Nem sei...

Nem sei…, a vida foge-me por entre os dedos das mãos como se de areia ou simples água escorresse caindo e as mãos ficando vazias de …

Chorar?, já nem lágrimas caem, só a dor, a tristeza, a solidão profunda nesta noite que se vem repetindo todos os dias e noites..., forças?, onde estão elas, já quase não encontro aquele ser sedento de vida, de amor…, sim a alma está aprisionada neste corpo que já não consegue encontrar nada, não vivo eu sobrevivo, todos os dias peço a Deus e a Seu Filho meu eterno companheiro por forças para conseguir acabar ir até ao final da missão que tenho, de tudo fazer para ajudar minha mãe, mas é só uma máscara carregada de agonia, tantas vezes desejando desaparecer…simplesmente acabar, adormecer e não acordar nunca mais.

Sim, sim estou doente, só posso ser doente e não prestar para nada, não tenho forças para continuar, quero sumir, apagar…

Por vezes ainda sinto uma pequeninha luz de esperança, me agarro, mas caio, vou caindo cada vez mais, estou cansado. Dizem que fui muito desejado por meus pais, mas já não sinto quase nada, já não sei o que é ser desejado, estou exausto demais…

Que Deus e Seu Filho me perdoem por tudo, mesmo tudo, porque quero viver, mas não tenho mais forças… apenas sobrevivo… me perdoem este desabafo…

Álvaro Gonçalves Correia de Lemos
Enviado por Álvaro Gonçalves Correia de Lemos em 01/02/2017
Código do texto: T5899943
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