"Silencio..."

SILENCIO...

Silencio diante de um mundo
Onde a pujança disforme respinga
Do apodrecido coração imundo
Silencio diante da alma que vinga

 
Trocando em miúdos seu veneno
Dissipando vidas pelo espaço afora
Entregando a inocência ao obsceno
Martirizando o mundo a cada hora

Silencio diante do choro da criança
De ver-se no meio das lágrimas inerte
Sem forças, reagir diante da esperança
Esperando da vida a paz que a liberte

Das mazelas criadas por mentes insanas
Doentes pelo orgulho e o preconceito vil
Geram no mundo sementes profanas
Influenciando nossos filhos da mãe gentil

Ó mundo cruel! Por que tantos vilões?
O que faz pensar que são eles reis a plebeus,
Entregando nossas cabeças aos leões,
Querendo ter na terra o mesmo poder de Deus...

(Simone Medeiros)