo o ARAPONGA Idalberto Matias, o Dadá, para obter informações sobre uma empresa ligada ao Ministério do Turismo que teria sido beneficiada em obras em Goiânia.

“Nossas investigações preliminares não identificaram ações desse profissional em prol dos objetivos do grupo criminoso, de modo que os diálogos seguintes mostram tratativas que se encerram dentro dos parâmetros de uma relação jornalista-fonte”, diz o relatório.

Leia também:

CPI do Cachoeira: Íntegra do relatório final.

Luiz Moreira: Ação Penal 470, sem provas nem teoria.

CPI do Cachoeira pede indiciamento de Perillo, Leréia e Cavendish e investigação de Gurgel.

Najla Passos: - Barbosa quer que STF decida pela cassação dos deputados.

Supremo livra Perillo de depor à CPI do Cachoeira.

Mino Carta: - Que diriam Brizola e Ulisses de como ficaram seus partidos?

CPI não vota convocação de jornalista da Revista Veja.

Leandro Fortes: Globo tenta salvar POLICARPO JÚNIOR com matéria plagiada de CartaCapital.

Leandro Fortes: - Sobre a capa de CartaCapital.

JORNALISTA POLICARPO JÚNIOR – 3ª parte.

REVISTA VEJA e CACHOEIRA: - As Provas Definitivas da Parceria.

Por Redação Carta Capital — publicado 10/08/2012 11h45, última modificação 10/08/2012 12h02.

Reportagem mostra que a relação do diretor da REVISTA VEJA com a quadrilha de Cachoeira era bem mais profunda do que se pensava.

“Foto: - Capa da edição de número 710 de CartaCapital”.

A Revista CartaCapital publica na edição que chega às bancas nesta sexta-feira, 10, o conteúdo de gravações feitas pela Polícia Federal que mostram a relação profunda do diretor da sucursal da Revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, com o quadrilha do bicheiro Carlos Cachoeira.

A relação entre eles aparece em uma série de interceptações telefônicas realizadas durante as operações Vegas e Monte Carlo.

O objetivo básico da ligação entre os dois, conforme a reportagem de Leandro Fortes, era manter o fluxo de informações para a Revista contra alvos específicos.

Em troca, Policarpo informava o grupo de Cachoeira sobre o que seria publicado.

Um momento crucial foi a conversa entre Policarpo e Cachoeira no dia 26 de julho de 2011.

O jornalista pede ao contraventor para grampear um parlamentar da base governista, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

Em suma, o diretor da Veja queria saber o que Jovair Arantes conversava com os dirigentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao ministério da Agricultura.

Na próxima quarta-feira 14, o deputado Dr. Rosinha (PT – PETRALHA -PR), deve ir ao plenário da CPI do Cachoeira para apresentar um requerimento de convocação de Policarpo Júnior com base nas informações da Polícia Federal.

JORNALISTA POLICARPO JÚNIOR – 4ª parte.

Blog de luisnassif.

Como Funcionava a Parceria VEJA-CACHOEIRA.

Sábado, 24/03/2012 - 11:31 - Atualizado em 13/01/2013 - 16:08.

"O ARAPONGA e o REPÓRTER", da série "O caso de VEJA", de 2008.

A matéria foi bombástica e ajudou a deflagrar a crise do “MENSALÃO”.

Uma reportagem de 18 de maio de 2005, de Policarpo Júnior, da sucursal da Revista Veja em Brasília, mostrava o flagrante de um funcionário dos Correios – Maurício Marinho – recebendo R$ 3 mil de propina.

A abertura seguia o estilo didático-indagativo da revista:

(…) Por quê? Por que os políticos fazem tanta questão de ter cargos no governo?

Para uns, o cargo é uma forma de ganhar visibilidade diante do eleitor e, assim, facilitar o caminho para as urnas.

Para outros, é um instrumento eficaz para tirar do papel uma idéia, um projeto, uma determinada política pública.

Esses são os políticos bem-intencionados.

Há, porém, uma terceira categoria formada por políticos desonestos que querem cargos apenas para fazer negócios escusos – cobrar comissões, beneficiar amigos, embolsar propinas, fazer caixa dois, enriquecer ilicitamente.

A revista informava que tinha conseguido dar um flagrante em um desses casos na semana anterior:

Raro, mesmo, é flagrar um deles em pleno vôo.

Foi o que VEJA conseguiu na SEMANA PASSADA.

Anotem a data que a revista menciona que recebeu a gravação: SEMANA PASSADA. Será importante para entender os lances que serão mostrados no decorrer deste capítulo.

