O MUNDO É DOS ESPERTOS!

Hoje pela manhã, ao sair para trabalhar, me deparei com esta célebre e conhecida frase acima: "O mundo é dos espertos". Tal frase foi dita por um garoto de aproximadamente quinze anos que indo com a turma para à escola, passou na frente de alguém na fila das catracas do metrô. O Brasil é um país de malandros. Aliás, retificando já que detesto generalizações: O Brasil é um país de muitos malandros. Gente que gosta de levar vantagem em cima dos outros. Quando falo em levar vantagem, não me refiro à pessoa que deseja lucrar honestamente com alguma venda. Falo vantagem daqueles, por exemplo, que sabem que o carro esta com um defeito no motor e, mesmo assim, o vende sem avisar ao comprador. Pessoas capazes de ludibriarem qualquer um que cruzarem o seu caminhar. Por muitos anos acreditou-se que o brasileiro fosse um povo manso, pacífico, ordeiro e solidário (de novo repito: sem generalizar). Povo este que se mostrava misericordioso e bondoso para com o próximo. Esta máxima não é de todo verdadeira. As redes sociais estão aí para mostrar que talvez nunca tivéssemos sido isso aí. É impressionante o numero de ódios propagados nos “facebooks da vida” por ideológicos de direita, esquerda, centro, e pior ainda: religiosos que se dizem amantes de Deus. Precisamos mudar muito se um dia queremos ver esta nação transformada. Em curto prazo, sou cético em relação a esta mudança. Porém, esperançoso, pois o dia que morrer a esperança morre a vida acaba. Precisamos mostrar para os mais jovens que o mundo não é dos mais espertos. O mundo é do solidário. Dos éticos. Dos compassivos. Dos respeitosos. Dos que dizem: você para mim é problema meu também. Precisamos de mais ubuntus em nossa sociedade. Sim. Ubuntu a, grosso modo é uma forma cordial e solidária que determinadas tribos africanas se relacionam. Lá, se um tem falta todos têm. Se uns comem, todos devem comer também. É obvio que o nosso país esta bem distante de ter ubuntus espalhados pelos seus quatro cantos. Em uma sociedade como a nossa, onde o individualismo na maioria das vezes é o que predomina, o umbigo de cada um tem sido o limite. Mas, se os pais começarem a ensinar em casa o valor do respeito e da ética, as coisas poderão começar a mudar. Não é a escola que tem este papel. Ela é apenas uma extensão daquilo que vem (ou deveria) do lar, com pais mais preocupados em ser e mostrar exemplos aos filhos, do que lhes encherem de mimos. Enfim, talvez aquele garoto citado no começo deste texto não tenha aprendido de seus pais que entre perder e SE perder, é preferível perder a se descaracterizar-se de si...

Danilo D
Enviado por Danilo D em 03/10/2017
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