PoetaDaRoça-ChicoDoCrato-PatativaDoAssaré

PoetaDaRoça-ChicoDoCrato-PatativaDoAssaré

PoetaDaRoça-ChicoDoCrato-PatativaDoAssaré

(#ChicoDoCrato65anos)

ChicoDoCrato, Sintetizador, Voz, Violão, Arranjo, Mixagem e adaptação do Cordel de Patativa do Assaré.

AosMeusfilhos, Manuel(Oceânografo), Rodrigo(Logística)minhanetinhaValentina, Rafael(Agrônomo)MinhaNetinhaMariaIsadora

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Sou fio das mata, cantô da mão grossa,

Trabáio na roça, de inverno e de estio.

A minha chupana é tapada de barro,

Só fumo cigarro de páia de mío.

Sou poeta das brenha, não faço o papé

De argum menestré, ou errante cantô

Que veve vagando, com sua viola,

Cantando, pachola, à percurá de amô.

Não tenho sabença, pois nunca estudei,

Apenas eu sei o meu nome assiná.

Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre

E o fio do pobre não pode estudá.

Meu verso rastêro, singelo e sem graça,

Não entra na praça, no rico salão,

Meu verso só entra no campo e na roça

Nas pobre paioça, da serra ao sertão.

Só canto o buliço da vida apertada,

Da lida pesada, das roça e dos eito.

E às vez, recordando a feliz mocidade,

Canto uma sodade que mora em meu peito.

Eu canto o cabôco com suas caçada,

Nas noite assombrada que tudo apavora,

Por dentro da mata, com tanta corage

Topando as visage chamada caipora.

Eu canto o vaquêro vestido de côro,

Brigando com o tôro no mato fechado,

Que pega na ponta do bravo novio,

Ganhando lugio do dono do gado.

Eu canto o mendigo de sujo farrapo,

Coberto de trapo e mochila na mão,

Que chora pedindo o socorro dos home,

E tomba de fome, sem casa e sem pão.

Bis

E assim, sem cobiça dos cofre luzente,

Eu vivo contente e feliz com a sorte,

Morando no campo, sem vê a cidade,

Cantando a verdade das coisas do Norte.

ChicoDoCrato e Patativa do Assaré
Enviado por ChicoDoCrato em 14/10/2017
Reeditado em 31/01/2022
Código do texto: T6142200
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