A matéria, como um todo, não se limitava a descrever uma cena de pequena corrupção explícita, embora só esta pudesse ser comprovada pelo grampo.

Tinha um alvo claro, que eram as pessoas indicadas pelo esquema PTB, especialmente na Eletronorte e na BR Distribuidora.

O ALVO era o ESQUEMA. MARINHO, apenas o ÁLIBI.

O que a MATÉRIA não mostrava eram as INTENÇÕES EFETIVAS efetivas por trás do DOSSIÊ e do GRAMPO.

Os R$ 3 mil eram um álibi para desmontar o esquema do PTB no governo, decisão louvável, se em nome do interesse público; jogo de lobby, se para beneficiar outros grupos.

Antes de voltar à capa, uma pequena digressão sobre as alianças espúrias do jornalismo.

Os dossiês e os chantagistas.

A partir da campanha do “impeachment” de Fernando Collor, jornalistas, grampeadores e chantagistas passaram a conviver intimamente em Brasília.

Até então, havia uma espécie de barreira, que fazia com que chantagistas recorressem a publicações menores, a colunistas da periferia, para montar seus lobbies ou chantagens.

Não à grande mídia.

Com o tempo, a necessidade de fabricar escândalo a qualquer preço provocou a aproximação, mais que isso, a cumplicidade entre alguns JORNALISTAS, GRAMPEADORES e CHANTAGISTAS.

Paralelamente, houve o desmonte dos filtros de qualidade das redações, especialmente nas revistas semanais e em alguns diários.

Foi uma ASSOCIAÇÃO para o CRIME.

Com um jornalista à sua disposição, o grampeador tem seu passe valorizado no mercado.

A chantagem torna-se muito mais valiosa, eficiente, proporcional ao impacto que a notícia teria, se publicada. Isso na hipótese benigna.

É uma aliança espúria, porque o leitor toma contato com os grampos e dossiês divulgados.

Mas, na outra ponta, a publicação fortalece o achacador em suas investidas futuras.

Não se trata de melhorar o país, mas de desalojar esquemas barra-pesadas em benefício de outros esquemas, igualmente barra-pesadas, mas aliados ao repórter.

E fica-se sem saber sobre as chantagens bem sucedidas, as que não precisaram chegar às páginas de jornais.

Por ser um terreno minado, publicações sérias precisam definir regras claras de convivência com esse mundo do crime.

A principal é o jornalista assegurar que material recebido será publicado – e não utilizado como elemento de chantagem.

Nos anos 90 esses preceitos foram abandonados pelo chamado jornalismo de opinião.

No caso da Revista Veja a deterioração foi maior que nos demais veículos.

O uso de matérias em benefício pessoal (caso dos livros de Mário Sabino), o envolvimento claro em disputas comerciais (a “GUERRA das CERVEJAS” de Eurípedes Alcântara), o lobby escancarado (DIOGO MAINARDI com DANIEL DANTAS), a falta de escrúpulos em relação à reputação alheia, tudo contribuiu para que se perdessem os mecanismos de controle.

Submetida a um processo de deterioração corporativa poucas vezes visto, a Editora Abril deixou de exercer seus controles internos.

E a direção da Revista Veja abriu mão dos controles externos, ao abolir um dos pilares do moderno jornalismo – o DIREITO de RESPOSTA – e ao intimidar jornalistas de outros veículos com seus ataques desqualificadores.

É nesse cenário de DETERIORAÇÃO EDITORIAL que ocorre o episódio MAURÍCIO MARINHO.

A parceria com o araponga.

Nas alianças políticas do governo Lula, os Correios foram entregues ao esquema do deputado Roberto Jefferson.

Marinho era figura menor, homem de propina de R$ 3 mil.

Em determinado momento, o esquema Jefferson passou a incomodar lobistas que atuavam em várias empresas.

Dentre eles, o LOBISTA ARTHUR WASCHECK.

Este recorreu a dois laranjas – Joel dos Santos Filho e João Carlos Mancuso Villela – para armar uma operação que permitisse desestabilizar o esquema Jefferson não apenas nos Correios, como na Eletrobrás e na BR Distribuidora.

É importante saber desses objetivos para entender a razão da reportagem da propina dos R$ 3 mil ter derivado - sem nenhuma informação adicional - para os esquemas ultra-pesados em outras empresas.

Fazia parte da estratégia da reportagem e de quem contratou o araponga.

A idéia seria Joel se apresentar a Marinho como representante de uma multinacional, negociar uma propina e filmar o flagrante.

