AGNES OZMAN

AGNES OZMAN

(1870 - 1937)

Lembrando que no final do século XIX houve várias manifestações do poder de Deus em vidas de homens e mulheres que almejavam uma igreja avivada na santidade, no evangelismo e em missões. Homens como Charles Finney, Dwght L. Moody, John Wesley e outros tiveram suas posições sobre esse tema do avivamento, mas não era tudo que Deus tinha para realizar por sua Igreja.

As experiências alcançadas por muitos dos que buscavam o poder de Deus ficavam longe da realidade das promessas que foram feitas por Jesus, conforme o que registra o Novo Testamento. Os que foram mais ousados chegaram e pediram o batismo no Espírito Santo, e o resultado foi realmente alcançado com a primeira manifestação desse batismo na chegada do século XX. Esse acontecimento tornou-se a linha divisória entre os conceitos humanos e a potente mão de Deus manifestada no Bible Bethel College em Topeka-Kansas.

No final do ano de 1900, os alunos começaram a estudar sobre o batismo com o Espírito Santo. Eles decidiram ficar até mais tarde neste dia, para receber o batismo com Espírito Santo e fogo ( termo específico usado por eles), indicando claramente que oravam por uma experiência de acordo com o que havia sido ensinado por Charles Fox Parham. Encontravam-se entre eles Agnes Ozman e duas outras mulheres.

O nome de Agnes Ozman tornou-se muito familiar aos primeiros pentecostais (ela mais tarde manteve sua filiação as Assembléias de Deus). Nascida em Albany, Wisconsin, em 15 de setembro de 1870, mudou-se no ano seguinte para O Nebraska e experimentou uma vida dura de colona da fronteira. Assim cresceu, até atingir sua maturidade. A família tinha fortes inclinações religiosas, e Agnes e seus cinco irmãos freqüentava, a Igreja Metodista Episcopal. Ainda jovem Agnes se inscreveu em um grupo de estudo bíblico patrocinado pela YMCA (Associação Cristã de Moços). O grupo de discussões a convenceu de sua necessidade de ser batizada por imersão, o que ela veio a fazer na Igreja Cristã local. Também aceitou o ensino pre-milenial e obteve a experiência de uma cura milagrosa de pneumonia.

Durante o inverno de 1892, até 1893, Ozman assistiu a uma Escola Bíblica em St. Paul, Minnesota. Quando o seu diretor, T.C. Horton, fechou aquele estabelecimento para começar um trabalho evangelístico de tempo integral em 1894, Agnes Ozman mudou-se para Nova Iorque, a fim de continuar seu treinamento no Instituto bíblico presidido pelo pastor A, B. Simpson. Lá, ela ficou intrigada com a forte experiência e ênfase no Espírito Santo e descobriu um trabalho muito atrativo para recuperar missões. Após ter deixado a escola, freqüentou uma reunião de acampamento no Velho Pomar da Praia, no Estado de Maine, de onde viajou para Nebraska, via Chicago onde visitou o “lar de cura divina” do Pr. Alexandre Dowie. Ozman posteriormente dedicou-se a missões na cidade de Kansas, onde ouviu sobre os planos do Pr. Parham para abrir uma escola em Topeka, e decidiu inscrever-se.

Com trinta anos de idade, ela reconheceu que não tinha vocação para colona, nem para formar um lar. Ozman falhara ao perambular de um lado para outro, buscando algo muito vago como realidade espiritual. Apesar de estar inclinada ao ensino ou ministério, gostaria de receber tão depressa fosse possível uma nova experiência, que mudaria seus rumos.

Em 1912, Ozman disse que na Escola de Parham, na passagem do ano de 1900, ela e mais outras pessoas ficaram orando juntas, quando falou tres palavras em outras línguas. A isto ela declarou: “Foi uma experiência sobrenatural e estava guardado em meu coração como algo sagrado; o Senhor tinha nos enriquecido a cada um de nós e nada foi falado a respeito até ultimamente.

Ozman relatou que, semelhantemente, outros estudantes dedicaram um bom tempo a oração. Durante o culto da noite de 1 de janeiro de 1901, tendo um desejo de ser batizada com o Espírito Santo e fogo, perguntou a Parham se ele imporia as mãos sobre ela e os outros, assim de que recebessem a experiência. Ela disse: “Falei em línguas conforme Atos 2.1 e 19.6, de modo semelhante, quando o apóstolo Paulo impôs as suas mãos sobre os discípulos de Éfeso, e o relato bíblico acontecido no Cenáculo em Jerusalém, quando foram vistas línguas como de fogo, em que não podia falar seu próprio idioma e nem escrever.

O tempo provou e não demorou muito que a centelha caída em Topeka foi para Los Angeles e lá se tornou o maior centro irradiador difundido a mensagem pentecostal, abrangendo em todo o país e outras nações e só, para exemplo, a obra de missões recebeu uma dinâmica e velocidade tão expressiva que em dez anos chegou ao Brasil, em seis anos na Índia e África do Sul, em 14 anos no Japão, Noruega, Suécia, Finlândia e outros países da Europa, lembrando também que não dependeu de organizações humanas, cumpria-se mais uma vez o que o evangelista Marcos escreveu em seu evangelho 16.20: “ Então os discípulos partiram, e pregaram por toda a parte cooperando com eles o Senhor, confirmando a sua palavra por meio de sinais, que s acompanhavam”.

Marcio Jose Schali

Escritor, Jornalista e membro da Sociedade Bíblica

do Brasil e do Instituto Histórico, Geografico e Genealógico de Campinas -IHGGC

Marcio Schali
Enviado por Marcio Schali em 23/04/2017
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