Wilhelm Dilthey: Teoria das visões de mundo.

Dilthey escreve com sapiência, desenvolvendo uma profunda análise da fenomenologia. O que é a história do pensamento humano, do ponto de vista do conhecimento.

A revelação de ideologias intermináveis, como um tribunal de ruinas, todos os sistemas teóricos, frágeis e passageiros, representando tão somente ideologias precárias.

Tudo epistemologicamente é transitório, o que é o saber, a transição das ideologias. Entretanto, toda ideologia tem a pretensão de ser verdadeira, desse modo, comporta o marxismo, o neoliberalismo ou qualquer outro sistema.

O que é a história um imenso campo de ruinas, tradições políticas, religiosas, sistemas metafísicos ou qualquer outra epistemologização.

A respeito do espírito cientifico das ciências sociais, qualquer entendimento é meramente interpretativo, com efeito, é ideológico e não poderá ser cientifico.

A ciência só poderá ser possível no uso do método indutivo, no campo da experimentação, tendo como recurso a matemática.

No campo fenomenológico cada ciência com seu sistema exclui o outro sistema, sendo que nenhum sistema consegue provar nada em definitivo. Portanto, o que é entendido como anarquia dos sistemas teóricos.

Reforçado pelo ceticismo ao vasto cemitério das ruinas, o que é a verdade, simplesmente inexistente, como refletiu Nietzsche, a respeito da realidade, a existência tão somente das interpretações.

Foucault a negação absoluta do sujeito como mecanismo da cognição, só a pessoa ignorante é capaz de declarar que sabe alguma coisa em suas análises.

Dilthey a multiplicidade dos sistemas interpretativos se estende ao redor das pessoas de forma caótica e desorientadora, não existindo a possibilidade da verdade, a não ser sua ideologização, desse modo, funcionam todas as ciências do espírito.

Com efeito, produzindo cognições ignorantes, isso significa que cada visão de mundo tem valor limitado, propício ao fracasso, é desse modo, com qualquer epistemologização.

Sendo assim, cada sistema de reflexão tem pouco valor de credibilidade, sendo que alguns são absolutamente negativos, sem a valoração da parcialidade.

No entanto, toda teoria é historicamente condicionada, precisamos ter pavor daqueles que falam com certeza, pois são doentes culturalmente.

Todo conhecimento é relativo uma ideologia determinada, revela uma dimensão da complexidade, entretanto, nega a totalidade, motivo pelo qual, qualquer conhecimento, além de ser ideológico é unilateral.

É uma projeção maligna, pois toma a particularidade, uma dimensão da realidade e revela como fosse sua totalidade, não existe fundamentalmente a ideia do macro sistema, do ponto de vista do entendimento.

É impossível a visão de conjunto, da complexidade do entendimento do todo, como epistemologia, tal esforço não é realizável, impossível cognitivamente.

Dilthey percebe que ciência do espírito, tem como fundamento uma grande contradição, a impossibilidade do conhecimento, por mais genial que seja o pensador, não consegue compreender a verdadeira realidade.

Ignorante é aquele que imagina saber, Sócrates entendeu tal proposito, ao revelar que sabia que nada sabia.

Sendo assim, o conhecimento certo, objetivo é inválido, toda obra cientifica vincula a uma ideologia, uma determinada visão de mundo, longe de qualquer proposição genuinamente correta.

Toda análise de qualquer objeto fenomenológico é limitado, parcial, unilateral, como conhecer a realidade é impossível em sua objetividade.

Não conhecemos nem mesmo as sombras de nossas projeções ideológicas, o limite de nossos horizontes, impõe a fraqueza das nossas interpretações.

Por isso que Schopenhauer refletiu o conhecimento como vontade ideológica dos nossos desejos. A interpretação apenas como vontade ideológica.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 23/07/2017
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