PoesiaSemNome-ChicoDoCrato-NatáliaSiufiRizzo

Publicado por: ChicoDoCrato
Data: 21/12/2016
Classificação de conteúdo: seguro

Créditos

PoesiaSemNome-ChicoDoCrato-Natália Siufi Rizzo Natália Siufi Rizzo-Letra. ChicoDoCrato, Adaptação, Música, Voz, Viola de 10 cordas, Sintetizador, Arranjo e Mixagem. Audacity 070 Ritmo 068+50 em Ré-. Gravação caseira. Gravar em estúdio. Copyright: proibir a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas e uso comercial sem a sua prévia permissão. A proteção anticópia é ativada.
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
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PoesiaSemNome-ChicoDoCrato-NatáliaSiufiRizzo

PoesiaSemNome-ChicoDoCrato-Natália Siufi Rizzo

Natália Siufi Rizzo-Letra. ChicoDoCrato, Adaptação, Música, Voz, Viola de 10 cordas, Sintetizador, Arranjo e Mixagem.

http://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/72960

Audacity 070 Ritmo 068+50 em Ré-. Gravação caseira. Gravar em estúdio.

Copyright: proibir a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas e uso comercial sem a sua prévia permissão. A proteção anticópia é ativada.

Descansa, é tempo de jogar xadrez

Não existem só 3 cores neste arco-íris

Não se resume a verde, amarelo ou vermelho meu coração

Não se faz política sem discussão

Não se sai pra rua sem organização

Reunião, debate

De quarteirão em quarteirão

Representante de bairro, sabe?

Acho que nossos avós sabiam

Nossos pais talvez se lembrem

Ditadura dureza que massacrou nossa classe

Destruiu nossas cozinhas que eram o público da casa

Os espaços de conversa

Agora com TVs ligadas, iPhones tomadas

Faces twitadas, ninguém proseia mais nada

E a mídia nadando de braçada

Determinando caminhos, abrindo estrada

Como quem não quer nada

Presidindo o país sem presidente

O país estado ausente

Que é pau mandado do exterior

E a Vale do Rio Doce, e a Samarco, e a lama?

E a Monsanto com a sua microcefalia programada?

E a Zika social instaurada?

Isso não vale panelada?

Se a estrela vermelha fosse a sombra era mais fácil

Difícil é expulsar multinacionais, capitais internacionais

Impostos, dívidas ilegais

Rediscutir a bancada, explodir a Esplanada

Tocar fogo nesta engrenagem emperrada

Onde trabalho é vendido à baciada

E preta e pobre é estuprada

E favela é turismo de bacana

Difícil é ter tempo para conversar

Construir, organizar outro mundo possível

Que tenha de fato cores, que tenha de fato amores

Que expulse estes tumores, que pare de tremer nestes rumores

Que fortaleça o que é ser público

Abandonando o indivíduo, ego bandido

Esse sim, roubando nosso espaço

Rompendo laço, impedindo abraço

E mais amor, com menos polícia

É uma vida sem medo, sem tanto brinquedo acessório

Onde o ser humano aprende a lavar sua roupa

Bancar sua vida e cozinhar seu alimento

E pra isso tem que ter tempo

O que nos cabe talvez seja roubar de volta o nosso tempo

Pra ter tempo de jogar conversa fora

Desligar os televisores, falar de nossas dores

De tantos dinheiros, tarjas pretas

Indústria farmacêutica, hospitais da morte programada

É começar a construir outras estradas

Sem tantas bandeiras levantadas

Bis

E deixa eles pra lá

Deixa Dilma lá

Isso é golpe de gente sacana

É machista, imperialista, coisa de bacana

Que quer que o Brasil perca tempo pra continuar cobaia

Pra continuar mão-de-obra barata

Pra continuar matéria-prima de graça

Pra continuar exportando soja, cana, gado

Pra continuar comendo enlatado

Isso não se faz

Da minha boca em movimento

Tem mais cores e menos lamento

Sigo vivendo

ChicoDoCrato e Natália Siufi Rizzo
Enviado por ChicoDoCrato em 21/12/2016
Reeditado em 22/12/2016
Código do texto: T5859785
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