Como não tinham experiência com gravações mais sofisticadas, teriam decidido contratar o ARAPONGA JAIRO MARTINS.

E, aí, tem-se um dos episódios mais polêmicos da história do jornalismo contemporâneo, um escândalo amplo, do qual a Revista Veja acabou se safando graças à entrevista de ROBERTO JEFFERSON à repórter RENATA Lo PRETE, da Folha, que acabou desviando o foco da atenção para o “MENSALÃO”.

Havia um antecedente nesse episódio, que foi o caso WALDOMIRO DINIZ, a PRIMEIRA TRINCA GRAVE na imagem do governo Lula.

Naquele episódio consolidaram-se relações e alianças entre um conjunto de personagens suspeitos: - O BICHEIRO Carlinhos Cachoeira (que BANCOU a OPERAÇÃO de GRAMPO de Waldomiro), o ARAPONGA Jairo Martins (autor do GRAMPO) e o JORNALISTA POLICARPO JÚNIOR (autor da REPORTAGEM).

No caso Waldomiro, era um CONTRAVENTOR – Carlinhos Cachoeira – sendo achacado por um dos operadores do PT – (PETRALHA), enviado pelo partido ao Rio de Janeiro, assim como ROGÉRIO BURATTI, despachado para assessorar ANTONIO PALOCCI quando PREFEITO de Ribeirão.

JAIRO MARTINS era um ex-funcionário da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), CONTRATADO pelo BICHEIRO para FILMAR o PAGAMENTO de PROPINA a WALDOMIRO DINIZ.

Tempos depois, Jairo Martins foi convidado para um almoço pelo genro de Carlinhos Cachoeira, CASSER BITTAR.

Lá, foi apresentado a Wascheck, que o contratou para duas tarefas, segundo o próprio Jairo Martins admitiu à CPI: - providenciar material e treinamento para que dois laranjas grampeassem Marinho; e a possibilidade do material ser publicado em órgão de circulação nacional.

Imediatamente JAIRO MARTINS entrou em contato com POLICARPO JÚNIOR e acertou a operação.

O JORNALISTA não só aceitou a parceria, antes mesmo de conhecer a gravação, como avançou muito além de suas funções de repórter.

O grampo em Marinho foi gravado em um DVD.

Jairo Martins marcou, então, um encontro com Policarpo Júnior.

Foi um encontro reservado - Eles jamais se falavam por telefone, segundo o ARAPONGA -, no próprio carro de Policarpo, no Parque da Cidade.

Policarpo levou um mini-DVD, analisou o material e atuou como conselheiro: - Considerou que a gravação ainda não estava no ponto, que havia a necessidade de mais.

Recebeu a segunda, constatou que estava no ponto. E guardou o material na gaveta, aguardando a autorização do ARAPONGA, mesmo sabendo que estava se colocando como peça passiva de um ato de CHANTAGEM e ACHAQUE.

O LOBISTA ARTHUR WASCHECK tinha, agora, dois trunfos nas mãos: - A gravação da propina de R$ 3 mil e um REPÓRTER, da MAIOR REVISTA do PAÍS, apenas aguardando a liberação para publicar a reportagem.

Quando saiu a reportagem, a versão do repórter de que HAVIA RECEBIDO o MATERIAL na SEMANA ANTERIOR era FALSA e foi desmentida pelos depoimentos dados por ele e por Jairo Martins à Policia Federal e à CPI do MENSALÃO.

Pressionado pelo eficiente relator Osmar Serraglio, na CPI do MENSALÃO, Jairo Martins negou ter recebido qualquer pagamento do LOBISTA ARTHUR WASCHECK.

Disse ter se contentado em ficar com o equipamento, provocando reações de zombaria em vários membros da CPI. Depois, revelou outros trabalhos feitos em parceria com a Revista Veja.

Mencionou série de trabalhos que teria feito e garantiu que sua função não era de ARAPONGA, mas de JORNALISTA.

O único órgão onde seus trabalhos eram publicados era a Revista Veja.

Indagado pelos parlamentares se recebia alguma coisa da Revista VEJA disse que não, que seu objetivo era apenas o de "melhorar o país".

Segundo o depoimento de Jairo Martins:

‘Aí fiquei esperando o OK do Artur Washeck pra divulgação do material na imprensa. Encontrei com ele pela última vez no restaurante, em Brasília, no setor hoteleiro sul, quando ele disse: ‘Eu vou divulgar o fato. Quero divulgar’. E decorreu um período que essa divulgação não saía. Aí foi quando eu fiz um contato com o jornalista e falei: ‘Pode divulgar a matéria’’.

