A Importância da Leitura e o que é literatura
A Importância da Leitura.
A leitura oferece ao homem uma ferramenta para sociabilizar-se com os demais. Proporciona ao homem a possibilidade de que ele acumule conhecimentos à medida que sua leitura progrida. O relacionamento do homem com o livro, a melhor ferramenta condutora de conhecimento, deve começar desde cedo. Mesmo que esse relacionamento seja “passional”, haja vista que todas as crianças, para compreender como as coisas funcionam, sentem a inevitável necessidade de desconstruir as coisas que têm em mãos. Sendo assim, os livros não haveriam de escapar a esse destino.
No princípio o livro é aberto, apreciado, jogado no chão, arrastado no chão em movimentos semicirculares, suas folhas são arrancadas e, por fim, é rasgado. Assim sofre o livro nas mãos do homem enquanto ele não entende que o livro lhe será presente e necessário ao curso de sua vida.
A leitura começa gradualmente. Primeiro, mais imagens que palavras. Palavras poucas, simples e fáceis. Fazendo assim que o desejo pelo livro, que o amor ao livro seja cultivado. Em um segundo momento as imagens tornam-se menos e as palavras mais. Às vezes menos compreensíveis, fazendo assim um hábito comum a consulta ao dicionário. Mais a diante as imagens somem sobrando apenas as palavras.
Os livros precisam caminhar com o homem a medida que ele cresce. Quando pequenos, os livros de fábulas trazem as crianças a um mundo imaginário onde elas se sentem confortáveis, onde não se precisa conhecer a realidade do mundo que nos cerca. Quando se está crescendo a leitura precisa mudar com o advento das mudanças que se passa nesta época da vida: Estórias de aventura, de super-heróis, de pessoas simples mais próximas a sua realidade. E mais a frente um pouquinho, por quê não tratar de sexo, drogas e rock’nd roll e o quanto essas coisas podem nos afetar a vida. Nesta época é bom deixar de ler estórias para se ler histórias. Não podemos esquecer os clássicos da literatura que nem sempre amamos, mas tanto deles precisamos.
A adolescência é um momento que se tem várias opções de leituras: revisas em quadrinhos, livros de estórias fabulares de bruxos de terras longínquas, clássicos e literatura nacional, literatura internacional, poesia, crônicas, revistas pornográficas (embora isto pareça uma regressão à infância onde as imagens tornam-se mais importante que as palavras) e outras mais que não me vêm a mente no presente momento.
Neste período é onde surgem as primeiras manifestações acerca da criação literária. Seja ela associada à escrita em diários, às poesias a namorada, às cartinhas de amor ou às vozes caladas de protesto e solidão. É onde se começa e dizer, calado, com as palavras o que se sente ou o que não se tem coragem de verbalizar. A música é outra forma de inserir esse hábito na vida dos adolescentes.
Quando chega a idade adulta, e com ela a responsabilidade de preocupar-se como futuro, os hábitos de leitura começam a cambiar. A leitura começa a tornar-se significativa, não obstante que ela não o tenha sido até então, entretanto ela passa a focar-se em um objetivo conciso e resoluto levando consigo a relevância do profissionalismo e da formação profissional do indivíduo. Sendo esta leitura, dada como acadêmica.
A importância da leitura está inserida no quão prazeroso é a leitura para o leitor. Neste âmbito a leitura é importante para o conhecimento de mundo, para a acréscimo de informações do leitor que poderá ser explorado por ele mais a frente em suas relações sociais, profissionais, acadêmicas, etc. Ao leitor que não se atém apenas a uma dada leitura, está fadado a ele de conhecimento além de seus contemporâneos. Conhecimento este em coisas simples, como saber a grafia correta de uma palavra incomum ou não muito usada, saber o significado e o uso de vários sinônimos, para diversificar a sua escrita; como também em coisas mais aguçadas como compreender um idioma sem que seja necessário saber falá-lo, conhecer a biografia de alguém, a história de algum lugar ou de um dado período de tempo na história e outros conhecimentos mais.
A leitura abre portas que nem sempre podemos abrir com as próprias mãos, porque nem sempre a ação física é tudo. A palavra estática em uma folha de papel pode fazer com que o leitor aproveite de uma agradável viagem sem passar pelos desconfortos que ela, por ventura, poderiam oferecer. A leitura erige pontes entre o saber, o conhecimento e aquele que tem sede por saciar-se dentro dessa fonte inesgotável que não deixa de jorrar das páginas de um livro qualquer.
O que é literatura?
Literatura é a expressão da criatividade, da cultura e das idéias que alguém tem consigo e as delibera na forma escrita, ressaltando a importância que o que foi escrito tem para a história cultural de uma nação ou sociedade comum e do idioma que rege a suas linhas.
Saber escrever todos, que são escolados, sabem. Saber dominar a escrita, utilizar as palavras de forma prazerosa, atrativa, clara e coesa é domínio de poucos.
Escrever é comum, incomum é escrever poesia, contos que prendem a atenção do leitor do início ao fim, livros que causam ciúme ao portador e versos de improviso que nos deixam maravilhados. Literatura seria também isto: Seria o incomum dentro do uso da escrita.
A escrita está conosco em nosso dia a dia, em nosso vai e vem na cidade. A literatura, embora possa parecer algo mais seleto e inacessível também nos acompanha. A literatura de cordel, além de hoje ser uma escrita de características únicas, servia às pessoas que lhe tinham acesso como canal vinculador de informação. Nascido às margens de uma sociedade dominada pelo coronelismo o cordel deu voz e vez ao homem do campo, ao homem pobre que não podia ser ouvido. Hoje é arte, embora que ainda descriminada é arte.
Como a Literatura de cordel, muitas outras literaturas surgiram como: Ilíada, Odisséia, Beowulf e o Talmude. Um dia verbalizadas e depois levadas à escrita por necessidades diversas. A literatura é simples, embora às vezes surja rebuscada. Ela passa nas mãos de homens nobres, homens comuns, homens importantes e indigentes. A literatura é imprevisível. É como ler os contos de Decamerão e ouvir o padre ensinando a uma jovem a enviar o “diabo” para o “inferno”, jamais se pensaria que isso fosse literatura, um leigo não a classificaria como tal. Mas ela é!
Hoje a literatura é taxativa e rotulada. Ser famoso e escrever best seller não influi em que o que se escreveu venha a tornar-se literatura. É preciso que ele tenha algo mais. Há de se agradar a gregos e troianos. A massa o os acadêmicos precisam contentar-se com o que está sendo lido.
Contudo, a literatura é arte. Há os que cantam, os que pintam, os que fazem filmes, os que atuam em filmes, os que fotografam. Para os que nada disso fazem há a literatura.