A VIAGEM DO DESCOBRIMENTO

A viagem do descobrimento não consiste em descobrir novas paisagens no mundo; consiste em olhar-se por dentro com os olhos questionadores da razão, refletir sobre o que até então se resguardara no subconsciente e descobrir novos traços da própria personalidade que lhe abram novos horizontes para o autoconhecimento imprescindível ao aprimoramento intelectual e moral.

O homem é um ser material e espiritual. Por conseguinte, convém ao processo contínuo de autoconhecimento que se estabeleça uma distinção entre o conhecimento científico metódico e o conhecimento espiritual ametódico, ambos válidos para a compreensão do mundo, a partir das leis físicas e extrafísicas que o regem. O primeiro usa a razão; o último, utiliza a sensibilidade. Além de investigar os fenômenos tangíveis da realidade exterior, o homem tem a possibilidade de investigar também os fenômenos intangíveis da realidade interior. Não raro, a complexidade da dimensão material dificulta, mas não impede, a determinação exata da relação de causa e efeito existente na universalidade de fatos naturais que podem ser observados pela pesquisa científica, contrariamente aos enunciados espiritualistas que carecem de provas irrefutáveis das proposições doutrinárias em face das limitações da mente humana, desprovida de faculdades mentais que tornem possível a observação da espiritualidade, cujo crédito vem da própria experiência pessoal ou de testemunhos de pessoas merecedoras de credibilidade.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 21/08/2017
Reeditado em 01/09/2017
Código do texto: T6090390
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