Clique aqui para ler os principais trechos do depoimento do araponga Jairo à CPI.

E aqui para acessar o relatório final da CPMI.

REAÇÕES na MÍDIA.

A revelação do episódio provocou reações acerbas de analistas de mídia.

No Observatório da Imprensa, Alberto Dines publicou o artigo “A Chance da Grande Catarse do Jornalismo”.

O atual ciclo de denúncias não chega a ser uma antologia de jornalismo mas é uma preocupante coleção de mazelas jornalísticas.

Busca-se a credibilidade mas poucos oferecem transparência, pretende-se a moralização da vida pública mas os bastidores da imprensa continuam imersos na sombra.

Tudo começou com uma matéria de capa da Revista Veja sobre as propinas nos Correios, clássico do jornalismo fiteiro.

(...) Carece de (...) transparência a ouverture desta triste e ruidosa temporada através da Revista Veja.

Dois meses depois, a divulgação do vídeo da propina nos Correios continua envolta em sombras, rodeada de dúvidas e desconfianças.

E, como não poderia deixar de acontecer com fatos mantidos no lusco-fusco da dubiedade, cada vez que a matéria é examinada ou discutida sob o ponto de vista estritamente profissional, mais interrogações levanta.

Caso da entrevista ao Jornal Nacional (Rede Globo, quinta-feira, 30/6) do ex-agente da ABIN, Jairo Martins de Souza, autor da gravação.

O ARAPONGA — que, aliás, SE DIZ JORNALISTA (veja abaixo comentários de Ricardo Noblat) e faz negócios com jornalistas — revelou que ofereceu o vídeo ao repórter Policarpo Júnior, da sucursal da Revista Veja em Brasília, e que este aceitou-o antes mesmo de examinar o seu teor (abaixo, a transcrição da matéria do JN).

Na hora da entrega, o jornalista teria usado um reprodutor portátil de DVD para avaliar a qualidade das imagens.

De que maneira chegou ao jornalista e por que este aceitou o vídeo são questões que até hoje não foram esclarecidas.

Tanto o repórter como a revista recusam-se terminantemente a oferecer qualquer tipo de satisfação ou esclarecimento aos leitores.

Não se trata de proteger as fontes: - Elas seriam inevitavelmente nomeadas quando o FUNCIONÁRIO FLAGRADO, MAURÍCIO MARINHO, começasse a depor.

Foi exatamente o que aconteceu e hoje a Revista Veja carrega o ônus de ter se beneficiado de uma operação escusa – Chantagem de um corrupto preterido ou ação formal da ABIN para desmoralizar um aliado incômodo (o PTB, de Roberto Jefferson).

(...) ARAPONGA não é JORNALISTA, VÍDEO SECRETO ainda não é reconhecido como GÊNERO de JORNALISMO.

Talvez o seja num futuro próximo.

O episódio mereceu comentários do blogueiro Ricardo Noblat:

Ao ser contratado para filmar Marinho e grampear André Luiz, a primeira coisa que ele disse que fez foi procurar a Revista Veja e oferecer o material.

‘Foi um trabalho puramente jornalístico’, garantiu.

A amigos, nas duas últimas semanas, Jairo Martins confessou mais de uma vez que espera ganhar o próximo PRÊMIO ESSO de JORNALISMO.

Ele se considera um sério candidato ao prêmio.

Não é brincadeira não, é serio! Porque ele está convencido de que filmou e grampeou como free-lancer da Revista Veja – embora jamais tenha recebido um tostão dela por isso.

Recebeu dos que encomendaram as gravações.

Jairo Martins ganhava como araponga e pensava em brilhar como jornalista.

É, de certa forma faz sentido."

Tempos depois, a aliança com o ARAPONGA renderia a Policarpo Júnior a promoção para chefe de sucursal da Revista Veja em Brasília.

A revista já caíra de cabeça, sem nenhum escrúpulo, no mundo nebuloso dos dossiês e dos PACTOS com LOBISTAS.

E o grande PACTO do SILÊNCIO que se seguiu na mídia, permitiu varrer para baixo do tapete as aventuras da REVISTA VEJA com o ARAPONGA REPÓRTER.

O final da história.

Parte da história terminou em agosto de 2007. Sob o titulo “PF desmonta nova máfia nos Correios”. O Correio Braziliense noticiava o desbaratamento de uma nova quadrilha que tinha assumido o controle dos Correios (clique aqui).

