O homem é um animal perverso, de caráter dissimulado, a sua essência é ser o lobo do homem.
Antes da razão o que existe é o instinto.
A essência de qualquer animal é o instinto.
Desse modo, a essência do homem é o instinto.
A razão vem em segundo plano.
Como modelo de aperfeiçoamento do instinto.
Para uns dominarem a outros.
O instinto tem como objetivo a defesa do animal em si.
Com efeito, o animal superior sempre será implacável ao inferior.
O leão em referência a ovelha.
A raposa em relação à galinha.
O homem em relação ao homem.
Pois o pasto do homem é ele mesmo.
O instinto jamais terá misericórdia.
Quando se tratar da sua própria defesa.
O homem aparenta ser racional.
Entretanto, a essencialidade do homem.
Não é a racionalidade, todavia seu mundo instintual.
A razão existe com a finalidade de dissimular o instinto.
Quando o verdadeiro motivo é sua efetivação.
Dessa forma, não existem homens bons.
O homem é um animal perigoso, porque sua natureza fundamental é a dissimulação.
Tal procedimento aplica a qualquer homem.
Não existem homens corretos.
A civilização é um engodo.
É melhor que o homem perceba qual é a verdadeira intenção do homem.
Todos de algum modo querem enganar a todos.
Refiro do ponto de vista da defesa do bem estar.
O homem é por natureza dissimulado.
Falso, oportunista, sem caráter.
O caráter é apresentado em consonância com a legalidade.
Entretanto, a legalidade é apropriação do direito.
Motivo pelo qual o homem é mesquinho.
Então é bom que você saiba.
Que você é o único que não deseja enganar a você mesmo.
Os demais são seus inimigos.
Essa é a logica do processo civilizatório.
A política é o único mecanismo capaz de amenizar tal mecanismo.
Entretanto, o homem precisa antes entender.
Que é perverso, ruim, dissimulado.
Sem caráter.
O grande objetivo humano todos dominarem a todos.
Entretanto, dominam os que forem institucionalizados.
O domínio só é possível por meio da instituição.
A instituição política, o Estado é o mecanismo encontrado pelo homem.
Para o homem ser o lobo do homem.
A única realidade possível a um bem relativo.
Se o homem compreender a natureza do instinto.
No uso da razão domesticar parcialmente o instinto.
Politicamente, estabelecendo um Estado minimamente racional.
Em que o homem não seja absolutamente o lobo do outro.
Para tal a sociedade precisaria ser essencialmente culta.
O que não é possível no caso dos povos latinos entre outros.
Entretanto, qual Estado político que homem é absolutamente lobo do homem.
O Estado neoliberal.
Como é proposto economias de exclusões.
Edjar Dias de Vasconcelos.