Transformação da sociedade: guerra versus educação

Transformação da sociedade: guerra versus educação

Existem duas formas de transformar a sociedade: uma dessa formas é através da guerra, a curto prazo; o outro modo é a longo prazo, através da educação. Como exemplo histórico sobre a guerra, temos as campanhas militares de Alexandre O Grande. Ele tinha um sonho de unir ocidente com oriente. Antes de Alexandre existiam tribos e reinos, depois de Alexandre, existiu um império. Dizem, inclusive, que Alexandre O Grande chorou 3 vezes na vida: quando nasceu, quando não encontrou um historiador a sua altura para relatar suas façanhas, e quando viu que não havia mais terras a serem conquistadas. Os homens são do tamanho dos seus problemas, e o problema de Alexandre era unir ocidente e oriente, e assim criou a cultura helênica. A outra forma de transformação da sociedade é através da educação, e essa forma tem se mostrado mais eficaz durante a história da humanidade, que é um projeto a longo prazo. Hoje os Estados Unidos fazem guerra em nome da democracia, como se a democracia fosse o sistema de governo ideal. Pois saiba que a democracia é o governo da maioria, e a maioria não sabe o que o é melhor para si e não sabe o que é melhor para a maioria. O filósofo grego Platão diz que a democracia só daria certo numa sociedade de sábios. E a democracia da Grécia de Péricles, da Grécia Antiga, era totalmente diferente da democracia atual. O governo ideal, segundo Platão, é a aristocracia, que etimologicamente quer dizer o governo do mais sábio, ou o governo dos melhores. Hoje esse termo "aristocracia" tem conotação de elitismo, de gente rica, mas na sua origem não corresponde ao conceito atual. Ainda falando de democracia, como já citei em outro texto, só lembrando: imagine uma família com 3 filhos e pai e mãe, imagine se fosse uma democracia essa família, as crianças transformariam a casa numa bagunça. Mesma coisa na sociedade, os antigos falavam que vivemos uma eterna infância, não no exemplo da candura e simplicidade, mas no excesso de infantilidade mesmo, de antecipar a juventude e tentar prolongar a juventude do corpo como se isso fosse essencial perdendo assim a oportunidade de viver a natureza de cada idade da vida. Jesus diz que nos tornemos como crianças para entrar no Reino dos Céus, mas não imitemos as crianças no excesso de ingenuidade, mas na candura e simplicidade. E eu completo dizendo que sábio é aquele que tem a experiência de vida de um ancião e a candura e simplicidade de uma criança. Ainda diz o filósofo e senador romano Cícero: “Não estudar a história dos nossos antepassados, é permanecer criança para sempre!” Então que amadurecemos sem perder a aurora da primeira idade.

Lembremos ainda os conceitos do filósofo Nietzsche sobre a moral do escravo e do nobre. A moral do escravo é que puxa você para baixo, tenta se igualar a você o puxando para baixo, é a moral do ressentido. A moral do nobre o puxa para cima, sabe ter misericórdia com os vencidos e ser justo com os maus e com os bons. A moral do nobre é para espíritos fortes. É uma moral atemporal, eterna. Enquanto a moral do escravo é temporal e muda conforme a moda vigente muda. Então lutemos uma guerra, mas uma guerra no campo do espírito, da educação, nessa luta contra a ignorância. E para finalizar o texto, cito uma frase romana: "Se você quer a paz, esteja preparado para a guerra!". Uma casa bem armada dificilmente vai ser invadida, gerando paz para aquela família.

Autor: Victor da Silva Pinheiro

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Victor Silva Pinheiro
Enviado por Victor Silva Pinheiro em 14/08/2017
Reeditado em 20/08/2017
Código do texto: T6083114
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