No comando, o LOBISTA ARTHUR WASCHECK, que assumiu o Comando da Operação de Corrupção dos Correios graças ao serviço encomendado a JAIRO MARTINS - Grampo mais publicação do resultado na REVISTA VEJA.

Durante a Operação Selo, foram presas cinco pessoas, em dois estados mais o Distrito Federal.

Segundo o jornal:

Entre os presos estão Sérgio Dias e Luiz Carlos de Oliveira Garritano, funcionários dos Correios, além dos empresários Antônio Félix Teixeira, Marco Antônio Bulhões e ARTHUR WASCHECK, considerado pela PF como LÍDER do GRUPO e acusado de ter sido o responsável pela gravação feita no dia em que Marinho recebia a propina.

Os investigadores não quantificaram o volume de recursos envolvidos nas fraudes, mas calculam que seja de DEZENAS de MILHÕES de REAIS.

De acordo com os investigadores, “O Grupo agia como Traficantes nos Morros".

“Havia uma quadrilha na ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), que foi desbaratada e afastada. A outra organização tomou o lugar dela.

Assim como os traficantes fazem, quando saem, morrem ou são presos, acontece a mesma coisa no serviço público.

Quando uma quadrilha sai do local, entra outra e começa a praticar atos ilícitos no lugar da que saiu”, explica o delegado Daniel França, um dos integrantes do grupo de investigação.

A corrupção tinha apenas trocado de mãos:

Para o Ministério Público Federal, o entendimento era o mesmo.

“Não se pode dizer que a corrupção terminou ou se atenuou. O que houve foi uma substituição de pessoas, alijadas do esquema”, afirma o procurador da República Bruno Acioli.

Segundo ele, há pelo menos 20 empresas, muitas delas ligadas a ARTHUR WASCHECK, que estão envolvidas nas fraudes que podem atingir outros órgãos públicos, conforme investigações da PF.

A ficha de ARTHUR WASCHECK era ampla e anterior ao episódio do qual a REVISTA VEJA aceitou participar:

O empresário, conforme os investigadores, atuava na área de licitações desde 1994, sendo que um ano depois, ele fora condenado por irregularidades em licitação para aquisição de BICICLETAS pelo MINISTÉRIO da SAÚDE.

Observação do escriba: - Mais um grandiosíssimo FILHO de PUTO, que se aproveita da DOENÇA do POVÃO.

O valor das FRAUDES chegava a MILHÕES de REAIS:

Segundo a polícia, o Grupo de Arthur Wascheck vendia todo tipo de material para os Correios. De sapato a cofres, sendo que muitos integrantes do esquema eram também procuradores de outras empresas envolvidas nas concorrências.

Com a análise dos documentos, que começou a ser feita ontem, os investigadores devem chegar aos valores das fraudes.

“O que posso dizer é que esse prejuízo é de milhões de reais. Dezenas de milhões de reais”, diz o procurador da República, ressaltando que seu cálculo se baseia em alguns casos específicos. “Existem LICITAÇÕES na casa de BILHÕES de REAIS”, afirma o procurador.

No sistema de buscas da revista, as pesquisas indicam o seguinte:

Operação Selo Wascheck: 0 ocorrências.

Operação Selo (frase exata) Período 2007: 0 ocorrências.

Revista de 08 de agosto de 2007: - Nenhuma menção.

Na edição de 15 de agosto, nenhuma menção. Mas uma das matérias especiais atende pelo sugestivo título de “Porque os corruptos não vão presos”

"FRÁGIL como PAPEL”.

“A Justiça Brasileira é incapaz de manter presos assassinos confessos e corruptos pegos em flagrante. Na origem da

impunidade está a própria lei".

A reportagem fala do MENSALÃO, insinua que os implicados até melhoraram de vida, e menciona símbolos midiáticos de corrupção (QUÉRCIA, MALUF, COLLOR, etc).

Nenhuma palavra sobre a OPERAÇÃO SELO e sobre o papel desempenhado pelas reportagens de escândalo da própria revista no jogo das QUADRILHAS dos CORREIOS.

SEUS ALIADOS FORAM PROTEGIDOS.

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA, também continua.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura, boa saúde, pensamentos positivos e BOM DIA.

ARACAJU, capital do Estado de SERGIPE (Ex-PAÍS do FORRÓ e futuro “PAÍS da BOMBA ATÔMICA”), localizado no BRASIL, Ex-PAÍS dos fumantes de CIGARROS e futuro “PAÍS dos MACONHEIROS”. Quarta-feira, 18 de outubro de 2017.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: (1) – INTERNET. (2) – Outras Fontes.