GILBERT RYLE

 
Z
 
 
Gilbert Ryle nasceu em Brighton, Inglaterra, em 19 de Agosto de 1900, filho de médico cujo interesse se envolvia pela astronomia e filosofia, e envolto de ampla biblioteca em seu lar, foi um filósofo representante da escola de Oxford, bem como lógico e na linha da filosofia da linguagem. Ocupa assim lugar destacado na filosofia analítica e entende os problemas da filosofia se resolvem por análise lógica da linguagem. Também foi editor da revista Mind. Destaque se deu por criticar Descartes e determinadas ideias sobre coisas e pensamentos. Exigia do filósofo uma cartografia lógica ou conceitual, para evitar erros de categorias. Propôs uma nova cronologia das últimas obras de Platão. Obras significativas suas são: O conceito da mente, Argumentos filosóficos e Dilema. Influenciado pelo pensamento de Wittgenstein sobre a linguagem, foi conhecido principalmente por criticar o dualismo cartesiano, para o qual apelidou de o fantasma da máquina. Algumas de suas ideias condutistas se confundem com ideias de psicologia de Skinner e John B. Watson. Dizia deste modo que quem considera a mente como uma coisa incorre em grave erro. O erro de Descartes foi para tanto de categoria. Fez seus estudos em Universidade de Brighton e Oxford, onde foi professor de Metafísica nos anos de 1945-68, recebendo honra de primeira classe na Christ Church, aceitando de início que a filosofia é uma análise da linguagem cotidiana, mas logo abandona essa concepção. Para ele a filosofia deve se ocupar apenas dos problemas que surgem da imperfeita compreensão de nossos recursos cognoscivos. Ele acredita que a forma gramatical nos conduz a diversos erros categoriais. Sua concepção é próxima do behaviorismo. Estudou, dentre outros autores, a Bernard Bolzano, Franz Brentano, Alejo Meinong, Edmund Husserl y Martin Heidegger e assim um tanto alinhado com a fenomenologia. Era tanbém tutor e até a Segunda Guerra Mundial estava na Igreja de Cristo. Durante a guerra serviu na Inteligência, na Guarda Inglesa, recebendo a divisa de Major, e depois da guerra foi eleito professor de Filosofia em Waynflete e de Filosofia Metafísica em Magdalen College. Foi presidente da Sociedade Aristotélica entre 1945-46. Interessou-se em especial pela forma gramatical que sugerisse a existência de objetos inexistentes. Ataca a linguagem mentalista, que indica que a mente é uma entidade na mesma categoria de corpo. A temática é assim a filosofia da mente. Suas obras principais são: Philosophical Arguments (1945), The Concept of Mind (1949), Dilemmas (1954), A Puzzling Element in the Notion of Thinking (1959), Plato's Progress (1966) e muitos estudos em revistas e publicações. A mente não é um fantasma na máquina, senão mais que uma forma de descrever a máquina. A maneira de resolver o problema da mente-corpo é exorcisar o fantasma na máquina. Como resume o Dicionário Akal de Filosofia1: “Otra formulación influyente del conductismo filosófico se debe a Ryle (The Concept of Mind, 1949), quien hace reposar su crítica al dualismo cartesiano en el punto de vista de que los términos mentales significan disposiciones a actuar de modos característicos. Los enunciados que atribuyen una disposición tienen para Ryle la forma de enunciados nomológicos de tipo condicional cuya función, a diferencia de lo que sucede con los genuinos enunciados categóricos, no es la de describir o referir cualesquiera hechos, físicos o no, sino dotar de racionalidad o legitimar inferencias acerca de la conducta. Suponer que todos los usos declarativos de un lenguaje mental tienen la función de establecer o referir hechos es para Ryle un «error categorial» –del cual tanto Descartes como los positivistas lógicos fueron culpables por igual–. El conductismo de Ryle es, de este modo, no reductivista”. Ryle faleceu em Oxford, em 6 de outubro de 1976.
 
1p. 191.