POSSO, MAS NÃO DEVO FAZER!

"Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém fazer", Paulo, apóstolo. "Tudo que não pode ser contado, não deve ser feito", Emmanuel Kant, filósofo iluminista. Dois gênios separados por mais ou menos 700 anos, falando praticamente a mesma coisa, de modo diferente. É comum as pessoas desejarem à liberdade para poder fazer as coisas na hora, momento e lugar que bem quiserem. Esse é o desejo da esmagadora maioria delas. Na contramão dessa cultura em que vivemos, Paulo ensinava que de fato podemos fazer tudo o que desejamos, mas alertava que nem tudo era bom que façamos. Exemplos: Posso falar mal de alguém? Posso. Convém, ou seja, fará bem a mim e a pessoa de quem estou falando mal? Acredito que não. Posso trair pessoas que amo? Claro que sim. Tais atitudes as deixarão felizes e contentes? Provavelmente não. Na outra ponta, Kant também dizia que tudo o que não pode ser contado ou mostrado em público, não deve ser feito no particular. Se não tenho coragem de falar mal de uma pessoa na frente dela, não é justo falar nas costas. Concorda? Enfim, na vida nós podemos tudo. Tudo mesmo. Até muitos absurdos. No entanto, as perguntas que ficam tanto do religioso quanto do filósofo são: Tudo o que fazemos ou falamos agrega na nossa e na vida dos outros? Se a resposta for não, a sabedoria "Paulina e Kantiana" diz: “Não fale e não faça”. Pena que nós (particularmente eu) ainda não conseguimos entender esta graça...

Danilo D
Enviado por Danilo D em 15/10/2017
Reeditado em 15/10/2017
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