NATAL DAS LUZES NEGRAS

Já discorremos sobre o natal, no artigo intitulado “O espírito do natal”, onde, com fundamento bíblico, falamos do seu valor para o povo de Deus. Dissemos na ocasião que não encontramos suporte canônico nessa comemoração de cunho herético. E agora discorreremos falando dele num outro aspecto. Ainda que não pareça lógico para alguns, a morte de Jesus é que deve ser comemorada e não o seu nascimento. Mas, por quê?

Primeiramente porque Jesus mesmo disse que deveríamos comemorar a sua morte com a celebração da ceia. E, depois, porque a sua sabedoria manifesta através do seu Espírito a Salomão ensina-nos que melhor é o dia da morte do que o dia do nascimento. Ec. 7:1.

Os homens continuam a recorrer as luzes artificiais para iluminar as suas fantasias. Precisam acalentar seus sonhos, e pensam que aquele que eles dizem exaltar e adorar com essa atitude está mesmo sendo adorado e que se agrada com isso, mas iludem-se.

Ainda que eles pudessem fazer brilhar mil sóis, pretendendo agradar a Jesus, ainda assim seria como mil “buracos negros”, que não tem nenhuma luz. Pois disse Jesus: “se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!” (Mateus 6:23 RA)

Uma prostituta pode se adornar de ouro e pedras preciosas, nem por isso será santa. Dizem as Escrituras: “ Pelo que ainda que te laves com salitre e amontoes potassa, continua a mácula da tua iniqüidade perante mim, diz o SENHOR Deus.” (Jeremias 2:22 RA)

As músicas arranjadas para essa ocasião até agradam os ouvidos dos desavisados, mas a Deus soa-lhe como um estrépto. Nos fazem lembrar um hino que narra o episódio quando Jesus chorou sobre Jerusalém, dizendo:

Jerusalém por Cristo é contemplada,

Com os seus altos que rebrilham lá,

Mas entre as belas torres levantadas,

Vê as do templo onde esteve já;

Jesus com Seu olhar mui penetrante,

Não vê somente o lindo exterior,

Mas sim, as almas tristes, vacilantes,

Que rejeitaram Seu divino amor.

Jesus chorou: Seu coração rasgado

Lamenta e sente uma dor sem par,

Por ver seu povo indo descuidado,

Pra perdição eterna caminhar!

Um som alegre sobe da cidade,

O povo está em festa a jubilar;

Mas quando o sol se escondeu à tarde,

Jesus ao Cedrom foi pra lamentar:

Jerusalém, que segues no mau trilho,

E apedrejas os fiéis de Deus;

Oh! quantas vezes quis juntar teus filhos,

Como a galinha junta os pintos seus,

Mas para Mim as portas tu fechaste,

No dia em que eu vim te dar a paz;

Por teu pecado cega te tornaste,

Não aceitando o meu amor veraz!

E agora tudo se repete, e o hino diz ainda:

E ainda se repete a mesma história,

Jesus no céu está a contemplar,

Cidade que tem aparente glória,

E continua sempre a chorar;

Pois Ele é quem pode dar a vida

Às multidões que na condenação,

Rejeitam, sim, a graça oferecida,

A eternal e grande salvação!

Esse povo que pratica essa festa não conhece a Deus, e não sabe fazer distinção entre o santo e profano, entre o limpo e o imundo. Como diz a Escritura, as suas mesas estão cheias de sujidade e eles estão tontos de vinho. E por isso pervertem o direito e a justiça.

Eu lamento que tenha que pagar o preço dessas falsas luzes que me é cobrado com o imposto que pagamos e que não servem para iluminar as noites (trevas) do pecado que existe nos corações das pessoas que isso praticam.

Professam conhecer a Deus, mas negam-no com as suas obras.

Como diz Deus, “Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que habitem comigo; o que anda em reto caminho, esse me servirá.” (Salmos 101:6 RA)

Mas o caminho desse povo é como a escuridão, e não sabe em que tropeça. Rejeita aquele que pretende cultuar, e tropeça na pedra de tropeço. Nele que é a pedra angular, posta para tropeço de muitos. Ele é a luz do mundo, mas tem sido sistematicamente rejeitado por esses homens que não abrem o coração para que ele entre.

Ele é a luz do mundo, e o que o rejeita não pode ter luz, e por conseguinte anda em trevas.

Bem profetizou o apóstolo Paulo, que os homens iriam rejeitar a verdade voltando às fábulas. II Tm 4:4.

Jesus é a luz, representado pela sua palavra, os seus mandamentos, que são lâmpada e luz. Quem os guarda está na luz; se não, está em trevas, e não sabe para onde vai. E precisa de um outro nascimento (natal), para ser um novo homem. Pois o novo homem é feito em verdadeira justiça e santidade procedentes da verdade (os mandamentos de Deus) Ef. 4:24; Sl. 119:142.

Apague a luz negra, e aceite a luz de Jesus, os seus mandamentos. Pois ele disse: Se vós estiverdes em mim e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo e vos será feito. E quem guarda os seus mandamentos nele está e Ele nele. I Jo. 3:24.