VIDA SOB ESCRITA

Eu escrevo para aliviar o peso que reveste a alma e também, para soltar das algemas o que permaneceu preso, por muito tempo, no meu coração. Saio, por aí, dedilhando nas letrinhas como se elas fosse uma verdadeira boia de salvação, inflada de delicadezas, dores, fantasia e todas as coisas que me deixam suave sem o risco de ficar sufocada e, completamente, sem emoção. Jamais quis ser pretensiosa ou esperta... Se observar e não falar nada, aprende-se que na vida isso não funciona muito bem, pra sempre!
Escrevo para a criança apaixonada, encantada e travessa que sempre foi alimentada e mora, confortavelmente, dentro de mim.