MEU LAMENTO SERTANEJO-CHICODOCRATO E LÉO PAJEÚ

Publicado por: Léo Pajeú Bargom Leonires
Data: 24/06/2016
Classificação de conteúdo: seguro

Créditos

MEU LAMENTO SERTANEJO-CHICODOCRATO E léo pajeú Ouça no link http://www.recantodasletras.com.br/... Léo Pajeú – Letra e Chico Do Crato- Música, voz, violão e sintetizador. Audacity 090 ritimo 001 + 50 em Sol +, Gravação caseira – Gravar em estúdio. Copyright: proibir a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas e uso comercial sem a sua prévia permissão. A proteção anticópia é ativada.
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

Meu Lamento Sertanejo-ChicoDoCrato e Noél Semog

MEU LAMENTO SERTANEJO-CHICODOCRATO E NOÉL SEMOG

Ouça no link http://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/70570

Noél Semog – Letra

ChicoDoCrato- Música, voz, violão e sintetizador.

Audacity 090 ritimo 001 + 50 em Sol +

Gravação caseira – Gravar em estúdio.

Copyright: proibir a cópia, reprodução, distribuição, exibição, criação de obras derivadas e uso comercial sem a sua prévia permissão.

A proteção anticópia é ativada.

Vejo carcaças e vermes nessa seca

Que devasta meu querido sertão.

As rezas, novenas, essa fé certa,

Reduz a dor, mas não rega nosso chão.

As folhas secas misturadas com restos,

Peles e ossos das pobres reses no torrão,

Deixando o fiel sertanejo em descréditos,

Com o Deus sumo desse mundo cão.

Vejo olhares aflitos caçando nuvens no céu,

Como último anseio dos marejados olhos,

Que vagam o universo do longínquo véu,

Procurando respostas e outros atalhos.

Mistério domado, vasto, incontido, nato,

Desaparecido, envelhecido, havido,

Noutro tempo, outro chão, outro formato,

No olhar esquecido, nesse sertão conato.

Escuto o ultimo berro, uma rês desgarrada,

O pau-de-arara contesta com outra visão,

Anunciando percurso de uma nova jornada,

Procurando retirante do meu sofrido sertão.

Vejo homes e mulheres, ajeitando o matulão,

Retirantes desgarrados de suas mães, terras,e

Outras vontades contidas em sua visão,

Mas devastada no combate, nessas guerras.

Olho crianças procurando uma razão,

Por que deixar para trás seus taipais,

Seu velho e magro cavalo alazão,

Buscar outros sonhos, noutras capitais.

Seus ouvidos astutos escutam explicações,

Mas não lhe cabem entender as decisões,

Deixar para trás seus sonhos, os amigos,

Umas razões, pesadelos, outros castigos.

Vejo o pau-de-arara levantar a poeira,

Os abraços, o adeus, olhos, lacrimejo,

Não entendo tanta devastação, secura,

Nessa região do valente sertanejo.

Não vejo castigo do bom Deus senhor,

Acredito que toda essa devastação

Tem credito do homem, outro penhor,

Que rapina e assola todo meu sertão.

Esse lamento é de todo sertanejo

Que sonho com a chuva e a plantação,

Não deixar suas terras, seu desejo,

Viver da labuta em seu pobre torrão.

Esse lamento é de todo sertanejo

Que sonho com a chuva e a plantação,

Não deixar suas terras, seu desejo,

Viver da labuta em seu pobre torrão

ChicoDoCrato e Noel Semog
Enviado por ChicoDoCrato em 24/06/2016
Reeditado em 24/06/2016
Código do texto: T5677177
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.